Cerca de 17 milhões de brasileiros são hipertensos
Saúde

Cerca de 17 milhões de brasileiros são hipertensos


Descobri que sou hipertenso quando eu estava com 22 anos, e a partir daquele momento procurei sempre me cuidar. Significa preocupação para a vida toda. Foi um susto quando descobri! Na hora me bateu aquele medo. Significa um risco de vida porque, se ela aumentar muito, dá um infarto, um derrame. Então deve ser tratada, deve ser levada a sério por causa da sequela que traz. Eu tomo meus remédios, mas, mesmo assim, a gente tem que ter muita preocupação.

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal.

Para chamar a atenção da população neste Dia Nacional da Prevenção e Controle da Pressão Arterial, 26 de abril, o Drº Alfredo A. Eyer Rodrigues, cardiologista do Hospital Sepaco, explica que a hipertensão ou pressão alta é caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. Em cerca de 90% dos casos não tem uma causa definida.

No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. E esse número é crescente; seu aparecimento esta? Cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo.

Hipertensão arterial acontece quando a nossa pressão está acima do limite considerado normal, que, na média, é máxima em 120 e mínima em 80 milímetros de mercúrio, ou simplesmente 12 por 8. Valores inferiores a 14 por 9 podem ser considerados normais a critério médico. As pessoas que têm familiares hipertensos, que não têm hábitos alimentares saudáveis, ingerem muito sal, estão acima do peso, exageram no consumo de álcool ou são diabéticas têm mais risco de desenvolver a hipertensão.

Por ser na maior parte do tempo assintomática é conhecida como mal silencioso, seu diagnóstico e tratamento é frequentemente negligenciado, somando-se a isso a baixa adesão, por parte do paciente, ao tratamento prescrito. Estes são os principais fatores que determinam um controle muito baixo da HAS aos níveis considerados normais em todo o mundo, a despeito dos diversos protocolos e recomendações existentes e maiores acesso a medicamentos.

Modificações de estilo de vida são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso, prática de atividade física, tabagismo e uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados, sem o que, mesmo doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis recomendados de pressão arterial. ?Apesar de ser uma doença crônica, sem cura, a hipertensão é controlável e, ao ser controlada, os riscos de infarto e, principalmente, AVC são reduzidos?, avalia o médico.

Evidencias suficiente demonstram que estratégias que visem modificações de estilo de vida são mais eficazes quando aplicadas a um número maior de pessoas geneticamente predispostas e a uma comunidade. A exposição coletiva ao risco e como consequência da estratégia, a redução dessa exposição, tem um efeito multiplicador quando alcançada por medidas populacionais de maior amplitude.

Obviamente, estratégias de saúde pública são necessárias para a abordagem desses fatores relativos a hábitos e estilos de vida que reduzirão o risco de exposição, trazendo benefícios individuais e coletivos.

?A dica é sempre modificar os fatores relacionados às condições de vida, ou seja, manter uma alimentação equilibrada, com redução de sal e gorduras saturadas, controlar o peso, praticar atividades físicas, evitar o fumo e as bebidas alcoólicas.? É recomendável ainda ter um especialista acompanhando a situação para receitar os medicamentos específicos, quando necessários, e investigar precocemente as possíveis complicações.  

Nunca se esqueça: a hipertensão é uma doença multifatorial, depende de idade, gênero, genética, peso, alimentação, hábitos de vida, estresse. Alguns destes fatores serão controlados com medicação, outros não podem ser modificados e outros dependem de um comprometimento do paciente. O mais importante é que médico e paciente tenham um esforço conjunto para combater esse mal.

Lembre-se dos 10 mandamentos para prevenção e controle da pressão alta:
  
1 -  Meça a pressão pelo menos uma vez por ano.
  
2 -  Pratiquem atividades físicas todos os dias.
  
3 -  Mantenha o peso ideal, evite a obesidade.
  
4 -  Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes.
  
5 -  Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba.
  
6 -  Abandone o cigarro.
  
7 -  Nunca pare o tratamento, é para a vida toda.
  
8 -  Sigam as orientações do seu médico ou profissional da saúde.
  
9 -  Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer.
  
10 - Amem e sejam amados.

Sobre o Sistema Sepaco de Saúde
O Sepaco, fundado em 1956, inicialmente para atender o setor papeleiro, transformou-se em um Sistema Integrado de Saúde, agregando hospital, operadoras de saúde e autogestão.

Pioneiro no controle de infecção hospitalar no Brasil, o Hospital Sepaco atualmente também atende operadoras de saúde, assim como clientes particulares.

Focado em alta complexidade e pediatria, o hospital está localizado na Vila Mariana, São Paulo, e possui 228 leitos, sendo 73 de UTI (40 para adultos e 33 Neopediátrica), um corpo clínico com sólida formação profissional em várias especialidades, além de contar com modernos equipamentos para diagnósticos, como tomografia, hemodinâmica e uma área própria para oncologia.

Para realização de pequenas cirurgias, com alta no mesmo dia, a instituição oferece ainda o Hospital Dia Sepaco, na região do Jardim Paulista, São Paulo/SP.
Acesse: www.sepaco.org.br

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília



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