HIPNOSE AJUDA NA CURA DA DOR CRÔNICA?
Saúde

HIPNOSE AJUDA NA CURA DA DOR CRÔNICA?


A dor crônica e persistente possui mecanismos que diferem do processo de dor aguda. Para ilustrar estes mecanismos, sugiro a visualização do seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=beHujBav3WU



Enfatizo algumas conceitos fundamentais:
" É ter um cérebro que continua a produzir dor, mesmo depois que os tecidos do corpo foram restaurados e estão fora de perigo, não é divertido", " É útil olhar para tudo o que afeta o sistema nervoso e pode estar contribuindo para a sua experiência de dor", " O que pode ajudar é olhar para a dor persistente de uma perspectiva ampla e usando uma abordagem estruturada e um plano, é menos provável que algo importante seja esquecido."

Neste contexto, há inúmeras possibilidades terapêuticas dentro de um plano individualizado de reabilitação, que complementam o tratamento. Dentre estas possibilidades, pode-se indicar técnicas de Hipnose.

A Hipnose é uma intervenção não medicamentosa, inclusive com treinamento de auto-hipnose, com inúmeras evidências cientificas que suportam o uso nos pacientes com dor crônica, ansiedade e depressão.


FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/11418_A+MEDICINA+APROVA+A+HIPNOSE



Leia mais:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=hypnosis+and+pain
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=huturas possibilidades ypnosis+and+anxiety
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=ha pela fypnosis+and+depression,
http://www.scielo.br/pdf/pe/v14n2/v14n2a10.pdf
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/10473/8315

O indivíduo com dor persistente guarda em sua memória a experiência da dor que contribui para voltar a senti-la, expandi-la e torná-la facilmente ativada. Segundo Erickson, dor é uma estrutura complexa, composta da dor passada lembrada, da experiência presente da dor e da antecipada dor futura; e que  a dor imediata é antecipada pela dor passada e realçada pelas futuras possibilidades da dor.

A medida que a dor crônica torna-se mais intensa e persistente, ela usualmente torna-se mais desagradável, motivando mais o comportamento de fuga ou evitação e uma mais intensa ativação do sistema autonômico, potencializando a dimensão afetivo-motivacional da dor.

Ou seja, o medo e a ansiedade relacionado a dor crônica  podem aumentar a experiência da dor crônica pois está relacionado com o sistema afetivo-motivacional e a resposta ao estresse.


Resposta ao estresse agudo - Fase de alerta

Deve-se que o processo da dor crônica é experimentado através de um processo subjetivo organizado em termos de configurações, sentidos, emoções e significados que são construídos a partir das ações do sujeito em seus respectivos cenários de inserção social. Sexo, emprego, morte, religião e relacionamentos são temas subjetivados na experiência dolorosa do sujeito, o que remete à necessidade de uma compreensão mais abrangente sobre a dor, sendo esta contextualizada em termos da subjetivação que ocorre no seu dia-a-dia.




Neste contexto, a hipnose pode ser definida como uma forma de transmitir idéias, como instrumento de influência, capaz de auxiliar na reconfiguração da experiência dolorosa, produzindo uma mudança efetiva na vivência da dor e nas próprias percepções corporais da pessoa. O objetivo é atingir um nível máximo de atenção, aproveitando que as condições cerebrais obtidas deixam o paciente com maior abertura para ser sugestionado, com sugestões, que abordam a mudança de pensamentos, emoções, experiência sensoriais e comportamentais, modificando o significando da experiência emocional envolvida na dor crônica.




Comportamento doloroso, crenças, raiva, irritação, medo, não aceitação, não compreensão do quadro, passividade, entre outros fatores podem afetar a experiência dolorosa de cada indivíduo.  Sugestões efetivas podem reduzir o desconforto da experiência da dor, seja através do bloqueio da experiência dolorosa seja através de experiências prazerosas.

Por exemplo, Erickson para prender a atenção de um paciente florista, contou-lhe a história do desenvolvimento de um pé de tomate, sendo que em determinados trechos da história, modificava o tom de sua voz ao falar de conforto, da tranquilidade e da naturalidade do desenvolvimento da planta. O paciente, associando seu corpo ao pé de tomate, aprendeu a desenvolver um transe em que, quando as dores começassem a se intensificar, era desencadeado um processo dissociativo que as reduzia, colocando-as sob relativo controle.

Ressalta-se que o tratamento complementar com hipnose  sempre deve ser individualizado, uma vez que como a experiência dolorosa depende do momento e das particularidades das pessoas envolvidas. O paciente deve perceber que a sua dor não é uma entidade independente e inatingível, mas que pode ser influenciada de algum modo positivamente.

Um homem aposentado precocemente, devido acidente de trabalho, diz que" sua vida parou" e que não há muito mais a fazer a não ser esperar pela morte. As conseqüências do acidente o isolaram de suas principais redes sociais, onde ele possuía atividades vitais de seus projetos de vida, o que coincidiu com uma severa depressão e a sofrida sensação de um tempo que não mais andava e fluía, trazendo- lhe a vivência de uma dor interminável. A dor persistente altera a experiência de tempo da pessoa de variadas formas, podendo ser vivida como interminável ou levando a pessoa a teme-la de tal modo que a antecipa com maior freqüência. Já em certos casos de fibromialgia, é comum que a intensidade da dor seja associada à depressão, o que leva os indivíduos a uma construção pessimista sobre sua história e sobre o seu futuro.

Assim, diante desses casos, o terapeuta pode se utilizar de uma série de fenômenos de tempo como sugestão pós-hipnótica e regressão de idade. Com a distorção do tempo, é possível levar o sujeito a prolongar os momentos de ausência de dor e aumentar a velocidade dos momentos nos quais esta se faz presente, da mesma forma que a regressão de idade pode favorecer uma retrospectiva que encontre vivências e situações capazes de quebrar a lógica pessimista e propiciar novas projeções.

Já em outras situações, há pessoas que apresentam dominância do sentido cinestésico na maneira como vivenciam suas dores, de modo que a forma como desenvolvem sua linguagem é altamente impregnada de termos referentes a dor como algo que corta, penetra, fura, queima, dentre outras representações. É possível que fenômenos sensórios, como anestesia e analgesia, sejam de grande valia em tais casos, de maneira que a linguagem do terapeuta necessita enfatizar com detalhes corpóreas.

Assim, para uma pessoa que relate apreciar bons momentos ao sol, o conto de uma história que enfatize a ação agradável do sol tocando e queimando delicadamente a pele de alguém pode trazer mudanças significativas no conjunto de sensações corporais da pessoa ou mesmo favorecer o desenvolvimento de uma analgesia parcial ou total.




Ressalto que a vivência da dor se organiza subjetivamente e implica em aprendizados, vivências e percursos históricos e não se constitui como uma entidade estática e isolada, mas como um processo que se constrói e se influencia pela própria ação do sujeito em relação a si mesmo e ao outro. Todo e qualquer prática no tratamento da dor deve compreender estes conceitos, inclusive a intervenção através da hipnose.




A hipnose pode ajudar a curar a dor, como coadjuvante .É no cérebro onde se realiza a verdadeira interpretação  das sensações. A dor é em grande parte o resultado do que pensamos sobre ela.
Ao desviar a atenção para outro estímulo sensorial, o paciente pode perceber a dor como menos intensa.

Mas para repito um conceito do vídeo acima: " Você precisa retreinar o cérebro e o sistema nervoso"!

Conquiste bem estar e qualidade de vida: Dor tem Tratamento!!!
Converse sobre as suas dúvidas com um médico especializado em reabilitação (Fisiatria). Entenda melhor como é a reabilitação da dor pelo médico Fisiatra aqui



Dra Maike Heerdt 
Médica Fisiatra - Dor e Reabilitação
Procedimentos Minimamente Invasivos em Medicina da Dor

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