Saúde
Angioedema Hereditário - evento no Rio de Janeiro em 21 maio 2015
A Associação Brasileira de Portadores de Angioedema Hereditário - ABRANGHE convida a todos para o evento que será realizado no Hospital do Fundão no dia 21 de Maio, com importantes orientações aos portadores da doença, familiares, bem como para médicos e profissionais de saúde.
O que é Angioedema Hereditário(AEH)
Angioedema hereditário (AEH) é uma doença genética (leia mais em: Sobre a Doença / História Clínica), descrita pela primeira vez em 1882 não se tratando, portanto, de uma doença nova. Mas, ainda é abordada como doença rara. Atinge homens e mulheres, em qualquer etnia, grau de instrução, profissão ou nível social. Trata-se de uma disfunção, atribuída ao inibidor de uma das proteínas do sangue que atuam no sistema imunológico, combatendo inflamações e infecções. O Inibidor C1 esterase.
Nos portadores de AEH a substância chamada inibidor C1 esterese, trabalha de maneira insuficiente ou inadequada, o que desencadeia as crises em forma de edemas e inchações em diversas partes do corpo.
Sinais e Sintomas
As crises de AEH são imprevisíveis e variam de paciente para paciente e não provocam febre, exceto uma mudança de temperatura local, no caso de serem subcutâneas.Podem ser súbitas e sem sinais de alerta ou desenvolver-se gradualmente durante algumas horas. Geralmente, o edema ligado a uma crise progride lentamente nas primeiras 12 a 36 horas e diminui após dois a cinco dias. Manifestam-se em qualquer idade, sendo mais comum durante a infância ou adolescência e no período gestacional. Há porém, casos de crianças (ainda bebês) que tanto apresentam crises de edemas subctutâneos - com inchaços espontâneos, quanto abdominais - com inesperadas crises de vômitos recorrentes, choro e dor. Em casos mais raros, as crises podem ter início súbito e grave, com presença de dor ou dificuldade para respirar, sem sinais visíveis do edema.
O edema subcutâneo pode iniciar apresentando vermelhidão ou vergões, com aspecto circular ou geográfico, febre local e ardência (como a sensação de uma queimadura de sol) ou, sensação de formigamento e "enrijecimento" do local. Aspecto e sensação muito semelhantes a de se ter sido picado por um inseto. Os inchaços intensos no corpo poderão afetar por inteiro ou parcialmente: mãos, pés, dedos, lábios, pálpebras, face, pescoço, tórax, genitais, além de mucosas. Por terem a mesma aparência do inchaço alérgico, podem facilmente induzir a diagnósticos equivocados. Normalmente "não dói", entretanto a inflamação que provoca poderá resultar em ardência, vermelhidão com aspecto geográfico (chamada de "pré crises" ou pródromos), calor no local e sensação de formigamento. Poderá também, limitar os movimentos quando afetar extremidades, como mãos e/ou pés.
Os inchaços ocasionados por crises evoluirão, muitas vezes, por horas, porém ao final o membro inchado deverá voltar ao seu estado normal, sem deixar sequelas.
Dicas importantes
- Durante o período das crises, haverá incômodo devido ao edema localizado, às vezes dor e mal estar (no caso das crises abdominais). Prescrições médicas para medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas são importantes e o risco a que doença submete os pacientes, consiste nas inflamações que por ventura, atinjam as vias respiratórias.
- Observe e, dentro do possível, evite situações que possam ser desencadeantes das suas crises.
- Conviver com a doença poderá exigir algumas vezes, planejamento extra em determinadas circunstâncias, como por exemplo: no caso de viagens longas. Portanto, o diagnóstico correto, seguir orientação médica e o conhecimento dos sintomas, são questões fundamentais.
- Além do suporte da família e de amigos, o contato com outros pacientes poderá ser muito valioso. Compartilhar sentimentos e experiências pode ser reconfortante.
O telefone da ABRANGHE está aberto para dúvidas e orientações: 55 (11) 2503 2542
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