Uma das associações mais relevantes para o paciente de câncer se chama...ASCO,
American Society of Clinical Oncology. Nesse momento ocorre o Simpósio da seção que mais interessa aos pacientes de câncer de próstata, a
2009 Genitourinary Cancers Symposium (ASCO-GU).
Um dos papers apresentados se chama
Degarelix Versus Leuprolide Treatment in Patients With Advanced Prostate Cancer (Pca):
PSA Failures During a Randomized, Phase III Trial (CS21). Compara Degarelix com Leuprolide, um tratamento padrão de cânceres avançados.
O protocolo usado com Degarelix começa com uma dose forte, de 240 mg, seguida de doses mensais de 80 mg. Foi comparado com um protocolo de leuprolide, com doses mensais de 7,5 mg. Um grupo recebeu Degarelix e outro grupo, com 201 pessoas, recebeu leuprolide. O grupo Degarelix se subdividiu em dois, um com 80 mg. mensais, com 207 pacientes, e outro com 160 mg., com 202 pacientes. Claramente, a companhia produtora também quiz calibrar a dose ótima. A pesquisa foi realizada em vários lugares e durou 12 meses. Os pacientes tinham 73 anos e 19 de PSA na média (variando entre 8,7 e 57,5).
O que buscavam os pesquisadores?
Primeiro, saber se realmente baixavam muito a produção de testosterona. Os três grupos passaram nesse teste, com redução de 95% ou mais.
Segundo, queriam saber quanto tempo cada protocolo segurou a barra até que o PSA voltasse a crescer - duas vezes em seguida de 50% ou mais e 5 ng/mL comparado com o valor mais baixo, chamado de
nadir. Essa parte foi apresentada pelo Dr. Mark Gittelman. O fracasso foi na base do cálculo em cima da trajetória observada usando uma técnica chamada de Kaplan-Meier. Ele ocorreu em minoria de cada um dos três grupos: 8,9%, 14,2% e 14,1%. As condições
anteriores ao tratamento pesaram muito e o fracasso foi mais comum entre pacientes com cânceres avançados e com PSA's mais elevados.
Pacientes adiantados, com metástases e PSA's acima de 20, responderam melhor ao Degarelix - no grupo com dose mensal mais baixa, 80 mg. A resposta foi um terço melhor nesse grupo.
A superioridade do Degarelix era, sobretudo, no grupo de pacientes com câncer metastizado e PSA acima de 20.
Mais uma vantagem para o Degarelix. Já sabíamos que atuava rapidamente; agora sabemos que segura a barra durante mais tempo, sobretudo entre pacientes avançados. Não obstante, fica claro que não é "cura", mas uma esticada rapida e eficiente na sobrevivência.Fontes: Klotz L
et al.
BJU Int. 2008;102:1531-1538.