Feira agroecológica
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Feira agroecológica


Agricultores do Assentamento Zumbi dos Palmares participam desde 2007 de Feira Agroecológica na UENF

Você sabia que para ter uma alimentação saudável não é necessário ter muitos gastos? Com preços acessíveis, é possível comprar alimentos orgânicos vindos diretamente da produção agroecológica. Na Feirinha de Produtos Agrícolas, que funciona no prédio P5 da UENF toda terça-feira de manhã, são comercializados alimentos sem agrotóxicos produzidos por agricultores da região Norte Fluminense.

Criada através de uma parceria entre o Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB/UENF) e o Instituto de Agroecologia e Meio Ambiente (IAMASOL), a feira acontece desde 2007 e está em constante fortalecimento da agricultura familiar. A iniciativa é parte do projeto “Agroecologia: Difusão e Popularização de Tecnologias com Base Ecológica para a Agricultura no Norte Fluminense”, que há sete anos vem realizando diferentes trabalhos com o objetivo de difundir, incentivar e promover a agroecologia da região.

De acordo com o coordenador do projeto, professor Fábio Coelho, cresce cada vez mais o número de agricultores interessados na produção agroecológica.

— Muitos agricultores que ainda relutavam entre o convencional e o agroecológico, estão cada vez mais satisfeitos com a produção e comercialização de seus produtos agroecológicos. Isto devido ao retorno econômico mais promissor, bem como o menor risco de contaminação pela não utilização de agrotóxicos — disse.

Fábio afirma que a agricultura familiar é o setor que ocupa maior parte da mão-de-obra, servindo para assegurar a permanência da família no meio rural. Além da feirinha, o projeto realiza ações como cursos sobre as diversas técnicas de cultivo em agricultura orgânica e assistência técnica a partir de reuniões que auxiliam  a comercialização.

— Além da comercialização dos produtos, os agricultores da feirinha também trocam experiências entre si e com a comunidade universitária. Percebe-se que está havendo maior difusão da agroecologia no campo e na cidade através de pesquisas e trabalhos participativos, fortalecendo assim, a agricultura familiar e o desenvolvimento rural sustentável — disse.

Em 2007 o projeto resultou em vitórias concretas nos Assentamentos Zumbi dos Palmares em termos de crescimento na utilização de técnicas agroecológicas que reduzem o nível de contaminação por agrotóxicos. A partir de então, o trabalho se ampliou e agricultores do assentamento começaram a participar do projeto.

— A ideia é que todos os produtores melhorem a renda familiar, possam desenvolver os conhecimentos em agricultura agroecológica, tenham maior acesso aos alimentos básicos, maior preservação do meio ambiente e recursos naturais, maior produção de alimentos de melhor qualidade biológica sem contaminação por agrotóxicos, e consequentemente, obtenham melhoria nas condições de saúde e de vida, tanto no campo quanto na cidade.  Além disso, buscamos a diminuição do impacto ambiental e a sustentabilidade — explica Fábio.

Uma das conquistas dos agricultores foi conseguir um transporte para levar os produtos e os próprios feirantes até a UENF toda terça-feira. Isto foi possível em 2009, quando os produtores se reuniram com o reitor da Universidade e ficou estabelecido o apoio cedido pela UENF. Neste mesmo ano houve um crescimento no número de visitas, como também a possibilidade de manejo de pragas utilizando agentes de controle biológico cedidos por professores do LEF/CCTA em busca de soluções por meios mais ecológicos.

Além disso, o projeto ainda elabora um “jornalzinho” com informações sobre agroecologia e feiras solidárias e, atualmente, realiza cursos sobre cultivo e manejo de pragas da goiaba, abacaxi e coco. O próximo passo da equipe, em união com a Pesagro, é a implantação de uma horta-mandala, onde aulas práticas serão ministradas.      

Em seu aniversário de 20 anos, em agosto, a Universidade prestou uma homenagem ao agricultor Cícero Guedes, um dos integrantes da Feira, morto no início do ano. O local onde a Feira é realizada semanalmente, no prédio P5, recebeu o nome de “Espaço Agroecológico Cícero Guedes”.

Thais Peixoto



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