A radioatividade não pega você? - Chernobyl - Narração Brasil ( 9 de 9 )
Choupos são árvores que auxiliam na diminuição da radiatividade
A Radioatividade não pega você? O Desastre no Japão - Mesmo Nível 7 de Chernobyl Narração Brasil ( 9 de 9 )
Por Marise Jalowitzki 23.abril.2011 http://t.co/vn3zxMa
Fiz questão de publicar um a um os nove episódios primorosamente gravados pelo Discovery Channel, como uma forma de conseguir chamar mais a atenção para o tema.
Considero de altíssima importância que o maior número de pessoas conheça o que, efetivamente, aconteceu em Chernobyl, no pior desastre nuclear de todos os tempos, em 1986. Agora, Chernobyl ganha uma parceira: Fukushima. 25 anos depois um desastre de iguais proporções se repete e, tal qual como no primeiro, a humanidade, os governos, parecem adormecidos como sempre.
O que está sendo feito para dar conhecimento da extensão da gravidade do desastre no Japão
Assim como antes, pouco ou quase nada está sendo feito para minimizar a situação, para prevenir a população, para tentar remediar os danos.
Por parte das pessoas, não se observam MACRO passeatas, não se observam ruidosos movimentos CONTRA A UTILIZAÇÃO DA ENERGIA NUCLEAR, nem emendas, nem propostas ferrenhamente defendidas por parlamentares e instituições pesadas para que esta energia deixe de ser utilizada.
Por parte das autoridades, laconicamente são emitidas orientações para não adquirir este ou aquele alimento contaminado, mas, mesmo nessas situações, não há a proibição expressa, ninguém destrói as plantações contaminadas, não há registro de subsídios que a população receba para poder se alimentar de jeito diferente, numa tentativa de minimizar os danos à saúde. As recomendações, todos sabemos, no mundo inteiro, recebem a dúvida dos céticos que, na dúvida, continuam adquirindo e consumindo alimentos tóxicos.
Quais os benefícios da energia nuclear
A não ser em utilização médica, qual o benefício que a energia nuclear traz? Na maior parte das usinas DO MUNDO, a utilização como eletricidade é mínima - 1,7% - 2% - como é o caso do Brasil. A França é quem depende em quase 80%, mas a França é uma nação desenvolvida, uma potência que pode, sobejamente, investir em energias limpas, como a eólica e a solar. O mesmo se aplica à Alemanha.
Então, os perigosos geradores estarão servindo para que? Para experimentos e desenvolvimentos bélicos? De destruição? Só pode ser isto, para justificar as reticências quanto ao assunto, as resistências para desenvolver outras fontes, renováveis, sustentáveis e limpas, para abastecer a população e suas necessidades decorrentes do jeito "moderno" de viver.
A radioatividade se espalha pelo vento, água e solo, contaminando a tudo e todos
A OMISSÃO FRANCESA
Em 1986, o governo da França omitiu do mundo e, principalmente, aos seus, que a nuvem tóxica, com radioatividade máxima, provinda de Chernobyl, passou sobre a atmosfera francesa, deixando a população à deriva; ele - o governo - mostrou, mais uma vez, que os interesses mesquinhos estão sempre bem acima da preocupação para com os compatriotas.
E, mesmo tendo decidido manter em segredo tão importante informação, quais as providências que as autoridades tomaram - ainda que o silêncio imperasse - para tentar prevenir o câncer que a radioatividade estava espalhando? Não houve nenhuma iniciativa em cuidar, monitorar a água, o solo e o ar. Se houve estatísticas, foram ocultadas. Não aconteceram ações de suporte, como distribuir o iodo para ser ingerido por todos (iodo previne que o organismo absorva grande parte do iodo radioativo que está no ar contaminado, diminuindom, assim, a chance de contrair câncer, especialmente na tireóide).
O mundo ficou surpreso quando soube dos "inexplicáveis" e recorrentes e crescentes números de câncer, principalmente na tireóide, a que ficaram sujeitos os habitantes franceses, principalmente da Córsega, onde a nuvem radiotiva apresentou-se mais densa.
Como está dito no video pela legisladora russa: "O pior desastre não foi o Césio, o pior desastre não foi o Plutônio, o pior desastre FOI A MENTIRA!!! A MENTIRA DE 1986!"
Estamos agora com igual situação e o mundo parece querer continuar impávido!
Lagasov que, na Conferência em Viena (agosto.1986), falou toda a verdade sobre o desastre nuclear e lutou para que essa verdade fosse divulgada ao mundo, não aguentou o peso do que sabia e, dois anos após, se suicidou.
As energias eólica e solar podem susbtituir a terrível energia nuclear!!!
Atualmente, 8 milhões de pessoas viverm em áreas contaminadas. As crianças continuam alimentando-se de frutas, legumes e verduras contaminadas em regiões da Ucrania, Russia e, principalmente, da Bielo Russia, perpetuando a cadeia de deformidades, anomalias e sofrimentos.
Em uma pesquisa - de 1986 a 2002, só na cidade de Minsk, 1.152 crianças apresentaram câncer, especialmente na tireóide, após o desastre nuclear.
Mikhail Gorbachev, 5 anos após o ocorrido, fundou uma entidade internacional - a Cruz Verde Internacional - que presta socorro, apoio e atendimento médico às vítimas de Chernobyl, que nunca mais assumiram uma vida decente e normal. Muitas delas em estado vegetativo. Gorbachev, que foi o mandatário na ex-URSS quando o acidente nuclear aconteceu, atualmente com 80 anos, continua tentando abrir os olhos das pessoas para o perigo da energia nuclear.
Mikhail Gorbachev fundou, em 1991, a Cruz Verde Internacional, para atender vítimas da radioatividade
Em 2012 estará no 3º Fórum Mundial de Sustentabilidade.
Encerrando o relato ao DC - Discovery Channel, ele pergunta:
"Até quando isso vai continuar? 800 anos? 1000 anos? Até quando vai continuar?"
As respostas estão nas mãos de nossos insensatos governantes. E nas nossas. De alguma forma, expresse sua intenção de vetar o uso desta nefasta energia. Converse, divulgue, comente, persuada. Não adianta dizer que "o problema é deles", "está longe de nós!". Em um mundo globalizado, as fronteiras não existem. E, o pior, no Brasil, nós temos duas usinas em funcionamento, o governo tem intenção de abrir mais 55!!! O Chile fechou acordo com Obama para abrir mais outras. Até agora, só a Alemanha expressou INTENÇÃO expressa de rever a continuidade ou não do uso.
- Fukushima - A Lição Não Aprendida
Se tudo o que aconteceu não foi o suficiente, o que mais precisará acontecer - Fukushima, Japão - incêndio gás natural - Foto Kyodo Reuters Fukushima - A Lição não aprendida Por Marise Jalowitzki 10.março.2012 http://compromissoconsciente.blogspot.com/2012/03/fukushima-licao-nao-aprendida.html...