Cuidado com a super-exposição à radiação dos exames de imagem
Saúde

Cuidado com a super-exposição à radiação dos exames de imagem


Atualmente estamos expostos a sete vezes mais radiação proveniente de exames diagnósticos do que em 1980. Tomografias e mamografias podem dar informações valiosas aos médicos, mas muitos pesquisadores temem uma exposição demasiada à radiação, o que pode causar câncer, especialmente em pessoas mais jovens.
O começo
O uso de radiação foi introduzido na medicina após a descoberta dos raios-X por W.Roentgen em 1895. Desde então houve um grande avanço neste setor e o uso de tecnologias como tomografia computadorizada (TC scan), fluoroscopia e medicina nuclear explodiu. Em um estudo de 10 anos feito pela Universidade da Califórnia os pesquisadores descobriram que o uso de tomografia duplicou entre 1997 e 2006.
High-tech
A utilização de sofisticados aparelhos com imagens de alta tecnologia pode ser benéfica em certos casos, mas este método diagnóstico deve ser usado com cautela, e somente quando realmente necessário, porque ele expõe o seu corpo à radiação. E aí vem um alerta de perigo – a exposição excessiva à radiação comprovadamente causa câncer.
Nem sempre mais é melhor
Segundo um relatório no New England Journal of Medicine (NEJM) publicado em 2009 (http://www.nejm.org/) o uso indiscriminado de TC pode causar três milhões de novos casos de câncer nas próximas duas ou três décadas! Segundo estatísticas americanas, são realizadas quase 70 milhões de TC por ano nos Estados Unidos, onde a TC responde por 50% de toda a radiação recebida em exames diagnósticos. Estima-se que até 40% dos exames feitos por ano nos EUA sejam desnecessários. No Brasil, não há estimativas exatas, mas estudos mostram situação parecida.
Pior para os pequenos
Crianças que se submetem a muitos exames de tomografia computadorizada têm um risco três vezes maior de desenvolver câncer no cérebro ou leucemia, aponta um estudo feito pela Universidade de Newscastle, na Grã-Bretanha, e publicado na revista científica Lancet em 2012.
Querido leitor e leitora, quantas tomografias você já fez na sua vida?
Olho vivo: o que muitas pessoas não sabem é que a TC emite muito mais radiação do que a radiografia convencional. Por exemplo, um exame de TC do tórax significa receber 100 vezes mais radiação que em um de raios-X de tórax convencional.
Mamografia: que tal fazer 1000 raios-X de tórax todo ano?
As autoridades de saúde e os médicos recomendam que todas as mulheres com mais de 40 anos façam uma mamografia a cada ano. O exame consiste em quatro filmes, duas incidências para cada mama. Esta exposição anual resulta em aproximadamente 1 rad (dose absorvida de radiação), exposição que é cerca de 1.000 vezes maior do que a de uma radiografia de tórax. Ou seja, uma mamografia equivale a MIL raios-X de tórax!!! Diversos autores citam esta cifra que parece inacreditável.
Radiação e câncer
A radiação ionizante é uma causa comprovada de mutações do DNA, especialmente na estrutura de cromossomos, e uma instabilidade nos genes, uma característica presente nos tumores mais agressivos. As células reduzem ou perdem totalmente a capacidade de reparar os danos genéticos induzidos pela radiação ionizante. Ao contrário de outros fatores mutagênicos, a radiação ionizante tem acesso aos genes de todos os órgãos internos que são atingidos pelo feixe de raios. No caso da mamografia, além da mama, a tireoide, o coração e o pulmão também são atingidos pela radiação. Esta ação é cumulativa ao longo dos anos, e a situação se agrava a cada nova exposição à radiação.
De acordo com John Gofman, professor de biologia celular e molecular na Universidade de Berkeley e um dos maiores especialistas do mundo sobre esta questão, a evidência indica que mais de 50 % da taxa de mortalidade de câncer e mais de 60 % da taxa de mortalidade de doença isquêmica do coração, podem ser induzidas pela radiação ionizante (incluindo a fluoroscopia, a mamografia e a tomografia computadorizada).
Como escapar desta radiação?
Como alternativa para tomografias e mamografias de repetição, existem exames como a ressonância magnética nuclear e o ultrassom. Outra opção muito interessante é a termografia infravermelha para examinar as mamas e ajudar na detecção precoce de câncer. Infelizmente este tipo de exame ainda não está disponível no Brasil. A termografia rastreia a radiação do infravermelho produzido pelo calor do corpo e traduz esta informação em imagens anatômicas. Não há nenhuma pressão mecânica ou radiação ionizante e pode detectar sinais de câncer de mama muito mais cedo do que a mamografia ou um exame físico.
Fonte: http://www.buscasaude.com.br/ortomolecular/alerta-cuidado-com-a-superexposicao-a-radiacao-por-exames-de-imagem/



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