Foi publicado um relatório especial, o Depression and Anxiety Special Report, que traz informações inquietantes a respeito da prevalência de alcoolismo entre idosos. Um em cada seis idosos tem um problema sério de alcoolismo. Doze por cento das pessoas acima de 50 relataram que, no mes anterior à entrevista, beberam cinco ou mais doses de uma só vez, que é a definição técnica de binge drinking.
Os analistas acreditam que muitos idosos usam o álcool como maneira (errada e contraproducente, diga-se de passagem) para aguentar os sintomas de depressão e de ansiedade, para mitigar a dor ou enfrentar a solidão.
Há muitas consequências negativas como, exemplificando, danos ao fígado, inclusive com parada do órgão, quando se combina álcool com acetaminofena (Tilenol). A combinação com a aspirina pode causar sangramento gastrointestinal.
Há outras interações perigosas: beber e tomar antihistamínicos pode provocar baixas perigosas na pressão, aumentar o desequilíbrio físico (até casos em que o paciente não consegue ficar de pé) e aumenta a confusão mental.
A combinação entre álcool e doses fortes de benzos pode matar. O álcool, por si só, já prejudica a capacidade de dirigir, de trabalhar bem e em segurança, e de lidar com pessoas. Pior, o alcoolismo entre idosos com depressão aumenta o risco de suicídio.
Não é fácil envelhecer. O alcoolismo é um indicador claro de que a pessoa não está envelhecendo bem. Tem que ser parado, seja por iniciativa da própria pessoa, de seus amigos e parentes, ou de órgãos de saúde do estado, nos poucos lugares onde eles funcionam.