RINS
Saúde

RINS


Correspondem ao âmbito da parceira.
Capacidade de amar e de se relacionar



São dois órgãos com o formato de feijões, situados um pouco acima da linha da cintura, na parede posterior do abdome, um em cada lado da coluna vertebral.
As atividades renais são indispensáveis ao organismo; elas ocorrem em grande intensidade. A cada minuto, aproximadamente 1/3 do sangue saído do coração flui através dos rins. As substancias residuais extraídas da corrente sanguínea produzem a urina.

Os rins contribuem para a estabilidade do organismo, filtrando o sangue das substâncias químicas de que o corpo não necessita. Exercem controle sobre o volume hídrico do corpo. Promovem a ionização sanguínea e o equilíbrio do ácido/base que mantém o valor do pH do sangue, possibilitando as reações bioquímicas do corpo, que favorecem a produção de energias corporais.

Eles são os principais órgãos que compõem o Sistema Urinário. Metafisicamente, os rins representam o referencial físico da habilidade de se relacionar e vivenciar as experiências afetivas através dos relacionamentos interpessoais, que englobam principalmente o parceiro e os familiares.
O amor estabelece os laços que unem as pessoas, possibilitando a elas se manterem juntas desfrutando de uma vida em comum. O relacionamento estabelece a percepção consciente do sentimento de amor.

O maior referencial do amor no corpo físico não são exatamente os rins, mas sim a glândula do timo, que está localizada no centro do peito. O timo corresponde a uma espécie de "berço da alma". Na região central do tórax é onde brotam os conteúdos mais profundos do nosso ser, em especial o amor. Quando fazemos alguma referência a nós mesmos, costumamos apontar dedo indicador para a área do timo; esse gesto demonstra que esta região do corpo representa uma espécie de foco referencial de si mesmo.

A relação metafísica dos rins com o amor prende-se ao fato de que esse sentimento é responsável por estabelecer os laços afetivos, unindo as pessoas para que elas compartilhem de uma vida em comum. A maneira como as pessoas se relacionam no âmbito da parceria rege as funções renais.
À medida que amamos, estabelecemos um contato com nossos próprios sentimentos. Somos a fonte do amor que sentimos por alguém.

O universo consciente abrange apenas uma pequena parte do nosso ser. Na escalada da consciência rumo à maior percepção de si mesmo, a alma vai desvendando seus potenciais através do mundo externo. Trata-se de um processo por meio do qual a lucidez é a somatória das descobertas adquiridas através das experiências da vida.

Amar possibilita a ampliação dos limites da consciência e a expansão dos horizontes de percepção do nosso próprio ser, aumentando a lucidez. Para que isso ocorra de maneira progressiva é necessário não resistir aos sentimentos; abrir-se para a vida e para as pessoas amadas, sem perder a integridade. Resistir ao amor torna a pessoa limitada, extremamente racional, e compromete o progresso interior.

O sentimento é um significativo conteúdo que também integra o ser com o mundo físico. Quem ama vive melhor. Tudo na vida passa a ter um significado especial.
A presença da pessoa amada intensifica as sensações agradáveis que o amor promove em quem ama; por isso, os amantes procuram estabelecer a convivência para desfrutar dos sentimentos e viver um grande amor.

A maneira como a pessoa se relaciona é determinante para sua felicidade afetiva; conseqüentemente, promove um bom funcionamento dos rins.
O relacionamento consiste em a pessoa sair do seu próprio mundo em busca do universo alheio. Essa trajetória em busca do outro, que é movida por aquilo que sente, faz com que a pessoa descubra a si mesma. Por isso, aquele que se abandona perante seus parceiros ou entes queridos perdem a conexão com sua própria essência, comprometendo o processo de integração consigo mesmo.

Existem ainda algumas particularidades metafísicas acerca do rim direito e do rim esquerdo. Apesar dos dois rins desempenharem as mesmas funções biológicas, existem fatores metafísicos específicos relacionados a cada um deles. Quando uma doença afetar mais um do que o outro, isso revela o foco dos conflitos afetivos que a pessoa apresenta no relacionamento.


RIM DIREITO

Metafisicamente, corresponde à expressão da pessoa na relação afetiva, sua conduta perante o parceiro, bem como a capacidade desse colocar perante aqueles que convivem ao seu lado, agindo de maneira coerente, sendo conciliador e preservando a ternura em seus atos. Saber dosar seus impulsos e administrar suas vontade para preservar a harmonia no relacionamento é uma condição que, além de promover a aproximação com as pessoas queridas e fortalecer laços afetivos, também é saudável para esse rim.

Quando o rim direito for mais afetado por alguma doença, isso representa que o foco do conflito da pessoa está na forma dela agir com seus entes queridos. Falta de respeito à individualidade alheia, falta de consideração e respeito para com aqueles que convivem do seu lado. Geralmente, são pessoas difíceis de se conviver. Costumam ser implicantes, arrumam confusão por nada, criticam praticamente tudo o que os outros fazem.

Algumas pessoas que têm esse rim afetado apresentam um comportamento oposto ao que foi apresentado no parágrafo anterior; elas reprimem sua expressão. Isso acontece por terem se machucado muito por suas atuações desastrosas, como as que foram um citadas acima, que abalaram sua convivência com alguém querido.
O rim direito afetado é indício de uma pessoa frustrada nas relações afetivas. Mediante isso, muitas pessoas projetam-nos outros suas insatisfações, tornando-se impertinentes para com aqueles que as cercam, enquanto algumas reprimem-se, ficando caladas e amarguradas.


RIM ESQUERDO

Metafisicamente, refere-se à relação consigo mesmo. Manter a auto-consideração, uma boa auto-estima, o respeito e o amor próprio são atributos indispensáveis para a edificação de personalidade saudável, contribuindo também para a saúde do órgão.
Outra condição metafísica relacionada ao rim esquerdo é a maneira como a pessoa acolhe aquilo que provém das pessoas queridas. A habilidade para ficar somente com o melhor da relação, desvencilhando-se dos desagrados provocados por aquilo que o outro fala ou faz. Essa atitude também favorece a capacidade de filtragem do rim esquerdo.

Já os problemas que afetam esse órgão metafisicamente estão relacionados com os conflitos internos provocados pelo sentimento de inadequação e pela auto-reprovação. Punir-se pela sua conduta no relacionamento, reprovando seu desempenho, e culpar-se por tudo aquilo que sai errado na convivência é altamente nocivo ao bem-estar, podendo também comprometer as funções desse órgão. Ou ainda, um estado de inquietação por não conseguir desvencilhar-se das críticas provenientes das pessoas amadas; ficar remoendo os desagrados provocados pelos outros. Esses fatores também figuram entre as causas metafísicas das doenças que afetam o rim esquerdo.


PROBLEMAS RENAIS
Dificuldades de relacionamentos

Por trás de qualquer problema renal existe uma pessoa com grande dificuldade para estabelecer vínculos afetivos.
Não se despojar dos conteúdos nocivos da convivência prejudica o relacionamento atual, gerando seqüelas que serão projetadas também nas futuras relações.

O processo somático pode ocorrer quando a pessoa está atravessando uma fase ruim de sua vida afetiva. É quando os conflitos internos oriundos do relacionamento ganham uma proporção muito grande no seu ser.
Em alguns casos, as circunstâncias presentes não justificam tamanho abalo emocional, pois o maior problema está na sua mente. A pessoa vê fora àquilo que existe dentro dela mesma, desenvolvendo a mania de perseguição ou o medo de sofrer no amor.

O principal foco desencadeador dos conflitos e perturbações amorosas é a maneira como as pessoas se relacionam. A dependência do outro e a necessidade de apoio figuram entre as principais causas dos problemas afetivos.

Algumas pessoas demonstram o oposto; adotam uma postura de indiferença ou descaso aos desagrados dos outros, alguns até se mostram inabaláveis ou auto-suficientes, mas na verdade encontram-se intimamente frustrados nas expectativas de um relacionamento afetivo.

Aquele que é apegado torna-se dependente da aprovação parceiro para se sentir bem. Além disso, passa a viver em torno da relação, molda-se de acordo com os padrões e critérios que agradem ao outro, sufocando as características que lhe são próprias. Portanto, quaisquer fatos desagradáveis da vida afetiva causam-lhe profundo abalo emocional.

Para evitar que sua vida se resuma a uma relação afetiva ou que você se defina de acordo com as opiniões alheias, delegando aos outros o poder de fazê-lo feliz ou promover sua auto-estima, é necessário o desapego.

Desapegar-se é libertar-se do outro e dar a si mesmo consideração e respeito. Preservar seus valores internos e reconhecer os potenciais latentes no ser. Isso fará com que a pessoa tenha melhores condições para lidar com as divergências do relacionamento e não se abale tanto com as confusões do lar.

Por fim, se a união não se consolidar, seja através de uma separação ou morte de um ente querido, a pessoa terá a consistência necessária para sobreviver a um abalo dessa natureza. Caso contrário, o fim de uma relação representará uma catástrofe que poderá arrastá-la para a depressão ou até mesmo às drogas.

A fundamentação em si mesmo é extremamente importante para que a pessoa não compense suas lacunas interiores, apresente somatização desse quadro emocional, afetando as funções renais, ou ainda, se torne dependente dos outros, nem tampouco recorra a subterfúgios como a droga e outros males sociais, entre eles a arrogância e prepotência.

Um outro fator que causa conflitos no relacionamento é a tentativa de impor regras na convivência, ser muito criterioso com aqueles que convivem do seu lado. Pessoas assim não têm habilidade para acatar as necessidades do outro e preservar a harmonia entre o casal; falta-lhes flexibilidade para conceber a individualidade alheia. São exigentes e querem impor condições para o amor.

Essa postura gera uma série de conflitos no relacionamento, dificultando o fluxo do sentimento. E preciso aprimorar a maneira de se relacionar para sanar os conflitos afetivos.
Quando o sentimento não flui com naturalidade, sendo bloqueado pelo apego ou reprimido pelas cobranças, etc., o amor pode converter-se em ódio. Pode-se dizer que quando uma pessoa odeia é porque já existiu muito amor vertendo nela.

O ódio provoca a revolta, mobilizando as forças agressivas para a violência. Dominada pelo ódio, a pessoa se transforma. A vida passa a ser recheada de sucessivas desforras contra inimigos reais ou imaginários. Qualquer situação confusa é um indicador de problemas, que põe a pessoa em alerta. Ela vive em constante atrito com os outros ou com seus próprios pensamentos, contrários a seus anseios.

Quem odeia torna-se áspero e rancoroso. Menospreza aqueles que estão a sua volta, deixando transparecer seu orgulho, a inveja e até mesmo a crueldade.
O instinto de crueldade surge naquele que cultiva o ódio "em seu coração". Sob o domínio dos impulsos hostis, a pessoa não observa que seus atos não atingem somente os outros, como também prejudicam a ela mesma. O maior prejudicado pelo mal é quem o pratica. Aparentemente seus golpes são dirigidos aos outros, mas com o tempo a pessoa compreenderá que o fato de ter estagiado na maldade deteriorou a sua integridade e impediu seu progresso interior.

Quem é alvo da maldade, por sua vez, sofre algum tipo de transtorno, mas consegue superar. O mal do outro só irá gerar grandes prejuízos na sua vida se ele também acionar seus impulsos maldosos. Uma maneira discreta das pessoas entrarem nessa esfera é a vingança. Quem se vinga, também torna-se maldoso, conseqüentemente, prejudica-se.
Os gestos maldosos abalam a felicidade própria e do outro, Criticar, xingar, caluniar, acusar, mentir, amedrontar, punir ou bater deterioram os laços afetivos, podendo até provocar desvios de personalidade e rebeldia. Há momentos na convivência que exigem firmeza e determinação, porém não é necessário tornar-se rude, nem tampouco perder a ternura e a docilidade.
O orgulho é uma condição muito freqüente nas pessoas a afetadas pelos problemas renais.

Essencialmente, o orgulho representa uma ruptura que impede a integração harmoniosa com as pessoas que compartilham de sua vida. Existem duas maneiras de manifestar o orgulho: a mais conhecida é a da pessoa que assume uma falsa superioridade, menosprezando os outros para se promover diante daqueles que compartilham de uma mesma situação.

Essa face do orgulho promove a competição. O orgulhoso vive competindo para se sobressair perante os demais. Essa atitude, além de prejudicar a harmonia do ambiente, enfraquece aqueles que o rodeiam. A vitória obtida por meio do prejuízo causado aos outros não é algo sadio, nem tampouco edifica alguém. A falsa consistência obtida pelo aparente vitorioso não perdura, necessitando de novos momentos de destaque perante os outros para sustentar a falsa imagem de forte e poderoso.

Outra forma de orgulho é a das pessoas que rompem consigo mesmas para atender à solicitação dos outros. A ruptura do elo consigo mesmas representa não preservar seus valores internos, não praticar suas vontades e sua força expressiva. Essa conduta faz com que a pessoa tenha uma baixa auto-estima, passa a viver em função daqueles que estão a sua volta.
Essa postura muitas vezes é interpretada como humildade, na verdade a pessoa não preserva sua integridade, deteriorando sua personalidade, moldando-se de acordo com o meio que vive.
O orgulho é sempre prejudicial, pois impede o fortalecimento do todo e enfraquece o indivíduo.
Existe um fator orgânico dos rins que corresponde a uma realidade na vida afetiva.
Quando um rim precisa ser removido pela prática cirúrgica, o outro se expande para suprir sua ausência. Basta 1/3 (um terço) da quantidade total de unidades funcionais de um rim (os néfrons) para manter a sobrevivência humana. Uma pessoa consegue sobreviver bem somente com um rim.
Analogamente a isso, se em algum momento da nossa vida nos encontrarmos sozinhos, sem alguém para amar e nos relacionarmos, isso não representa que está tudo acabado. A falta de alguém para compartilhar do dia-a-dia exige que nos empenhemos um pouco mais; no entanto, conseguimos suprir as necessidades existenciais. Além disso, um período sozinhos poderá ser muito produtivo na reformulação interior e aprimoramento dos critérios adotados para os relacionamentos afetivos.


CÁLCULOS RENAIS
Apego às complicações afetivas.
Cultivar mágoas e criticar excessivamente os entes queridos.


Os cálculos são compostos principalmente de minerais, que geralmente se alojam no interior dos rins. Os menores, porém, deslocam-se para o ureter (tubo que conduz a urina do rim à bexiga). Eles podem se desenvolver também no interior da bexiga, onde chegam a atingir tamanhos consideráveis.
A presença de cálculos provoca irritações nas paredes do órgão onde estão alojados, predispondo-o às infecções. E comum a presença de sangue na urina. Quando eles se deslocam, dão origem às cólicas renais.

No âmbito metafísico, a pessoa afetada pela formação de cálculo nos rins ou bexiga é alguém com dificuldades para se relacionar. Ela não se desprendeu dos problemas vivenciados nos antigos relacionamentos ou dos que fizeram parte do passado da família; projeta isso naqueles que estão a sua volta, temendo passar por tudo novamente.
Por ter se magoado muito em sua vida afetiva, carrega consigo uma espécie de fantasma do medo de complicações.Para afugentar essa possibilidade, a pessoa fica alerta a tudo o que passa ao redor, criticando a maioria das ações dos outros. O que leva alguém a agir assim é o fato de temer os mesmos transtornos de outrora.

Obviamente a pessoa não tem consciência disso, critica com base nas situações presentes, apegando-se a qualquer gesto do outro. Por mínimo que seja o deslize, já é motivo para duras criticas. Nem sempre fala aquilo que pensa; mesmo permanecendo calada, fica indignada com a conduta dos entes queridos, caso uma pessoa afetada por cálculo renal não tenha o hábito de criticar com freqüência, é porque ela está contendo a reprovação daquilo que seus entes queridos fazem.

Essa postura compromete a integração harmoniosa entre as pessoas que compartilham de uma vida em comum. Quem critica enfraquece a capacidade realizadora do outro, dificulta o desenvolvimento pessoal daqueles que o cercam, impedindo a colaboração, que promoveria o fortalecimento do grupo familiar.

Em vez de delegar responsabilidades e dividir as funções, permitindo que cada um participe, a sua maneira, das atividades pertinentes à casa onde moram, o crítico se mete em tudo, dá palpites , implica com o jeito do outro realizar as tarefas. Tem mania de corrigir as pessoas que estão do seu lado. Quando não consegue que os outros sigam o seu modelo, lança duras críticas.

Essa postura promove a intriga, acarreta um excesso de preocupação, ocasionando um desgaste muito grande da pessoa. Mesmo assim, ela não se rende às evidências do mal-estar provocado pela sua maneira complicada de ser; continua criticando aqueles que estão do seu lado.

A crítica é fruto de um pré-julgamento, lançada em forma condenação. Condenar não resolve situação alguma, apenas inunda você das soluções, tumultuando o ambiente.
Criticar é atribuir ao outro um desconforto que existe somente em você. Ser implicante com as pessoas que o cercam representa uma projeção dos próprios conflitos afetivos. Ë uma espécie de precaução, para evitar ser surpreendido por atitudes dos entes queridos que promovam decepções com as pessoas que ama.

De certa forma, o crítico está punindo aqueles que estão a sua volta. Ele age assim para disfarçar sua revolta por ter sido muito machucado por alguém querido no passado. Ele projeta sua revolta naqueles que atualmente compartilham de sua vida afetiva.
A solução dessa condição interna não está na melhora do desempenho alheio, mas sim no seu desprendimento dos sofrimentos causados pelos antigos relacionamentos.

Afinal, cada um tem seu jeito de ser; quando você resolver suas chagas afetivas e estiver bem interiormente, vai parar de implicar tanto com as pessoas queridas. Terá o bom humor necessário para filtrar as situações do seu meio, interpretando-as de maneira positiva, valorizando as iniciativas do outro, contemplando o espírito de colaboração, sem se apegar aos detalhes e fazer tanto dramalhão.
Essa reformulação interior é indispensável para que você se torne uma pessoa de fácil convivência, fortalecendo os laços afetivos, promovendo a harmonia nos relacionamentos. Além desse benefício na vida afetiva, a renovação da sua postura resulta também em benefícios físicos, como a eliminação de cálculos renais.
Para resolver suas mágoas é necessário compreender como elas surgiram em você.
A mágoa é fruto das expectativas frustradas. Ela se manifesta quando aquilo que você almeja no relacionamento não alcançado.

A pessoa magoada não aceita o fato de que os outros não têm obrigação de corresponder aos seus desejos. Ela não sabe respeitar a individualidade alheia, focaliza somente seus anseios, restringindo a ótica sobre a situação.
Por mais que doa, é necessário admitir o fato que os outros não giram em torno de você, que cada um tem seus próprios sentimentos e nem sempre os caminhos deles são paralelos aos seus. Portanto, é preciso aceitar as divergências e até mesmo as rupturas nos relacionamentos.

Caso a situação tenha sido traumatizante e você tenha se magoado com tudo o que aconteceu, convido-o a refletir melhor acerca do fato de você ter resistido a um desfecho inevitável, adiando os transtornos da situação. Grande parte dos ferimentos causados pelas atitudes dos outros são atribuídos também a sua conduta. É preciso admitir que você não foi tão vítima quanto imagina. O outro pode ter deixado muito a desejar ou até mesmo ter "aprontado" com você, mas não se pode atribuir exclusivamente a ele todos os seus infortúnios.

Consciente disso, não adianta sentir-se culpado; é necessário posicionar-se no presente, com firmeza e responsabilidade; refazer-se interiormente para garantir um futuro promissor para sua vida afetiva.
Perdoar é desprender-se das mágoas, eliminar as críticas e parar de punir o outro ou a si mesmo. O perdão liberta a pessoa dos emaranhados que corroem seus valores internos e consomem sua integridade, promovendo a reformulação e edificação do ser.

A incidência de cálculos renais é mais freqüente nos homens que nas mulheres. Metafisicamente, os homens têm mais dificuldade de se libertar das marcas de um relacionamento desastroso estendendo por mais tempo a dor causada por um problema afetivo. Prova disso é que a famosa "fossa" geralmente é mais profunda e duradoura nos homens. São eles quem mais se entregam a vida boemia ou ao uso abusivo das bebidas alcoólicas.

Essa falta de habilidade do homem em se despojar dos ferimentos afetivos é evidente também nas relações com seus filhos têm mais dificuldade para perdoar o filho que o decepciona profundamente. Já as mães conseguem se desprender com facilidade. Por mais graves que sejam as faltas cometidas pelo filho, a mãe, mesmo não acobertando suas falhas na sociedade, permanece ao lado do filho, nem que seja na reclusão de um presídio. Já o pai desconsidera-o, sufocando tudo o que sente por ele.

O homem não só tem mais dificuldade de expressar seus sentimentos como também de libertar-se dos problemas de relacionamento, projetando naqueles que estão a sua volta suas decepções e frustrações afetivas.
Para sair desse emaranhado que provoca a confusão e desordem no lar é necessário cultivar os bons sentimentos pelas pessoas que estão do seu lado; parar de se incomodar tanto com as picuinhas da convivência.

Considere o fato de que, se ainda existe uma relação, é porque há sentimentos promovendo essa união. Talvez você esteja tão imerso nas complicações que não consegue perceber o amor que existe entre o casal.
O que mais importa é o sentimento existente entre as pessoas que convivem. As divergências são administráveis, o que não se pode é sufocar aquilo que um sente pelo outro. O que os entes queridos fazem de sua vida, ou deixam de fazer para seu próprio benefício, cabe unicamente a eles, é parte do seu processo individual de experiência de vida. Dê mais atenção ao prazer que ainda existe nas relações afetivas; caso não houvesse algo positivo na união, o rompimento já teria ocorrido. Curta o que há de melhor na relação, só assim você se sentirá realizado e feliz.


Metafísica da Saúde Vol. 2







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