Reação aos anestésicos locais
Os principais anestésicos locais pertencem a dois grupos de substâncias:
1. Grupo Amida: é o grupo mais utilizado: lidocaina (xilocaína), bupivacaína, levobupivacaína, prilocaína, ropivacaína.
2. Grupo Éster: tetracaína, benzocaína, procaína (novocaína).
As reações aos anestésicos locais são mais freqüentes e podem ser de 3 tipos:
- Reações vaso-vagais: sudorese, mal estar, taquicardia, desmaios. Resultam de reação nero-vegetativa derivada do medo, ansiedade ou pânico.
- Reações tóxicas: resultam de uma injeção de quantidade excessiva do anestésico ou por introdução acidental nos vasos sanguíneos da região anestesiada. Estas constituem a maioria das reações descritas, não tendo mecanismo alérgico. Podem provocar desde reações discretas como outras de maior gravidade.
- Reações alérgicas: são mais raras (cerca de 1%), mas podem ser intensas e graves.
- Dermatite de Contato Alérgica: são formas mais freqüentes e benignas, resultantes da aplicação na pele dos anestésicos sob forma de cremes, pomadas e soluções. No paciente sensibilizado, um ou dois dias após a aplicação surge uma reação de eczema (vermelhidão, coceira, vesículas).
As reações alérgicas aos anestésicos locais podem ser prevenidas através da avaliação clínica e análise do episódio anterior, seguida da realização de teste cutâneo com o anestésico alternativo. Em geral utiliza-se a lidocaína como teste em função de sua utilização e baixa incidência de reações.