Saúde
• A ansiedade e a depressão são companheiras freqüentes do câncer; a ansiedade é grande durante as consultas clínicas, os testes e a espera do diagnóstico e a depressão marca particularmente o período logo após o diagnótico. I J Korfage, M-L Essink-Bot, A C J W Janssens, F H Schröder e H J de Koning publicaram recentemente um artigo, "Anxiety and depression after prostate cancer diagnosis and treatment: 5-year follow-up" no British Journal of Cancer (2006) 94, 1093-1098. Acompanharam 299 homens diagnosticados com câncer de próstata durante cinco anos, desde antes do diagnóstico. Antes do tratamento, 28% de todos os pacientes foram classificados como "alta ansiedade". Por razões ainda desconhecidas, os homens com alta ansiedade tratados com prostatectomia relataram níveis mais baixos de depressão do que os tratados com radiação.
• Seis meses depois do tratamento, melhoras que eram estatisticamente significativas puderam ser documentadas, mas o ponto de partida era alto: 60% tinham claros sintomas de depressão e 71% tinham sintomas de ansiedade.
• O diagnóstico de câncer de próstata provoca muitas emoções. Medo, raiva, insegurança, incerteza, ansiedade e depressão são comuns. É com freqüência um período duríssimo. Alguns ficam com pena de si mesmos; outros negam que tenham câncer. Não são reações boas.
• Quem foi diagnosticado deve se esforçar para receber o apoio de amigos e de familiares numa boa. Quem vem lhe dizer alguma coisa na melhor das intenções não se dá conta de que aquilo já foi dito por várias pessoas antes dele ou dela. O pior que você ppode fazer, após o diagnóstico, é bancar o super-homem. Ficar sózinho e silencioso, nessa hora, não é bom. Se fechar em casa (e em copas) é muito ruim. Se uma ou mais das pessoas mais próximas de você quizer lhe ajudar e formar um time com você, aceite.
• O câncer de próstata é uma doença "do casal". Se você, que está lendo isto, fôr o paciente, não deixe sua companheira de fora da sua doença nem da sua vida. Sua companheira também pagará um preço por ter um doente em casa e vocês, onde possível, deveriam formar um time para enfrentar isso juntos. Certamente sua companheira deve ir junto ao médico, inclusive para ajudar a lembrar tudo (embora o melhor a fazer seja ir de caneta e bloco na mão e escrever TUDO). A companheira que participa e se informa pode ajudar mais.
• Lembre-se de que depressão também é doença e pode ser muito séria e piorar muito a qualidade da sua vida. Lembre-se, também, de que depressão é tratável, idealmente com remédio e psicoterapía juntos. Busque um psiquiatra que saiba e possa acompanhar sua doença e receitar os anti-depressivos também.
• A vida não acaba com o diagnóstico, meu amigo. Ninguém sabe quanto tempo tem nesse planeta, particularmente nesse país tão violento. Eu, com 72 e câncer que já voltou e tecnicamente é incurável, estou aqui lhe escrevendo; João Hélio, um menino de seis anos, foi vítima da barbárie e morreu antes de ter podido curtir a vida. Ninguém sabe. Você e eu podemos levar uma bala perdida hoje, podemos morrer de câncer em dias, meses, alguns anos, muitos anos ou não morrer de câncer, morrer de outra causa. O importante é curtir e fazer o bem durante esse tempo que Deus nos deu na terra. Qualquer que seja a sua religião, a sua Igreja, busque-a. Se não tiver nenhuma, deixe uma abertura para começar. Se não quizer ir a igreja, templo etc, converse com Deus. Puxe um papo aberto, honesto, direto. Ajuda.
• Ajude alguém, quem sabe uma criança pobre. E descobrirá que se ajudou ainda mais.
• Se quizer, conversamos.
Para ler postagens a respeito de temas semelhantes, clique sobre o título da postagem
O preço pago pelas esposas, namoradas, companheiras
http://psacontrol.blogspot.com/2007/06/o-preo-pago-pelas-esposas-namoradas.html
As parceiras dos pacientes
http://psacontrol.blogspot.com/2006/10/as-parceiras-dos-pacientes.html
Filhos depois do tratamento
http://psacontrol.blogspot.com/2007/04/filhos-depois-do-tratamento.html
Viagra etc e problemas de ereção depois do tratamento de câncer da próstata
http://psacontrol.blogspot.com/2007/02/viagra-etc-e-problemas-de-ereo-depois.html
Transplantes de nervos para lidar com perda de ereção após a prostatectomia
http://psacontrol.blogspot.com/2007/02/transplantes-de-nervos-para-lidar-com.html
TOC e Câncer
http://psacontrol.blogspot.com/2007/02/toc-e-cncer.html
Depressão e ansiedade em pacientes de câncer
http://psacontrol.blogspot.com/2007/02/depresso-e-ansiedade-em-pacientes-de.html
Duas cartas importantes
http://psacontrol.blogspot.com/2007/02/duas-cartas-importantes.html
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Gláucio... Bom dia...estava sumida né? Deve está pensando que estou tão feliz que só o procurava quando estava triste...infelizmente não é bem assim. Depois daquele episódio que lhe relatei, não houve mais nenhuma reação...eu continuo tendo...
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Um trabalho apresentado à ASCO sugere que drogas comuns para solucionar problemas de ereção são úteis na redução dos problemas nessa área subseqüentes à radiação e à...
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Dr. Fernando P. Secin et al publicaram os resultados de uma pesquisa no The Journal of Urology onde relatam os resultados de cirurgia com implantes de pedaços de nervos no penis, que ajudam a recuperar a ereção após a prostatectomia radical. Analisaram...
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Partners of cancer patients suffer too Raramente se pensa nas parceiras dos pacientes. Amigos e familiares de pacientes também sofrem, uns mais do que outros. As parceiras dos pacientes de câncer sofrem, inicialmente, mais do que os próprios pacientes....
Saúde
Depressão e ansiedade em pacientes de câncer
• A ansiedade e a depressão são companheiras freqüentes do câncer; a ansiedade é grande durante as consultas clínicas, os testes e a espera do diagnóstico e a depressão marca particularmente o período logo após o diagnótico. I J Korfage, M-L Essink-Bot, A C J W Janssens, F H Schröder e H J de Koning publicaram recentemente um artigo, "Anxiety and depression after prostate cancer diagnosis and treatment: 5-year follow-up" no British Journal of Cancer (2006) 94, 1093-1098. Acompanharam 299 homens diagnosticados com câncer de próstata durante cinco anos, desde antes do diagnóstico. Antes do tratamento, 28% de todos os pacientes foram classificados como "alta ansiedade". Por razões ainda desconhecidas, os homens com alta ansiedade tratados com prostatectomia relataram níveis mais baixos de depressão do que os tratados com radiação.
• Seis meses depois do tratamento, melhoras que eram estatisticamente significativas puderam ser documentadas, mas o ponto de partida era alto: 60% tinham claros sintomas de depressão e 71% tinham sintomas de ansiedade.
• O diagnóstico de câncer de próstata provoca muitas emoções. Medo, raiva, insegurança, incerteza, ansiedade e depressão são comuns. É com freqüência um período duríssimo. Alguns ficam com pena de si mesmos; outros negam que tenham câncer. Não são reações boas.
• Quem foi diagnosticado deve se esforçar para receber o apoio de amigos e de familiares numa boa. Quem vem lhe dizer alguma coisa na melhor das intenções não se dá conta de que aquilo já foi dito por várias pessoas antes dele ou dela. O pior que você ppode fazer, após o diagnóstico, é bancar o super-homem. Ficar sózinho e silencioso, nessa hora, não é bom. Se fechar em casa (e em copas) é muito ruim. Se uma ou mais das pessoas mais próximas de você quizer lhe ajudar e formar um time com você, aceite.
• O câncer de próstata é uma doença "do casal". Se você, que está lendo isto, fôr o paciente, não deixe sua companheira de fora da sua doença nem da sua vida. Sua companheira também pagará um preço por ter um doente em casa e vocês, onde possível, deveriam formar um time para enfrentar isso juntos. Certamente sua companheira deve ir junto ao médico, inclusive para ajudar a lembrar tudo (embora o melhor a fazer seja ir de caneta e bloco na mão e escrever TUDO). A companheira que participa e se informa pode ajudar mais.
• Lembre-se de que depressão também é doença e pode ser muito séria e piorar muito a qualidade da sua vida. Lembre-se, também, de que depressão é tratável, idealmente com remédio e psicoterapía juntos. Busque um psiquiatra que saiba e possa acompanhar sua doença e receitar os anti-depressivos também.
• A vida não acaba com o diagnóstico, meu amigo. Ninguém sabe quanto tempo tem nesse planeta, particularmente nesse país tão violento. Eu, com 72 e câncer que já voltou e tecnicamente é incurável, estou aqui lhe escrevendo; João Hélio, um menino de seis anos, foi vítima da barbárie e morreu antes de ter podido curtir a vida. Ninguém sabe. Você e eu podemos levar uma bala perdida hoje, podemos morrer de câncer em dias, meses, alguns anos, muitos anos ou não morrer de câncer, morrer de outra causa. O importante é curtir e fazer o bem durante esse tempo que Deus nos deu na terra. Qualquer que seja a sua religião, a sua Igreja, busque-a. Se não tiver nenhuma, deixe uma abertura para começar. Se não quizer ir a igreja, templo etc, converse com Deus. Puxe um papo aberto, honesto, direto. Ajuda.
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