Educação Sexual nas Escolas - Cartilhas do MEC -
Saúde

Educação Sexual nas Escolas - Cartilhas do MEC -




Ilustração do livro de Marcos Ribeiro - Mamãe, como eu nasci? - Distribuído pelo MEC para crianças das séries iniciais
Pais precisam acompanhar os conteúdos a que seus filhos tem acesso nas escolas. A Escola é fonte de educação e aquisição de conhecimento, mas não substitui a força e a base da família. E, sempre que necessário, a família tem de interferir, sugerindo melhorias, auxiliando nas decisões e até mesmo, barrando aquilo que julgar inconveniente ou fora de contexto.


Educação Sexual nas Escolas - Cartilhas do MEC


Por Marise Jalowitzki
23.setembro.2013
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/09/mpf-recomenda-suspensao-imediata-da.html

Depois que o amigo Sérgio Roberto Torres compartilhou um video contendo a palestra da Assessora Jurídica de uma ong Damares Alves, com sede no Senado, saí a procurar novas informações, considerando que a palestra utiliza alguns dados mais antigos e por vezes, destorcidos e - é claro - recebeu muitas críticas por isso. No compromisso com a procedência e pertinência, continuo buscando mais fatos relevantes sobre esta realidade a que nossos pequenos estão sujeitos dentro de sala de aula. Até onde é conhecimento e informação? Até onde é indução?

A amiga Luciana Ribeiro tem divulgado denúncias e alertas há meses. Vou solicitar tais links para compilar mais textos elucidativos.

Há várias informações que precisam ser publicadas e colocadas a valores ínfimos nas mãos de educadores e pais. Precisamos mobilizar grupos de palestrantes, que se disponham a participar de reuniões de pais e mestres em escolas, para divulgar essas informações de forma isenta, sem atacar este ou aquele partido, religião ou ideologia. Auxiliando os adultos a pensar no que estão fazendo (e deixando fazer) com seus filhos. O que está em jogo é a formação de nossas crianças e adolescentes, incluindo a própria vida. A luta é imensa, mas precisa ser "atacada" de uma forma menos xingativa, mas sempre contundente. O que não dá é ficar parado. É o que penso.

Sendo a intenção educar as crianças, PORQUE não investir em reuniões com os pais e professores, promovendo conversas sérias - algumas mesmo com a presença das crianças e adolescentes -. Uma cartilha pura e simples, não substitui a interação, a troca de ideias e opiniões! 

As cartilhas distribuídas pelo MEC, em qualquer tempo, precisam ser analisadas com atenção, levando-se em conta as realidades das comunidades, nas diferentes regiões. Entre as cartilhas que estou lendo, há uma, por exemplo, que leva o título de Coisas Importantes. Tipo uma agenda. Só que Confidencial. Todos os humanos somos parte de um contexto. Ler e escrever "às escondidas", guardar em lugar onde ninguém tenha acesso, faz parte de um experimento de independência da adolescência. Mesmo assim, há que analisar a maturidade do adolescente, suas companhias, onde passa seu tempo, quanto tempo fica fora de casa, quais os interesses; "Esconder" dos pais, mesmo sendo um aditivo da experiência do adolescente, quando incentivado pelo próprio material didático fornecido pela escola,  concede um apelo de proibido e escuso. 

“Olha, ele fica duro! O pênis do papai fica duro também?
Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro.”
“Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho, vai ver bem melhor. Aqui em cima está o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso.”
“Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a sua vulva, porque é gostoso. As pessoas grandes dizem que isso vicia ou “tira a mão daí que é feio”. Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema”.
São trechos do livro “Mamãe, Como Eu Nasci?” de Marcos Ribeiro.

"Só sabem abrir a boca para proibir."  Gente, isso é frase que se imprima em uma cartilha? Qual a orientação que se dá a uma criança ou adolescente com uma frase dessas? A própria orientação do MEC induz os pequenos a um distanciamento com os pais, colocando-os em contraposição a eles e ao que eles dizem. Sim, está claro que a intenção do autor é "fazer de conta que é o próprio aluno que está escrevendo. Sim, está claro que a intenção é fazer com que a criança-adolescente "sinta" que foi ela quem escreveu aquilo, porque é assim que a maioria deles pensa. Sim, muitos adolescentes pensam assim, mas isso não deve ser estimulado (mesmo sendo comum), nem deve ser "vendido" como algo natural ou normal. A razão de tantos conflitos sociais está, primordialmente, na falta de diálogo entre os membros da família! É preciso, sempre, estimular o diálogo e a abertura na comunicação e na otimização afetuosa do cotidiano familiar e educacional.

Educação Sexual nas Escolas - Imagem do livro de Marcos Ribeiro - Mamãe, como eu nasci? - Distribuído pelo MEC - o video foi excluído da internet, direitos autorais garantidos ao autor - meninas e meninos recebem a cartilha nas séries iniciais


 A decisão do MPF ocorreu em 2009. Continuo pesquisando para dar maior fundamentação ao tema.)


MPF recomenda suspensão imediata da distribuição de cartilhas sobre sexo - 15/09/2009
17:13:21 - Devido a suspeitas de conteúdo inadequado, prefeitura e ONG Tucuxi devem promover debates antes de distribuir cartilhas - por MPF-RO fonte: http://www.prro.mpf.gov.br - criado em 23/09/2013 -

O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) recomendou à prefeitura de Porto Velho e à Organização Não Governamental (ONG) Tucuxi a suspensão imediata da distribuição de cartilhas sobre educação sexual destinadas a adolescentes e jovens. Após analisar as publicações e receber queixas de pais e religiosos, o MPF expediu a recomendação para suspensão da distribuição e também para a realização de audiências públicas com pais, pedagogos, médicos, entidades representativas da comunidade e instituições religiosas para debater o conteúdo das cartilhas. O município e a ONG Tucuxi têm prazo de cinco dias para informar ao MPF sobre os procedimentos adotados a partir da recomendação. As cartilhas são intituladas “Centro de Referência de Combate à Violência e a discriminação contra LGBTs”, “Guia do Multiplicador - Manual de Prevenção de DST\HIV\AIDS”, “Menino esperto vive melhor” e “Menina esperta vive melhor”. As cartilhas foram apresentadas recentemente pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e, segundo o MPF, “veicula conteúdo cujo acesso, de modo indiscriminado, pode implicar danos à progressiva educação da criança”. Na recomendação, o procurador da República Ercias Rodrigues de Sousa argumenta que “todas as cartilhas trazem conteúdo explícito sobre sexo e homossexualidade, o que, apesar de ser de abordagem necessária, deve ser manejado de forma delicada, em especial quando se trata de crianças e adolescentes, de modo a educar por meio do acesso gradativo e de abordagem adequada aos temas adultos, evitando-se desgastes entre a educação realizada por meio da escola e aquela realizada no seio familiar” http://www.prro.mpf.mp.br/print.php?id=239


Leia também:
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/12/educacao-sexual-nas-escolas-2013-pais.html

Educação Sexual das Escolas - 2013 - Pais, observem o que seus filhos recebem como orientação e entrem em contato com a escola, sempre que necessário! 

Por Marise Jalowitzki
02.dezembro.2013

Crianças são serzinhos em formação. Precisam de orientação digna de pais e educadores. Entrem em contato com a escola, sempre que necessário!

Esta ilustração constou em uma prova para crianças da 1ª série do ensino fundamental da rede municipal de Curitiba, em novembro de 2010. 16 mil crianças! Quem indeniza o estrago?





Conheça também as Cartilhas e os videos produzidos pelo MEC e que foram objeto de tanta polêmica, a ponto de serem recolhidas. Depois de todo o escândalo envolvendo as Cartilhas do MEC, como o Caderno das Coisas Importantes - Mamãe, como eu Nasci? - além dos videos, como os professores desenvolvem a disciplina continua sendo orientação de cada estado e prefeitura.


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Ambientalista de coração,
Educadora, Coordenadora em Dinâmica de Grupos,
Pós-Graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
[email protected] 









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