Envelhecimento Ativo orienta Administração Pública
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Envelhecimento Ativo orienta Administração Pública


A política do envelhecimento ativo norteia todo o estado de São Paulo no que diz respeito à população em geral; ao idoso e aos profissionais voltados ao cuidado; às unidades de saúde – entre elas, um hospital especializado no atendimento do idoso, situado na capital. Segundo o superintendente do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), Latif Abrão Jr., o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) vem desenvolvendo diversas iniciativas para seu reconhecimento como o primeiro hospital especializado no atendimento à pessoa idosa.

Uma amostra da preocupação com o envelhecimento ativo foi a quinta edição do “Seminário Temático de Promoção e Proteção à Saúde do Servidor”, organizado pelo programa Prevenir e realizado em 28 de novembro, no HSPE, com o tema “Envelhecimento Ativo na Administração Pública”.

O movimento pelo envelhecimento ativo no estado fez com que o Seminário coincidisse com o dia do lançamento do Selo de Adesão ao Programa São Paulo Amigo do Idoso, pelo governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes. O Selo é uma certificação destinada aos municípios que atenderem aos critérios estabelecidos para sua concessão.

Um convite aos participantes do Seminário para exercitarem o envelhecimento ativo

Ao começar sua palestra e levar em conta o longo tempo em que estão na mesma posição, Alexandre Kalache sugeriu que os participantes se levantassem e se esticassem, em plena prática do envelhecimento ativo. A plateia concordou e seguiu a sugestão.

O médico gerontologista Alexandre Kalache é consultor internacional, presidente do International Longevity Center (Centro Internacional da Longevidade) no Brasil e desenvolvedor do conceito de envelhecimento ativo à época de sua gestão como diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre os anos de 1995 e 2008.

Bem de acordo com sua inquietude, Kalache propõe novo conceito: o de “gerontolescência” – uma fase de transição entre a idade adulta e a velhice que pode durar 20 ou 30 anos, durante os quais a pessoa ainda pode ter uma vida ativa e saudável. Mas alertou que a sociedade ainda convive segundo um modelo de ciclo de vida semelhante ao do século XIX, quando a pessoa era considerada velha depois dos 45 anos. Assim, delineou um panorama das perspectivas do envelhecimento ativo no mundo, no Brasil e em São Paulo.

Envelhecimento Ativo debatido de A a Z

Muitos temas foram tratados no Seminário, entre eles, o papel do setor saúde no envelhecimento ativo, a participação da universidade, a função do HSPE no envelhecimento ativo de seus usuários, projetos de preparação para a longevidade, Programa de Atenção ao Idoso (PAI).

Também atuante no Programa São Paulo Amigo do Idoso, a dra. Marília Louvison, coordenadora estadual da área técnica de Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, falou sobre os aspectos sócio-demográficos dos servidores estaduais e destacou ações que ofereçam inclusão e qualidade de vida para o funcionalismo.

Uma mesa-redonda contou com a participação da professora Monica Sanches Yassuda, da Escola de Artes, Ciências e Humanidade da USP e de especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). E o chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude, coronel Luiz Carlos Martins, apresentou o programa “AtivIdade”, do governo estadual, para apoio à prática de atividade física pela população idosa em academias e clubes. 

No encerramento, o superintendente do Iampse, Latif Abrão Jr., ressaltou que “a realidade do Iamspe hoje é a que o Brasil projeta para 2050”, assinalando que nela se destacam as pesquisas e estudos voltados para atendimento ao idoso, a futura reforma do HSPE e o investimento em capacitação do quadro de pessoal do Iamspe.

Ao final do Seminário,Monica Sanches Yassuda, Alexandre Kalache e Latif Abrão Jr.

Fotos do acervo do Centro Internacional de Longevidade.



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