Saúde
Quando o câncer da próstata avança mesmo depois da cirurgia, da radiação e do tratamento anti-hormonal sobra pouco o que fazer: usualmente é a quimioterapia, a despeito do aparecimento de novos tratamento como a abiraterona e o Provenge.
A quimioterapia é veneno. Veneno para as células, afetando células cancerosas e as sadias também. Como as cancerosas são mais frágeis, uma percentagem maior delas morre. Além disso, a químio é mais direcionada às células que crescem rapidamente – razão pela qual ela funciona melhor com cânceres mais agressivos do que o da próstata. A químio combate o câncer da próstata, mas não o cura. Garante uns meses a mais de vida na mediana. Há os que não respondem e não melhoram e há os que vivem alguns anos a mais.
O grande problema da químio é o estrago que ela faz nas células sadias. Não é pequeno. Por isso é deixada para a última opção.
Mas há um princípio novo, que mata muitas células cancerosas e atinge poucas células sadias. Esse tratamento usa moléculas de ouro, com um formato de pipoca, para destruir as células cancerosas.
Como?
Essas moléculas são direcionadas para grudar nas células cancerosas. Elas são cobertas por uma cadeia de peptídeos que grudam nas células cancerosas, mas não nas saudáveis. Usam químicos que só as células cancerosas produzem e grudam neles. Sem essas cadeias, elas afetariam as células normais, destruindo-as (como faz a químio comum).
Esses compostos de ouro afetam até cinqüenta por cento das células cancerosas ao redor deles. Essa percentagem deve aumentar.
E aí?
Aí os médicos usam um procedimento chamado de espectroscopia Raman que permite ver onde estão as partículas de ouro. Nesse momento alguns procedimentos podem ser aplicados: um tipo de luz que esquenta as moléculas e mata as células que estão perto delas ou as bombardeiam com ultra-som intenso, procedimento desenvolvido na França, que também esquenta as moléculas de ouro.
Esse método foi descrito no Journal of the American Chemical Society e está sendo estudado e testado. Falta bastante tempo até que esteja funcionando e disponível para ajudar nossa luta contra esse câncer. E não esqueçamos que o câncer da próstata é o câncer mais comum entre homens.
GLÁUCIO SOARES
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Um dos problemas mais sérios dos cânceres é a descoberta tardia, quando o câncer já se espalhou. O exame de PSA, fácil de fazer, relativamente barato, foi um avanço importante, mas ainda é feito tarde e deixa muitos falsos positivos e falsos negativos....
Saúde
Moléculas de ouro contra o câncer da próstata
Quando o câncer da próstata avança mesmo depois da cirurgia, da radiação e do tratamento anti-hormonal sobra pouco o que fazer: usualmente é a quimioterapia, a despeito do aparecimento de novos tratamento como a abiraterona e o Provenge.
A quimioterapia é veneno. Veneno para as células, afetando células cancerosas e as sadias também. Como as cancerosas são mais frágeis, uma percentagem maior delas morre. Além disso, a químio é mais direcionada às células que crescem rapidamente – razão pela qual ela funciona melhor com cânceres mais agressivos do que o da próstata. A químio combate o câncer da próstata, mas não o cura. Garante uns meses a mais de vida na mediana. Há os que não respondem e não melhoram e há os que vivem alguns anos a mais.
O grande problema da químio é o estrago que ela faz nas células sadias. Não é pequeno. Por isso é deixada para a última opção.
Mas há um princípio novo, que mata muitas células cancerosas e atinge poucas células sadias. Esse tratamento usa moléculas de ouro, com um formato de pipoca, para destruir as células cancerosas.
Como?
Essas moléculas são direcionadas para grudar nas células cancerosas. Elas são cobertas por uma cadeia de peptídeos que grudam nas células cancerosas, mas não nas saudáveis. Usam químicos que só as células cancerosas produzem e grudam neles. Sem essas cadeias, elas afetariam as células normais, destruindo-as (como faz a químio comum).
Esses compostos de ouro afetam até cinqüenta por cento das células cancerosas ao redor deles. Essa percentagem deve aumentar.
E aí?
Aí os médicos usam um procedimento chamado de espectroscopia Raman que permite ver onde estão as partículas de ouro. Nesse momento alguns procedimentos podem ser aplicados: um tipo de luz que esquenta as moléculas e mata as células que estão perto delas ou as bombardeiam com ultra-som intenso, procedimento desenvolvido na França, que também esquenta as moléculas de ouro.
Esse método foi descrito no Journal of the American Chemical Society e está sendo estudado e testado. Falta bastante tempo até que esteja funcionando e disponível para ajudar nossa luta contra esse câncer. E não esqueçamos que o câncer da próstata é o câncer mais comum entre homens.
GLÁUCIO SOARES
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Há um medicamento novo, oxaliplatin, que está sendo testado em combinação com a quimioterapia nos, como sempre, camundongos. Os resultados mostram uma remissão “quase” completa do câncer nos pobres camundongos. Esse ingrediente não mata as...
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As nanopartículas são parte de uma área interdisciplinar que promete ajudar os pacientes de câncer da próstata. O que elas fariam? Permitiriam o melhor aproveitamento de medicamentos quimioterápicos. Seriam doses adequadas introduzidas nas células...
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Há uma nova perspective no tratamento de cânceres que, na minha opinião, é promissor. O primeiro passo consiste em injetar nano partículas de ouro nos pacientes. Essas nano partículas são preparadas de maneira a procurar as células cancerosas...
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Richard Junghans afirma que as células T são máquinas de matar. Elas localizam e matam víruses. A dificuldade é fazer com que elas identifiquem as células cancerosas como inimigas e as matem, sem matar as células normais, saudáveis. Elas são...
- Nanopartículas De Ouro, Diagnóstico E Cura De Cânceres
Um dos problemas mais sérios dos cânceres é a descoberta tardia, quando o câncer já se espalhou. O exame de PSA, fácil de fazer, relativamente barato, foi um avanço importante, mas ainda é feito tarde e deixa muitos falsos positivos e falsos negativos....