Ciberbullying em debate
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Ciberbullying em debate


Se o bullying já é uma prática perniciosa e muitas vezes difícil de ser combatida, o que dizer do ciberbullying, em que o agressor muitas vezes é protegido pelo anonimato?  Esta é uma das questões que serão abordadas durante o X Congresso Latino-Americano de Humanidades, que será realizado de 16 a 18/02 na Universidad de Guanajuato, no México. A UENF é uma das instituições organizadoras.

Fenômeno que vem crescendo substancialmente no Brasil — país que ocupa um dos primeiros lugares no ranking da utilização de redes sociais —, o ciberbullying será abordado em duas palestras durante o Congresso: “Consequências psíquicas na prática no bullying e ciberbullying” e “Estruturas psíquicas presentes na prática do ciberbullying”. O professor Carlos Henrique Medeiros de Souza, da UENF, estudioso do assunto, será um dos palestrantes.

— O ciberbullying apresenta particularidades que o diferem de agressões presenciais e diretas e o tornam um fenômeno que nos parece ainda mais cruel. O assédio se abre a mais pessoas rapidamente devido à velocidade de propagação de informações, e os danos causados são ainda maiores, pois a internet garante o anonimato daquele que agride, o que dificulta os mecanismos de respostas e proteção a este tipo de humilhação — diz o professor, que também atua na organização do Congresso.

Fazendo uma análise psicológica da prática do ciberbullying, ele diz que o fenômeno remonta às bases da formação da personalidade do indivíduo e sua relação com os fatores ambientais. Segundo Carlos Henrique, o ciberbullying aproxima-se do preconceito, refletindo fatores culturais e históricos.

— Normalmente, as vítimas possuem cor ou religião diferentes, são pessoas com necessidades especiais, são mais altos, baixos, gordos ou magros, têm acne, possuem aparência que sobressai, usam óculos ou aparelho nos dentes, são novos na escola, são calmos e tímidos, têm notas muito boas ou usam roupas diferentes — diz.

A vítima normalmente apresenta consequências psicológicas — sente-se infeliz, sozinha, ansiosa e deprimida; tem vontade de mudar de escola, de cidade ou de casa; pode adquirir vários transtornos, como baixa autoestima, depressão, pensamento e ações suicidas; e pode demonstrar posteriormente violência explícita ao agressor ou ao meio social.

— Antes de tudo devem-se estabelecer limites para que a estruturação psíquica seja estabelecida dentro de parâmetros socialmente aceitáveis e monitorar se as crianças e jovens vêm sofrendo  ou promovendo constrangimentos e ameaças. É importante oportunizar debates e atividades voltadas para a conscientização no âmbito escolar. O mau uso da internet deve ser coibido através da conscientização e de leis civis. Mas é importante frisar que tudo começa no âmbito da família, pois ninguém nasce com este tipo de cultura ou postura — diz.

Fúlvia D'Alessandri



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