Cimenteira Itaguassu, no Sergipe, recebe resíduos perigosos da Petrobras
Saúde

Cimenteira Itaguassu, no Sergipe, recebe resíduos perigosos da Petrobras





Como anda a situação de Nossa Senhora do Socorro - Sergipe? Tijolo Ecológico tem de receber incentivos do governo para produção em larga escala!  Chega  de  tantos produtos tóxicos! Indústria do Cimento precisa se adaptar!
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Ministério da Saúde precisa averiguar - Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) precisa tomar providências.

Cimenteira Itaguassu, no Sergipe, recebe resíduos perigosos da Petrobras



O descarte de catalisador das unidades de craqueamento das Refinarias de petróleo é uma preocupação mundial para a saúde ambiental, considerando se tratar de um resíduo perigoso que contém metais pesados e compostos cancerígenos (BAHIA, 1987; Mariano, 2001; Afonso et al, 2003; Baptista, 2005).

Resíduos tóxicos de petróleo são enviados da RLAM para Cimenteira Agro Industrial Itaguassu em Sergipe para construção de casas populares

 Por Marise Jalowitzki
03.julho.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/07/cimenteira-itaguassu-no-sergipe-recebe.html

Bem, recebi esta informação por e-mail, e resolvi verificar o que constava na web a respeito. O que encontrei foi uma dissertação de mestrado, de 2010, expondo várias situações de fragilidade no descarte que, mais uma vez, expõe a população do entorno.

Este é um texto que exponho quase todo em transcrições. Cimento, sua fabricação e utilização, é um tema quase desconhecido para muitas pessoas, apesar de estar presente em nossas vidas praticamente durante toda a nossa jornada.

"Considerando que a Cimenteira Agro-industrial Itaguassú, em Nossa Senhora do Socorro – Sergipe, utiliza parte do catalisador descartado pela Refinaria de Mataripe para co-processamento (PETROBRAS, 2007 apud MPE, 2007, p. 186), foi solicitada a Gerência Geral da Cimenteira uma visita técnica para conhecer o co-processamento de catalisador de craqueamento da Refinaria para fabricação de cimento.

Caípe apresenta níveis significativos de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) e Material Particulado (MP) com origem sugestiva petrogênica.

Materiais potencialmente danosos à saúde e ao meio ambiente (Silva Júnior et al., 2009), o fato justificou buscar informações sobre a presença de Material Particulado junto a esta população. As visitas ao distrito de Caípe também resultaram na produção de um vídeo sobre Avaliação da Poluição Atmosférica por HPAS em Material Particulado – MP10 no Distrito de Caípe, sendo em seguida apresentado à população e disponibilizado na internet." (Nota deste blog: o vídeo não foi encontrado, mesmo havendo busca dos vários títulos pertinentes)


A esperança é de chamar a atenção das autoridades competentes, de legisladores interessados, de técnicos especializados, de órgãos e instituições que possam fazer a diferença.

Quanto a nós, você e eu, que somos leigos e cidadãos com direito assegurado pela Constituição a viver em meio ambiente ecologicamente equilibrado, resta-nos divulgar, comentar, repassar opiniões e conteúdos. 

Quem souber de eventuais providências, por favor, envie. Tudo o que almejo é poder declarar: A Petrobras já tomou as providências e dirimiu o problema!

A nação tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o que é
garantido pela constituição brasileira (BRASIL, 1988). Para isto o Decreto Nº
99.274 (BRASIL, 1990a) determina como infrações emitir ou despejar efluentes
ou resíduos sólidos causadores de degradação ambiental em desacordo com o estabelecido em resolução ou licença especial, ou exercer atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente sem a licença ou autorização ambiental exigível.”

Também há a questão da conscientização do empresário para disseminar o uso de EPI pelo trabalhador



Dissertação de Mestrado de Wanderley Ferreira da Silva Júnior, da Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia, programa de pós graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. (Salvador, Bahia, 2010).

Sob o título
“Avaliação da gestão ambiental de uma Refinaria de Petróleo
para as perdas de catalisador de craqueamento” consta um valiosíssimo conteúdo, para averiguação e providências das autoridades competentes.


As perguntas para as quais se exigem respostas:
- Como está o descarte tóxico em TODAS AS REFINARIAS NO BRASIL?
- QUEM CONTROLA no que são utilizados os resíduos finais do craqueamento?
- QUEM AVERIGUA E CONTROLA os possíveis impactos ambientais e para a saúde pública dos resíduos reciclados e reutilizados?
- Quais as providências pelos órgãos competentes – E QUE EXISTEM PARA RESGUARDAR A SAÚDE DA POPULAÇÃO – no sentido de proibir a prática a seguir descrita?

Para entender um pouco mais do que trata todo o tópico, seguem algumas explicações necessárias:

Qual a diferença entre o Cimento CPII e CP IV? — Johseff Mayard Olive 23/02/2011 16:39  
 Diferença de CP — 30/11/2010 23:43
Os cimentos CPII são cimentos compostos, que suportam uma quantidade específica e pequena de adições. Por exemplo: um CPII E, cimento composto com escória, suporta uma adição desse material de 6 a 34% e no CPIII poderá comportar de 35 a 70% de escória...O CPIII tem resistências iniciais ligeiramente menores em função da menor quantidade de clínquer que nos CPII...

O que são unidades de Craqueamento em uma Refinaria de Petróleo

“As unidades de craqueamento são responsáveis pela conversão de resíduos das unidades de destilação em produtos com alto valor agregado.

Também, são importantes fontes geradoras de poluentes atmosféricos, necessitando de correta gestão ambiental para a minimização de impactos ambientais (Baptista, 2005).

Descarte tóxico contém metais pesados e compostos cancerígenos

O descarte de catalisador das unidades de craqueamento das Refinarias de petróleo é uma preocupação mundial para a saúde ambiental, considerando se tratar de um resíduo perigoso que contém metais pesados e compostos cancerígenos (BAHIA, 1987; Mariano, 2001; Afonso et al, 2003; Baptista, 2005).

(...)
Cabe ressaltar que, além de hidrocarbonetos, o petróleo possui diversos contaminantes
a exemplo de metais como níquel, ferro, vanádio, sódio, etc.
 (...)
Óxido de Silício amorfo, Óxido de Alumínio e Caulim.
 (...)
Um experimento realizado no CENPES (com a participação de Cerqueira et al., (2001)), identificou que os valores de Níquel, Vanádio e Antimônio que contaminam o catalisador virgem estavam acima de limites estabelecidos por organizações de proteção à saúde ocupacional, a exemplo da ACGIH.

À medida em que se aumentava o ciclo de reutilização do catalisador, verificou-se que também aumentava a contaminação por metais pesados e coque, compostos reconhecidamente cancerígenos.

(pág. 17/18)
Conclusão com recomendações traz uma reflexão geral sobre a necessidade emergente de melhoria da gestão ambiental em Refinarias de petróleo para as perdas de catalisador de craqueamento, agindo com interação junto aos demais atores sociais envolvidos, entre eles: instituições de pesquisa, trabalhadores, populações sob influência, órgãos de controle ambiental e poder público.



Indústria do Cimento - Há alternativas sustentáveis! 

Querendo, leia:
http://www.compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/07/industria-do-cimento-tijolos-ecologicos.html 

TIJOLOS ECOLÓGICOS - Várias opções


Extração de Calcário para fabricação de Cimento continua devastando florestas, com a anuência do governo - Serra da Conceição do Mato Dentro - Ibirité - MG


Cimento e Petróleo - Desmatamento e Sustentabilidade - Resíduos Tóxicos e Legislação

Página de links:
http://ning.it/q4ESTJ 
Legislações específicas e Convenções Internacionais - Cimento e Petróleo - Desmatamento e Sustentabilidade - Resíduos Tóxicos e Legislação


Com satisfação, este blog registra a visita do autor da Dissertação de Mestrado que deu origem a este artigo e outros mais, trazendo a séria problemática dos ares tóxicos a que estamos sujeitos. Transcrevo o teor do e-mail recebido:



Wanderley Junior16 de outubro de 2012 12:51
Prezados, fazendo uma busca pela Internet sobre a divulgação da pesquisa que realizei durante o Mestrado em Saúde, Ambiente e Trabalho pela Faculdade de Medicina da UFBA, sob a coordenação do médico, professor titular e pós doutor, Prof. Fernando Carvalho (http://lattes.cnpq.br/8079423496391852) e sob a orientação do Doutor em Economia Aplicada Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Campinas e professor da UFBA, Prof. Severino Soares (http://lattes.cnpq.br/8711185953567475) tive a satisfação de tomar conhecimento do interesse de ambientalistas no aprofundamento da investigação. Sobre o vídeo em domínio público na Internet, o título é Como Vamos Caípe! (https://vimeo.com/47000966 ou http://www.videolog.tv/video.php?id=431172).

A disposição para qualquer ajuda,

Wanderley Junior



Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


Escritora, Educadora, Ambientalista,
Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil 



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