AFINAL, O QUE É VERDADE? Dívida Interna e Externa - Waldir Serafim analisa
Saúde

AFINAL, O QUE É VERDADE? Dívida Interna e Externa - Waldir Serafim analisa


AFINAL, O QUE É VERDADE? Dívida Interna e Externa!
Marise Jalowitzki 


Você, que, assim como eu, não é economista, deve estar se perguntando: Afinal, o que é verdade em tudo isso que está sendo alardeado em relação à dívida do Brasil? Confesso que estou lendo prá caramba para entender melhor, já que os desencontros das declarações são crassos!!!

De um lado, do lado do governo, discursos de "bem aventurança"! Discursos empolgados, de um momento alvissareiro, onde a riqueza acena cândida e sorridente.

De outro lado, reportagens com economistas afirmando que o momento é difícil, que "precisa haver ajustes", que é hora de "apertar os cintos". Que a única saída é reduzir gastos públicos e reduzir a dívida.

Em paralelo, uma crise mundial e a desesperada (e única saída) dos EUA em injetar dólares e dólares e dólares, em um país já com juros zero, numa tentativa (e única saída, repito, segundo os economistas) para tentar driblar a severa crise.

Então, como ficamos? Tremulando as bandeirinhas ou apertando os cintos?

Numa tentativa de entender, apresento algumas opiniões de economistas que, assim como a presidenta eleita, estão mais "familiarizados" com o economês. Transcrevo, neste primeiro texto, uma explilcação que considero bastante didática de Walter Serafim, economista.

Boa leitura! E tire suas conclusões.
Eu, estou ao lado de todos aqueles que trazem a seriedade do momento brasileiro, considerando os enormes gastos públicos e as políticas [irresponsáveis] até agora adotadas.

Não é possível que, face a perspectiva de ganhar com o pré-sal, o aumento da dívida se agigante sempre mais e mais. Irresponsabilidade, sim!

Leiam a análise ponderada, muito bem explicada, didática do Economista Waldir Serafim.


PROCURANDO ENTENDER!
Divida Interna e Divida Externa - Análise Didática
Por Waldir Serafim


Mesmo quem não é economista pode entender o que lerá.

DE 2002 A 2010

Você ouve falar em DÍVIDA EXTERNA e DÍVIDA INTERNA em jornais e TV
e não entende direito. Vamos explicar a seguir:

DÍVIDA EXTERNA = é como uma dívida que você deve para bancos e outras pessoas...

DÍVIDA INTERNA = é como uma dívida que você deve para sua mãe, pai ou parente...

Quando LULA assumiu o Brasil, em 2002, os montantes eram:
* dívida externa 212 Bilhões
* dívida interna 640 Bilhões
* Total de dívidas: 852 Bilhões


Em 2007 Lula disse que tinha pago a dívida externa. E é verdade.
Só que ele não explicou que, para pagar a externa, ele aumentou a interna!

Em 2007, no governo Lula:
* Dívida Externa = 0
* Dívida Interna = 1 Trilhão e 400 Bilhões
* Total de dívidas = 1 Trilhão e 400 Bilhões


Ou seja, a dívida externa foi paga, mas a dívida interna mais do que dobrou.

Agora, em 2010, você pode perceber que não se vê mais na TV e em jornais algo dito que seja convincente sobre a Dívida Externa quitada.

Sabe por quê?

Porque ela voltou.

Em 2010:
* Dívida Externa= 240 Bilhões
* Dívida Interna = 1 Trilhão e 650 Bilhões
* Total de dívidas = 1 Trilhão e 890 Bilhões

Ou seja, a dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão no governo Lula.

Daí é que vem o dinheiro para o PAC, bolsa família, bolsa educação, bolsa faculdade, bolsa cultura, bolsa para presos, dentre outras bolsas...

Não é com dinheiro de crescimento; é com dinheiro de ENDIVIDAMENTO, o que é preocupante.

(...)
Quer mais detalhes sobre dívida interna e externa do Brasil?

Acesse:
http://www.sonoticias.com.br/opiniao/2/100677/divida-interna-perigo-a-vista


Dívida Interna: perigo à vista
Autor: Waldir Serafim


A dívida interna do Brasil, que montava R$ 892,4 bilhões quando Lula assumiu o governo em 2003, atingiu em 2009 o montante de R$ 1,40 trilhão de reais e, segundo limites definidos pelo próprio governo, poderá fechar 2010 em R$ 1,73 trilhão de reais, quase o dobro. Dívida com crescimento de 94% em oito anos de governo.

Para 2010, segundo Plano Nacional de Financiamento do Tesouro Nacional, a necessidade bruta de financiamento para a dívida interna será de R$ 359,7 bilhões (12% do PIB), sendo R$ 280,0 bilhões para amortização do principal vencível em 2010 e R$ 79,7 bilhões somente para pagamento dos juros (economistas independentes estimam que a conta de juros passará de R$ 160,0 bilhões em 2010). Ou seja, mais uma vez, o governo, além de não amortizar um centavo da dívida principal, também não vai pagar os juros. Vai ter que rolar o principal e juros. E a dívida vai aumentar.

A dívida interna tem três origens: as despesas do governo no atendimento de suas funções típicas, quais sejam, os gastos com saúde, educação, segurança, investimentos diversos em infraestrutura, etc..

Quando esses gastos são maiores que a arrecadação tributária, o que é recorrente no Brasil, cria-se um déficit operacional que, como acontece em qualquer empresa ou família, terá que ser coberto por empréstimos, os quais o governo toma junto aos bancos, já que está proibido, constitucionalmente, de emitir dinheiro para cobrir déficits fiscais, como era feito no passado.

A segunda origem são os gastos com os juros da dívida. Sendo esses muito elevados no Brasil, paga-se um montante muito alto com juros e os que não são pagos é capitalizado, aumentando ainda mais o montante da dívida.

A terceira causa decorre da política monetária e cambial do governo: para atrair capitais externos ou mesmo para vender os títulos da dívida pública, o governo paga altas taxas de juros, bem maior do que a paga no exterior, e com isso o giro da dívida também fica muito alto.


Família
A gestão das finanças de um governo assemelha-se, em grande parte, a de uma família.

Quando se faz um empréstimo para comprar uma casa para sua moradia, desde que as prestações mensais caibam no seu orçamento familiar, é visto como uma atitude sensata. Além de usufruir do conforto e segurança de uma casa própria, o que é um sonho de toda família, depois de quitado o empréstimo restará o imóvel.

No entanto, se uma família perdulária usa dinheiro do cheque especial para fazer uma festa, por exemplo, está, como se diz na linguagem popular, almoçando o jantar. Passado o momento de euforia, além de boas lembranças, só vão ficar dívidas, e muito pesadelo, nada mais.

No caso, o Brasil está mais assemelhado ao da família especificada no exemplo: gastamos demais, irresponsavelmente, e entramos no cheque especial. Estamos pagando caro por isso.

Como o governo não está conseguindo pagar a dívida no seu vencimento, e nem mesmo os juros, ao recorrer aos bancos para refinanciar seus papagaios, está tendo de pagar um “spread” (diferença entre a taxa básica de juros, Selic, e os juros efetivamente pagos) cada vez mais alto (em 2008 no auge da crise, o governo chegou a pagar um “spread” de 3,5% além da Selic). E isso, além de aumentar os encargos da dívida, é um entrave para a queda dos juros, por parte do Banco Central.

O governo tornou-se refém dos bancos: precisa de dinheiro para rolar sua dívida e está sendo coagido a pagar juros cada vez mais altos (veja os lucros dos bancos registrados em seus balanços).

Em 2009, em razão das altas taxas de juros pagas, o montante da dívida cresceu 7,16% em relação ao ano anterior, mesmo o PIB não registrando qualquer crescimento.

O problema da dívida interna não é somente o seu montante, que já está escapando do controle, mas sim qual o destino que estamos dando a esses recursos.

Como no caso da família que pegou empréstimo para comprar uma casa própria, se o governo pega dinheiro emprestado para aplicar em uma obra importante: estrada, usina hidroelétrica, etc. é defensável. É perfeitamente justificável que se transfira para as gerações futuras parte do compromisso assumido para a construção de obras que trarão benefício também no futuro.

Mas não é isso que está acontecendo no Brasil. O governo está gastando muito e mal. Tal qual a família perdulária, estamos fazendo festas, não obras. Estamos deixando para nossos filhos e netos apenas dívidas, sem nenhum benefício a usufruir.

Deixo para o prezado leitor, se quiser, elencar as obras que serão deixadas por esse governo.

Não tenho bola de cristal para adivinhar quem vai ser o próximo presidente da República: se vai ser ele ou ela, mas posso, com segurança, afirmar, que seja quem for o eleito vai ter que pisar no freio, logo no início do governo. Vai ter que arrumar a casa.


Waldir Serafim é economista em Mato Grosso.

(O texto é de outubro 2010 e foi enviado por Valdemar Trindade - RN)

plataforma de petróleo
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