Estudo alerta para ingestão de peixes contaminados com mercúrio
Saúde

Estudo alerta para ingestão de peixes contaminados com mercúrio


A ingestão de peixe contaminado com mercúrio é a principal via de exposição ao metal tóxico e uma ameaça para a saúde no mundo todo, segundo um relatório publicado na revista científica sueca "Ambio".

O estudo, elaborado a partir de cinco artigos de especialistas e divulgado hoje pela imprensa britânica, indica que, atualmente, o grau de contaminação com mercúrio industrial é três vezes maior que antes da Revolução Industrial.

A poluição de oceanos, lagos, rios e mares deixou alguns peixes com altos níveis tóxicos de mercúrio, cuja ingestão é especialmente prejudicial para grávidas, recém-nascidos e crianças.

Os danos causados, inclusive pelos baixos níveis de mercúrio, no desenvolvimento do cérebro são conhecidos há décadas, mas os cientistas do estudo ressaltam que ainda não foi feito o suficiente para reduzir a exposição ao mínimo.

O relatório, aprovado por mais de mil cientistas na Conferência Internacional sobre a Contaminação do Mercúrio, realizada no segundo semestre do ano passado, em Madison (Estados Unidos), destaca que os efeitos tóxicos do mercúrio também aumentam o risco de ataques cardíacos, especialmente entre os homens adultos.

Apesar da redução das emissões de mercúrio registradas nos países desenvolvidos nos últimos 30 anos, os níveis continuaram elevados por causa das emissões dos países em desenvolvimento.

Segundo o professor da Universidade de Wisconsin James Wienes, as implicações políticas da descoberta "são claras".

Nos Estados Unidos, a fim de reduzir a exposição ao mercúrio, o Governo lançou uma campanha para alertar as mulheres grávidas para o consumo limitado de peixes, especialmente de pescado branco e mariscos, que devem ser ingeridos em quantidades inferiores a 340 gramas por semana.

Uma medida similar é promovida pela agência sanitária britânica, a Food Standards Agency, que aconselha as grávidas a evitar o consumo de tubarão e peixe-espada, e limitar o de atum, já que estes são os peixes com os níveis de mercúrio mais elevados.

No entanto, pesquisadores britânicos da Universidade de Bristol descobriram que o pescado também contém ácidos ômega 3 e outros nutrientes essenciais para o desenvolvimento do cérebro, apesar da ameaça que supõe para a saúde sua contaminação com mercúrio.

A partir de um estudo com 9.000 famílias, o relatório, publicado na revista britânica "The Lancet", concluiu que os riscos do consumo de peixes são superados por seus benefícios.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/03/08/ult1766u20692.jhtm



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