A morte de Bin Laden reacendeu o debate sobre a eficácia dos métodos de interrogação -- ou tortura -- que levaram à execução do chefe da Al-Qaeda.
A prisão especial de Guantánamo fica fora do território americano e das leis que protegem direitos de prisioneiros. Virou símbolo da violação dos princípios que os Estados Unidos dizem defender.
Mas os métodos de interrogação -- ou tortura -- ali empregados, e proibidos nos Estados Unidos, levaram à derrota de Osama bin Laden?
É a opinião manifestada por John Yoo, o funcionário do departamento de justiça na era George W. Bush, que redigiu os memorandos secretos justificando métodos brutais de interrogação. "O sucesso de Obama se deve às medidas duras adotadas no governo Bush", escreveu Yoo.
O chefe da Cia, nomeado por Obama, confirmou hoje, ao depor no senado, que interrogatórios em Guantánamo deram as pistas para encontrar Bin Laden.
Especialistas ouvidos pelo "New York Times", incluindo ex-interrogadores da Cia, discordam: informação extraída na pancada tem pouco valor.
Desde 2002, com a primeira leva de prisioneiros, a Cia tentava estabelecer o óbvio: quem fazia a ligação entre Bin Laden e os terroristas em operação, capturados principalmente no Afeganistão, Paquistão e Iêmen, além de Jordânia, Egito e Arábia Saudita.
Um interrogatório em prisão secreta, na Europa Oriental, teria trazido a primeira descrição do mensageiro de confiança que acabou, sem saber, levando a Cia ao chefe da Al-Qaeda.
Mas os dois principais troféus vivos em Guantánamo, sheik Khaled Mohammed e seu sucessor como chefe de operações da Al-Qaeda, Abu Faraj Libi, nada disseram -- embora o sheik tivesse passado por 183 sessões de afogamento.
Foram as negativas e o comportamento dos prisioneiros, e não o que eles disseram, que convenceram a Cia da existência do mensageiro de confiança. Ou seja, dedução, compilação e análise de informações derrotaram Bin Laden.
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A prisão especial de Guantánamo fica fora do território americano e das leis que protegem direitos de prisioneiros. Virou símbolo da violação dos princípios que os Estados Unidos dizem defender.
Mas os métodos de interrogação -- ou tortura -- ali empregados, e proibidos nos Estados Unidos, levaram à derrota de Osama bin Laden?
É a opinião manifestada por John Yoo, o funcionário do departamento de justiça na era George W. Bush, que redigiu os memorandos secretos justificando métodos brutais de interrogação. "O sucesso de Obama se deve às medidas duras adotadas no governo Bush", escreveu Yoo.
O chefe da Cia, nomeado por Obama, confirmou hoje, ao depor no senado, que interrogatórios em Guantánamo deram as pistas para encontrar Bin Laden.
Especialistas ouvidos pelo "New York Times", incluindo ex-interrogadores da Cia, discordam: informação extraída na pancada tem pouco valor.
Desde 2002, com a primeira leva de prisioneiros, a Cia tentava estabelecer o óbvio: quem fazia a ligação entre Bin Laden e os terroristas em operação, capturados principalmente no Afeganistão, Paquistão e Iêmen, além de Jordânia, Egito e Arábia Saudita.
Um interrogatório em prisão secreta, na Europa Oriental, teria trazido a primeira descrição do mensageiro de confiança que acabou, sem saber, levando a Cia ao chefe da Al-Qaeda.
Mas os dois principais troféus vivos em Guantánamo, sheik Khaled Mohammed e seu sucessor como chefe de operações da Al-Qaeda, Abu Faraj Libi, nada disseram -- embora o sheik tivesse passado por 183 sessões de afogamento.
Foram as negativas e o comportamento dos prisioneiros, e não o que eles disseram, que convenceram a Cia da existência do mensageiro de confiança. Ou seja, dedução, compilação e análise de informações derrotaram Bin Laden.
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