A imprensa noticiou recentemente que uma análise realizada pela Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor em diferentes marcas de incenso comercializadas no Brasil, detectou a presença de substâncias tóxicas na fumaça emitida.
Segundo informações divulgadas pela Pro Teste, foi medida a emissão de poluentes e de compostos orgânicos voláteis e de substâncias passíveis de causar alergias, como benzeno e formol. As concentrações foram medidas após meia hora do acendimento.
E um dado surpreendente: queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno - substância cancerígena - contida em três cigarros, ou seja, em torno de 180 microgramas por metro cúbico. Há também alta concentração de formol, cerca de 20 microgramas por metro cúbico, que pode irritar as mucosas.
É sabido que alguns fatores têm o poder de irritar o sistema respiratório humano, como por exemplo: odores ativos, fumaças, poluentes, entre outros. A inalação passiva da fumaça de cigarro é comprovadamente irritante para a mucosa respiratória, podendo provocar crises de Asma e Rinite Alérgica.
A maneira de reagir a esses estímulos é variável em cada pessoa e os portadores de alergia respiratória, como a Rinite Alérgica e a Asma (ou bronquite alérgica) têm maior sensibilidade.
O incenso é amplamente utilizado em lares brasileiros, sem que uma informação precisa seja fornecida aos consumidores sobre sua composição, fabrico, margem de segurança, etc. dando uma falsa noção de que são inócuos.
Dados epidemiológicos apontam que cerca de 20% da população brasileira é portadora de alergia respiratória, o que resulta num número significativo de pessoas susceptíveis aos efeitos desses produtos. Aguardam-se novos estudos e providências no sentido de regularização e fiscalização, que possam resultar em segurança aos consumidores brasileiros, sejam alérgicos ou não.
Leia a matéria na íntegra, na Folha de São Paulo de 09/03/2008:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u380056.shtml
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