Fim da Medicina como a conhecemos, diz OMS - Resistência a antibióticos é desafio
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Fim da Medicina como a conhecemos, diz OMS - Resistência a antibióticos é desafio


Colapso na Medicina - Resistência a antibióticos preocupa OMS



Fim da Medicina como a conhecemos, diz OMS - Resistência a antibióticos é desafio
Por Marise Jalowitzki
17.março.2012
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/03/fim-da-medicina-como-conhecemos-diz-oms.html 
Estamos chegando às óbvias conclusões. Tudo na vida é feito de ciclos. Os seres humanos são por demais inconsequentes e se atiram desesperadamente em cada nova onda, como se fosse a única e tão esperada “solução”. Para que?¿ Para vencer a doença sem fazer esforço, para alcançar a longevidade através de mágicas instantâneas, para resolver as questões de energia e vitalidade com alguns comprimidos. Pronto! Tudo resolvido!
Nesta mesma semana, em diversos sites, novamente é anunciado um novo produto para resolver os problemas de obesidade e, pasmem! O chamamento é: “Finalmente chega dos EUA ao Brasil...!” Como assim?¿ Um país onde o número de obesos é alarmante e a saúde da população andando às turras.
Pois a conclusão de que a Medicina, do jeito como a conhecemos, está chegando ao final de seu ciclo vem da própria OMS – Organização Mundial de Saúde e diz respeito à resistência humana aos antibióticos. O alerta tem já um prognóstico de futuro próximo, já que o processo é crescente. Cada vez novos e mais potentes antibióticos são fabricados, pois os anteriores já não oferecem os efeitos apregoados.
A péssima notícia é a possibilidade de que uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, pois o organismo não tem mais defesas.
"Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos", declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, durante um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca.
Margaret  Chan discorreu sobre o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.
"Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos", diz Chan. "Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade", afirma.
Isso nos diz respeito diretamente. Nós somos um país em desenvolvimento, somos um povo com vício de automedicação, temos um sistema de saúde pública e de muitos planos de saúde, bastante precários, agravado pelo triste fato de sermos os campeões em uso de agrotóxicos – os venenos estão em toda a parte – e o indiscriminado uso de transgênicos, alimentos modificados geneticamente e que não receberam os devidos estudos e pesquisas para avaliar quais os danos e efeitos colaterais que isso provoca no organismo humano.

Resistência a antibióticos tem muitas causas, uma delas é a medicação excessiva. Some-se a isso o consumo sem reservas das chamadas "drogas lícitas" (álcool-fumo), a poluição ambiental e alimentos contaminados. Onde ficam as defesas do ser humano?


Uso excessivo

“As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.
Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.
Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.”
Com certeza, essa é uma práxis que perpetua a dependência de vários pacientes que procuram unidades de saúde e que, ao mesmo tempo, faz com que muitos simplesmente fujam de consultórios. Quantas vezes você já ouviu relatos do tipo:
“O médico nem escutou o que eu tava dizendo. Só me olhou e entregou a receita. Um montão de antibiótico e pronto.”
Isso não se restringe apenas a antibióticos. O distanciamento médico-paciente tem, no mínimo, quatro décadas. Tenho uma vizinha de 75 anos que mora sozinha (os filhos a visitam com frequência), vai à feira, faz suas compras, leva a cachorrinha a passear todas as manhãs e tardes, tudo devagarinho, mas com precisão e acerto. Noutro dia mostrou-me uma enorme bolsa de pano onde guarda centenas de cartelas de remédios que lhe entregam “aos montões”, como diz, cada vez que vai ao médico.
“Não tomo nada!” diz ela. “O médico mal pergunta o que sinto. É remédio demais e fico com medo! Eu não preciso disso!”
Quem sabe não é hora de os especialistas retomar o velho caminho da prevenção?¿ De cuidar mais de aspectos como sono, alimentação realmente nutritiva e saudável, denunciar os críticos casos de poluição ambiental que, sabidamente, adoecem populações inteiras (Veja-se somente o caso de Bariri-SP, publicado neste blog)?¿
Temos de alcançar urgentemente o momento onde o natural seja o mais comum e a procura de soluções nem tão mágicas, mas que exijam de cada indivíduo esforço e consciência, sejam uma constante.

Fonte da informação original: BBC Brasil e Terra

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Escritora, Educadora, Ambientalista
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil 



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