Refeições fora de casa, cada vez mais comum entre os brasileiros
Saúde

Refeições fora de casa, cada vez mais comum entre os brasileiros


O consumo de refeições fora de casa é uma tendência em diferentes regiões do mundo, mas há indícios de que essa prática possa apresentar riscos à saúde. É reconhecido que os comportamentos e as escolhas alimentares dos indivíduos são complexos e estão condicionados a diversos fatores.

A globalização vem interferindo em diversos segmentos da economia, dentre eles os mercados
alimentares, que vêm passando por mudanças significativas. A alimentação vem se transformando ao longo da história. Cada influência, seja por imposição ou pelo compartilhar de experiência, vem contribuindo para formatar o que temos como hábitos alimentares atualmente. Muitas são as influências que direcionam a algumas tendências na alimentação mundial.

TENDÊNCIA EM SE  ALIMENTAR FORA DO LAR



As transformações nos hábitos alimentares vêm ocorrendo ao longo da história. A alimentação, que antes era considerada apenas como fator de sobrevivência, é alvo de pesquisas que reconhecem sua importância como indicador social, cultural e ainda uma opção de lazer. Atualmente, há um aumento da variedade de alimentos, proporcionado pelas tecnologias de congelamento e preservação e possibilidades de transporte rápido que permitem o consumo contínuo dos alimentos no mundo todo, promovendo uma globalização dos hábitos alimentares com a contribuição dos turistas, imigrantes
e refugiados.

Essas transformações vêm provocando um aumento da alimentação fora do lar, que segundo Collaço (2004) dá-se, em grande parte, devido ao ritmo de vida urbano. Essa é uma tendência mundial, com evidências em países diversos, como China, Inglaterra, França, Holanda, EUA e Noruega.

No entanto, ainda existem diversas diferenças com relação aos países no que se refere à alimentação fora do lar. Diferenças culturais têm um papel decisivo nessa diferenciação. Um dos fatores mais importantes é a tradição gastronômica do país ou região, que tende a levar à diferentes níveis de aceitação de novas práticas alimentares

A Alimentação Fora do Lar no Brasil

Em se tratando de Brasil, a cultura alimentar é algo bem peculiar, sendo que nosso hábito alimentar é formado a partir de três povos distintos:
  • os índios, os africanos e os portugueses.
Os índios viviam exclusivamente da caça, pesca e das raízes colhidas, e deixaram como herança os amidos e raízes, alimentos ricos em energia e calorias. A herança alimentar dos africanos se reflete nas comidas misturadas na mesma panela, decorrentes do hábito de assar para cozinhar os ingredientes. Já os portugueses trouxeram a influência do óleo de oliva, base cultural da comida portuguesa que, no Brasil, foi substituído inicialmente pela gordura animal e depois por outros óleos, influenciando comidas com alto teor de óleo e açúcar.

Comer bem dentro e fora de casa

Cuidados básicos na alimentação, como ingerir cinco porções diárias de frutas e verduras, reduz em 20% o risco de desenvolver câncer. Junto com exercícios físicos, o risco é reduzido em até 40%. (American Institute for Cancer Research)


Saúde de bandeja


O que comer fora de casa?

Trabalhar fora, na maioria das vezes, significa almoçar nos restaurantes a quilo ou no“bandejão” da empresa.

Há quem coma lasanha, batata frita, bife e pudim de leite: é muita gordura junta no mesmo prato, um
risco para seu coração. Já quem pensa em afinar a cintura de frango grelhado e salada: outro erro, pois a refeição fica incompleta e o frango pode ter mais gordura do que se pensa.

Se fizer opções erradas constantemente pode trazer doenças a curto e longo tempo



O que comer e quanto

Para acertar na hora de fazer o prato, você deve incluir itens de todos os grupos alimentares, isto é, um pouco de tudo macro e micro nutrientes.

Os carboidratos
Grãos, pães e cereais integrais são alimentos
energéticos, assim como batata, massas, farinhas, pão.
São amidos e açúcares que fornecem o combustível para
o organismo funcionar e executar todas as suas funções.
Chamados de carboidratos, eles entram em maior quantidade
no dia a dia, pois também são encontrados em legumes,
verduras e frutas.

Legumes, verduras e frutas
Possuem fibras, que são nutrientes reguladores da digestão,
além de vitaminas e minerais indispensáveis.

Gorduras
Também dão energia, mas do tipo “extra”, aquela que o
organismo guarda para usar quando precisa. Por isso, são
indispensáveis na alimentação.
O segredo é privilegiar as gorduras
saudáveis. Óleos vegetais como de canola,
girassol e de oliva são gorduras boas, as
mesmas que se encontram em nozes,
sementes e castanhas.

Proteínas
Proteínas são nutrientes construtores, isto é, agem na
construção dos músculos. Carnes magras, peixes e queijos
desnatados são proteínas de boa qualidade e devem constar
do cardápio. Sem esquecer do
arroz com feijão de cada dia, pois,
juntos, o cereal e a leguminosa
produzem proteína vegetal de alto
valor biológico.
Observe, na pirâmide, as quantidades
proporcionais de cada alimento:

De olho nas quantidades

Comer de forma errada ajuda a engordar. Grandes quantidades de açúcar, carboidratos refinados e gorduras processadas são responsáveis pelo desequilíbrio dos níveis de açúcar no sangue e pela obesidade – fatores de risco para diversas doenças (hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol elevado...).


O que seu organismo precisa


Nutrientes são os “ingredientes” que o corpo precisa para funcionar bem. A melhor maneira de conservar a saúde ou emagrecer (para quem precisa), é comer de tudo um pouco, de forma equilibrada.
  • Cereais, pães, arroz e massas: 6 a 11 porções
  • Gorduras, óleos e açúcares: use de forma reduzida dê preferência para gorduras boas (oleaginosas, abacate, azeite, canola, girassol..)
  • Vegetais: 3 a 5 porções
  • Frutas: 2 a 4 porções
  • Carnes, peixes, aves, ovos, feijões e nozes: 2 a 3 porções
  • Leite, iogurte e queijos: 2 a 3 porções
Comer Bem

Arroz, feijão, bife e salada de verduras e legumes temperada com gotas de azeite de oliva, seguido de uma fruta, é um exemplo de prato que supre o organismo de todos os nutrientes, não engorda nem ameaça a saúde, desde que não se exagere nas quantidades. O arroz torna-se saudável quando consumido com o feijão. A carne vermelha também não deve ser tirada devido ao efeito benéfico do ferro, essencial para prevenir anemia e desnutrição.

Os 6 segredos do prato saudável



1- Deixe o prato colorido
Folhas verdes, repolho roxo, pimentões amarelos, tomates vermelhos, gomos de laranja, lentilhas, queijos brancos light – e muito mais: quanto maior a combinação de cores, maiores as vantagens para sua saúde.

2- Prefira os integrais
Dê mais espaço aos alimentos naturais e integrais, em substituição aos industrializados, não importa o quanto eles sejam enriquecidos ou fortificados com nutrientes.Promovem saciedade por mais tempo e são ricos em fibras e nutrientes que o refinado não tem.

3- Privilegie as boas gorduras
Use as gorduras monoinsaturadas, como o azeite e o óleo de canola, girassol, linhaça, as com ômega- 3, das castanhas, nozes e peixes, e com ômega 6, do óleo de girassol.

4- Ponha os orgânicos na mesa
São verduras, legumes, frutas, ovos e aves, sem agrotóxicos ou hormônios.

5- Conheça o valor dos alimentos

Saiba os nutrientes principais dos alimentos que entram no seu cardápio e se informe sobre porções e
quantidades saudáveis.

6- Combine alimentos de forma harmônica

Em termos de sabor, cor  e diversifique na consistência.
Assim você preserva a composição nutritiva.

Recomendações para se alimentar melhor

  • Beba muita água durante o dia. Essencial para quase todos os processos do organismo, a água é nutriente indispensável e o único realmente livre de calorias. Beba 9 copos de água por dia ou 2,0 litros.
  • Mastigue mais, mexa-se mais.
  • Passeie pelo buffet e veja, antes, tudo o que ele oferece. Não caia na primeira tentação de colocar um pouquinho de cada coisa no prato.
  • Escolha sempre um alimento de cada grupo (pirâmide alimentar). Uma porção de salada, legumes, frutas, leite, cereais (massas, arroz, batata, pão, mandioca) e proteína (carne vermelha, frango e peixe). Nunca misture alimentos fonte do mesmo nutriente. Por exemplo: dois carboidratos (massa e arroz), duas proteínas (frango e carne vermelha).
  • Troque a batata frita por cozida, assada ou sauté.
  • Diminua a porção de carne, aumente a de feijão com arroz e coma mais vegetais variados e coloridos.
  • Inclua frutas na sobremesa evite os doces à base de leite dificulta absorção de ferro.
  • Coma menos calorias. Quando comemos mais calorias do que precisamos, engordamos. Estar acima do peso pode causar várias doenças e dores articulares.
  • Troque o refrigerante por suco natural ou água 200ml no máximo com a comida
  • Evite trocar refeições por lanches ou salgados a prática desse hábito faz aumentar as taxas de colesterol, triglicérides e obesidade.
  • Se estiver acima do peso comece a refeição pela salada que dará mais saciedade por conta das fibras.
A prática de levar marmita é um hábito bastante saudável, pois você pode fazer escolhas corretas e evitar o excesso.




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