Dados de várias pesquisas demonstraram que os hormônios do crescimento, o chamado IGF1 (insulin-like growth factor 1) e outros hormônios que alteram o risco de câncer da próstata também se relacionam com a altura do homem. O Duke Prostate Center, em pesquisas anteriores, informaram que a altura aumentava o risco de um câncer agressivo tal qual expresso em biópsias.
Porém, ficou a pergunta sobre se a altura do paciente alterava o risco de que o PSA “voltasse”, da chamada recorrência bioquímica.
O mesmo grupo de pesquisadores analisou dados de vários tipos referentes a 1.559 homens que fizeram prostatectomia radical de 2005 a 2009 que estão no database do Duke Prostate Center. Usando as conhecidas regressões Cox, controlaram a idade, a raça, a obesidade, o PSA, o escore Gleason da biópsia, o ano da cirurgia e o estágio clínico do câncer. Controlaram, também, covariatas patológicas, como ter margens positivas, penetração extra capsular, e o Gleason encontrado na análise da próstata após a extração.
Os dados foram completos sobre uma sub-amostra de 1.013 pacientes. A “volta” do PSA dependia do valor do PSA antes da cirurgia, de ter um Gleason alto, de ter margens positivas na cirurgia, e a invasão da vesícula seminal (p ≤ 0,006). Infelizmente para os pacientes altos, a altura aumentava o risco de “volta” do PSA (p=0.032). Cada centímetro de altura aumentava o risco de volta do PSA em 3,4%. Má notícia para os pacientes altos, boa notícia para os baixinhos.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ