Tratando subtipos de cânceres
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Tratando subtipos de cânceres



Não há tratamentos eficientes para cânceres agressivos quando chegam a etapas avançadas. São quase todos paliativos e aumentam um pouco a sobrevivência.

Isso pode mudar. Há uma proteína na superfície da célula desses cânceres que os torna vulneráveis a um tratamento agressivo. A proteína tem o estranho nome de SPINK1. Drogas orientadas para essa proteína encolheram os cânceres de camundongos em 74%.

Uma dessas drogas se chama cetuximab e já é usada contra o câncer do cólon e do pescoço. Como já é usada e conhecida, os clinical trials devem ser mais breves, demorar menos.

Mas serão poucos os beneficiados – apenas dez por cento das células cancerosas da próstata contem o SPINK1 na sua superfície. Não obstante, entre eles estão muitos dos que enfrentam cânceres mais agressivos. O SPINK1 estimula a divisão e a metástase das células. Ou seja, o medicamento deve salvar vidas.

O pesquisador, Tomlins, enfatizou que não é mais possível tratar os cânceres da próstata como se fossem a mesma doença. Há tipos e sub-tipos e o que serve para combater um, não serve para combater outro. É uma mudança paradigmática, disse.

Primeiro trataram os camundongos com um anticorpo que gruda no SPINK1. O resultado: os tumores encolheram 60%.

Em seguida, atacaram as células com EFGR na superfície – EFGR interage com a SPINK1 – com cetuximab e encolheram os tumores em quarenta por cento.

Juntando os dois tratamentos conseguiram encolher os tumores em 74%.

Já houve testes com cetuximab, mas menos de dez por cento responderam ao tratamento, que foi abandonado. Hoje estão reanalisando os dados para ver se encontram o SPINK1.

Temos que agrupar os pacientes de câncer da próstata como é feito com as pacientes de câncer da mama. A herceptina só funciona com as mulheres que expressam um receptor chamado de HER2. O agrupar permite um tratamento diferenciado, mais adequado ao tipo de câncer que se quer tratar.

Não sabemos muito além disso. Para saber qual a duração do tratamento, dose, efeitos colaterais, tipo de pacientes que se beneficiarão etc. serão necessárias pesquisas de Fase II e III.

Mas já está melhor do que ontem....


 

GLÁUCIO SOARES



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