Brincando e aprendendo
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Brincando e aprendendo



Quem disse que hora de estudar não é hora de brincar? Para a professora Maria Cristina dos Santos Peixoto, do Laboratório de Estudo da Educação e da Linguagem (LEEL) do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF, a brincadeira pode ser uma importante ferramenta na educação infantil. Ela é a coordenadora do projeto “Brinquedoteca do Colégio Estadual João Pessoa: um espaço criativo de construção do conhecimento”, que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

A brinquedoteca será inaugurada nesta segunda-feira, 12/03, às 14h, no Colégio Estadual João Pessoa, situada no Parque São Caetano, em Campos. O acervo inclui jogos pedagógicos nas quatro áreas do conhecimento — matemática, português, ciências e estudos sociais —, construídos pelos alunos do curso de Formação de Professores da própria escola, orientados pelos pesquisadores da UENF que participam do projeto.

— Os alunos já estão utilizando esses jogos nas aulas práticas que devem ministrar, com excelentes resultados — diz Maria Cristina, que iniciou a parceria com a escola João Pessoa em 2007 e, desde então, já realizou diversos projetos tendo como foco a arte na educação.

Além de funcionar como laboratório para os alunos do curso de Formação de Professores, a brinquedoteca poderá ajudar os alunos dos cursos de Licenciatura e Pedagogia da UENF e demais universidades no estudo de novas práticas pedagógicas. A ideia é que o espaço sirva ainda para pesquisas científicas e projetos de extensão voltados, por exemplo, para a formação continuada de professores, oficinas de criação pedagógica, visitação de outras escolas, brinquedoteca itinerante, entre outras iniciativas.

— O processo de aprendizado costuma ser todo cognitivo, o sensível não entra. Mas não se forma só cérebros, existe um corpo inteiro ali. E quanto menor a criança, maior a necessidade de um aprendizado através da atividade lúdica. É uma forma de construção do conhecimento. Infelizmente acham que a escola deve ser um lugar muito sério, desprovido de prazer. A criança é estimulada porque é curiosa e tem muita imaginação. Além disso, a criança de hoje é diferente, recebe muitos estímulos e a escola tem que acompanhar isso — diz Maria Cristina, que é formada em História e tem mestrado e doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Fúlvia D'Alessandri




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