Há muitos, muitos medicamentos em fase experimental que são promissores. Colocados artificialmente em culturas de células cancerosas fazem o que queremos: provocam danos irreversíveis, provocam a apoptose (morte programada) etc. Mas poucos superam o teste de atingir as mesmas células sem danificar outras. E não agem com a mesma eficiência dentro do corpo dos pacientes. Um desses medicamentos é a cisplatina. Dois grupos de pesquisadores, um de Harvard e outro de MIT, enfrentou esse problema e a solução que encontraram foi no nível de nano partículas. Segundo entendo, muitas nano partículas são instáveis e não levam a carga ao destino. Parece que resolveram esse problema. Mas o outro problema é que muitos tratamentos são prejudiciais às células sadias (vide a quimioterapia). Para resolver esse problema, bolaram nano partículas que se grudam numa membrana da célula do câncer de próstata, a que carrega o marcador PSA. É uma nano partícula "inteligente", que se modifica quando penetra a célula cancerosa e o remédio passa ao estado ativo – muda quando entra em contato com ingredientes dentro da célula.
Em culturas, as nano partículas foram absorvidas por células cancerosas, mas não por células sadias. O processo durou sessenta horas, que foi o tempo do "bombardeio" dentro da célula.
A melhor das notícias: com as nano partículas, a cisplatina foi aproximadamente cem vezes mais letal para as células cancerosas do que a cisplatina sozinha.
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