Alergia a medicamentos
Saúde

Alergia a medicamentos



O consumo de medicamentos aumenta progressivamente ano após ano. Criados para resolver doenças, amenizar sofrimentos e contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas, podem no entanto exercer também ações indesejáveis.
Dados da Organização Mundial de Saúde apresentados no seminário “Diálogo entre Saúde e o Direito” em 2006, apontam para o fato de que cerca de 50% dos pacientes tomam seus medicamentos de forma errada. Soma-se ainda o fato de que remédios são vendidos sem receita em grande parte das vezes, em balcões de acesso livre, sendo comum em nosso país a indicação de um sem número de curiosos, vizinhos, “comadres” e balconistas de farmácias.
Por tudo isso, não é de se estranhar que se tenha também um aumento das reações nocivas dos medicamentos. Nos Estados Unidos a quarta causa de morte nas emergências ocorre por reações adversas medicamentosas. No Brasil não há uma estatística exata, mas calcula-se que ¼ de pacientes hospitalizados sejam relacionados a estas reações.
Isto significa que não devemos usar remédios? Não, em absoluto. Significa sim que os medicamentos devem ser usados com critério e indicação médica a fim de que sejam aproveitados seus benefícios e minimizados os possíveis efeitos nocivos.
Antes de se falar na alergia aos medicamentos, é necessário entender que nem toda reação é alérgica. Por exemplo, alguns antialérgicos podem provocar sonolência, que é um efeito colateral bastante comum. É preferível portanto usar o termo Reação adversa para descrever qualquer reação inesperada que possa ocorrer em resposta ao uso de um medicamento. A alergia é apenas um dos tipos destas reações adversas.
Existem reações a medicamentos que são previstas, ou seja, já esperadas como resultante da ação do produto e que dependem da dose utilizada. Um exemplo clássico é a sonolência que pode surgir após o uso de alguns antialérgicos. Entretanto, existem ainda as reações imprevistas, ou seja, ocorrem apenas em algumas pessoas e não dependem da dose nem do efeito farmacológico da medicação. É neste grupo que se incluem as reações alérgicas.

Reações alérgicas a medicamentos (ou Reações de Hiperssensibilidade)
Ocorrem quando o sistema imunológico responde à medicação ou aos produtos biológicos que resultam de seu metabolismo. Para que a alergia ao medicamento ocorra, é imprescindível que a pessoa tenha tido um contato anterior com aquele medicamento. Por isso, a reação surge para medicamentos que a pessoa já usou uma ou diversas vezes, até mesmo durante anos, sendo impossível prever quem poderá vir a ter uma reação alérgica a medicamentos no decorrer de sua vida.
Ressalta-se que a história de outras pessoas na família que tenham alergia medicamentosa não influi na chance de que a você seja alérgico à mesma substância.

Sintomas mais comuns nas reações alérgicas a medicamentos:
As reações alérgicas podem variar desde sintomas leves e quase não serem percebidos até mesmo reações intensas e graves. As principais queixas são:
- Prurido ou Coceira, erupção na pele;
- Eritema ou vermelhidão da pele, Urticária;
- Edema da glote ou ainda a inchação de outras partes do corpo, como lábios, pálpebras;
- Sintomas respiratórios: falta de ar, chiados no peito;
- Cólicas intestinais;
- Choque anafilático (grau máximo de alergia) – que pode até matar.
As reações alérgicas ocorrem em geral minutos ou horas após a ingestão do medicamento.

Diagnóstico das reações alérgicas a medicamentos
- Nem sempre é simples diagnosticar uma reação medicamentosa, pois seu aspecto pode assemelhar-se e confundir-se com outras doenças. Por exemplo, alguns remédios usados na hipertensão arterial podem provocar tosse ou chiados, sintomas que habitualmente não são reconhecidos como conseqüência do uso de medicamentos.
- Só uma história clínica minuciosa pode identificar o medicamento responsável. Por isso, é importante fornecer-lhe informações completas sobre o uso de medicamentos: quando iniciou o uso? Quanto tempo depois o sintoma iniciou? Fazia uso de outros remédios (mesmo não prescritos por médico)?

Como ajudar na identificação do remédio:
- Relatar ao médico todos os remédios que faça uso, mesmo aqueles corriqueiros, de uso esporádico e aparentemente inocente, como por exemplo:
vitaminas, colírios, supositórios, óvulos ou cremes vaginais, homeopatia, etc.
- Existem poucos testes para os casos de alergia a medicamentos, como por exemplo na alergia a penicilina e anestésicos. C
onfie e siga a orientação do alergista.

Tratamento
- O tratamento ideal é afastar a causa, ou seja, suspender o uso do medicamento causador da reação. Em alguns casos pode-se substituir por outra medicação que possua eficiência equivalente mas com fórmula química diferente.
- Se os sintomas são discretos, não serão necessárias outras medidas terapêuticas. Entretanto, se os sintomas forem moderados ou graves, será necessário o uso de antialérgicos, corticóides etc. dependendo de cada caso.
- Ainda não estão disponíveis vacinas para tratar reações alérgicas medicamentosas.

Se você tem alergia de algum remédio:
- Procure um médico especialista em alergia.
- Informe-se sobre o nome do grupo químico ao qual pertence o remédio que provocou sua alergia. Muitas vezes o nome comercial é diferente mas o princípio ativo é o mesmo.
- Use um cartão de advertência ou tenha por escrito o nome dos remédios causadores de sua alergia.
Informe na escola, local de trabalho ou caso seja atendido em outras clínicas, hospitais ou serviços de emergência.

Não use nenhum medicamento sem orientação médica!




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