Saúde
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Dando uma pausa no tema TABAGISMO e abordando um assunto do qual se fala tão frequentemente, afinal praticamente todos os dias ouvimos falar de algum amigo ou conhecido que foi vítima de IAM. Eu mesma acabo de perder alguém querido em consequência de um. Daí este post de hoje.
O
Infarto do Miocárdio faz parte de um grupo de doenças chamado Doenças Isqüêmicas do Coração.
O infarto é a destruição da musculatura miocárdica, devido à deficiência de fluxo sangüíneo para uma região do músculo cardíaco, cujas células sofrem necrose por falta de aporte nutritivo. A interrupção do fluxo coronário quase sempre é devido ao estreitamento repentino de uma artéria coronária pelo ateroma (aterosclerose), ou pela obstrução total de uma coronária por êmbolo ou trombo (coágulo sangüíneo).
A destruição do músculo do coração, é causado em geral por depósitos de placas de ateroma nas artérias coronárias. Essas placas nada mais são do que o acúmulo de células dentro dos vasos sangüíneos, conseqüentes as lesões dos próprios vasos, bem como depósitos de gordura, que vão aumentando com o tempo, formando verdadeiras "rolhas" no interior das artérias do coração.
As doenças isquêmicas são as doenças cardíacas mais comuns, constituindo a primeira causa de morte nos Estados Unidos.
ETIOPATOGENIA
O infarto do miocárdio está mais freqüentemente associado a uma causa mecânica, isto é, interrupção do fluxo sangüíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável por sua irrigação.A extensão da necrose depende de vários fatores, tais como o calibre da artéria lesada, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento da circulação colateral. Esta, quando bastante extensa, é capaz de impedir a instalação de infarto, mesmo em casos de obstrução total da coronária.
Os pacientes que sofrem infarto, são geralmente do sexo masculino, pois são mais susceptíveis que as mulheres. Acredita-se que as mulheres tenham um efeito "protetor" devido à produção de hormônio (estrógeno), sendo que após a menopausa, devido à falta de produção desse hormônio, a incidência de infarto na mulher aumenta consideravelmente.
Existem vários fatores responsáveis pelo infarto do miocárdio, sendo eles: a idade, pois a incidência aumenta depois dos 50 anos. Outro fator que influencia o infarto do miocárdio é o colesterol. Quanto maior a quantidade de colesterol no sangue, maior a incidência de infarto. São conhecidos 3 tipos de colesterol: o de baixa densidade (LDL), o de muito baixa densidade (VLDL) e o de alta densidade (HDL). Este último, conhecido como "bom colesterol", parece ter um efeito protetor para o infarto do miocárdio, sendo ideal mantê-lo em níveis altos no sangue. Já o LDL, conhecido como "mau colesterol", aumenta a chance de infartos quando existe em níveis altos.
Muitas vezes, a pessoa tem o colesterol alto por causa de doenças hereditárias (hipercolesterolemia familiar), que fazem com que o corpo não consiga produzir as enzimas necessárias para "dissolver" a gordura. São os casos em que vemos pessoas bem jovens tendo infarto. É importante detectar esses casos na família, pois quando essas doenças são tratadas precocemente, é possível evitar que essas pessoas sofram infarto.
O diabetes também é apontado como uma doença que aumenta o risco de infarto do miocárdio. Como o diabetes pode ser transmitido hereditariamente, mais uma vez é importante saber se tem casos na família e detectar a doença precocemente.
A hipertensão (pressão alta), também aumenta o risco de infarto do miocárdio, assim como a obesidade, fazendo o coração trabalhar mais, exigindo mais sangue.
O fumo está intimamente relacionado com o infarto do miocárdio, sendo que os fumantes são 60% mais susceptíveis de sofrer infarto do miocárdio que os não-fumantes. O fumo causa não apenas a destruição de vasos do coração, como aumenta a chance de formar coágulos de sangue (trombose). Essa tendência a provocar coágulos piora ainda mais em mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais, principalmente entre os 30 e 40 anos de idade.
A inatividade física e o "estresse" também desempenham um papel importante na produção do infarto.
QUADRO CLÍNICO
Embora quase sempre o infarto do miocárdio seja acompanhado de sintomas que chamam a atenção para um problema cardíaco, é possível que aconteça totalmente assintomático. Isto geralmente ocorre em pacientes diabéticos, ou que fazem uso de beta-bloqueadores, ou ainda no período pré e pós-opratório.
O sintoma mais freqüente é a dor torácica persistente, de início súbito, de intensidade variável, localizada sobre a região inferior do esterno e abdomem superior. A dor pode agravar continuamente, até se tornar quase insuportável. Pode surgir mesmo quando a pessoa está acordando ou fazendo bem pouco esforço. Pode irradiar-se para o ombro e braços, geralmente para o lado esquerdo. Em alguns casos irradia-se para a mandíbula e pescoço.
É uma dor violenta, constritiva, de duração prolongada (mais de 30 minutos a algumas horas de duração), não é aliviada pelo repouso, ou pela nitroglicerina.
A dor pode vir acompanhada de um aumento da freqüência respiratória, palidez, sudorese profusa, fria e pegajosa, tonteira e confusão mental. Pode haver, por um reflexo vagal, náuseas e vômitos.
Ao exame, o paciente quase sempre apresenta ansioso, inquieto, movendo-se para encontrar uma posição confortável.
A sensação de morte iminente é freqüente.
CARACTERÍSTICAS DA DOR DO IAM
Localização
Retroesternal,pode irradiar-se para o pescoço,mandíbula, epigástrio, ombro, braço esquerdo.
Tipo
Peso, compressão, queimação, constrição.
Duração
Início súbito, com 30 min. ou mais de duração, de intensidade variável.
Fatores Agravantes ou Atenuantes
Sem alívio.
Sintomas Associados
Dispnéia, sudorese, fraqueza, náu-seas, vômitos, ansiedade intensa.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico se baseia na história da doença atual do paciente, no eletrocardiograma e nos níveis séricos das enzimas. O prognóstico vai depender da extensão da lesão miocárdica.
Eletrocardiograma
É de grande valor para o diagnóstico do infarto do miocárdio: ele informa sobre sua localização, sua extensão e complicações associadas como bloqueio e arritmias. Apesar que as arritmias podem ocorrer até dentro de um prazo de 24 hrs. após o infarto.
Enzimas plasmáticas
O
infarto do miocárdio e a conseqüente morte celular levam à perda da integridade do sarcolema ocasionando a liberação de certas enzimas na corrente sangüínea. A passagem destas enzimas para o plasma sangüíneo nos fornece dados úteis para o diagnóstico de infarto, sua extensão e evolução.
A creatinoquinase (CK) com sua isoenzima (CK-MB) é considerado o indicador mais sensível e confiável de todas as enzimas cardíacas.
A CK-MB é a isoenzima encontrada unicamente nas células cardíacas, e só estará aumentada quando houver destruição destas células.
Sendo assim a CK-MB é o indicador mais específico para o diagnóstico de infarto do miocárdio.
TRATAMENTO
O tratamento do infarto do miocárdio tem como objetivo reduzir a lesão do tecido afetado, cicatrização da área necrosada, preservar a integridade de tecido miocárdio normal e evitar complicações fatais (choque cardiogênico e arritmias fatais). Enfim, se baseia no tratamento da dor, bem como das possíveis complicações.
Quando o tratamento é instituído logo após o infarto, acredita-se que se possa reduzir drasticamente a lesão do músculo do coração.
A preservação do tecido do miocárdio é obtida pelo alívio da dor, repouso para reduzir o trabalho cardíaco e administração de agentes trombolíticos para melhorar o fluxo sangüíneo. A droga de escolha é a dolantina, pois é um analgésico potente.
Alguns centros usam antiarrítmicos profilaticamente, mas seu uso é controverso.
A administração de oxigênio em fluxo contínuo, aumenta a concentração deste gás reduzindo a dor associada à baixa concentração de oxigênio circulante.
Também o uso de drogas que reduzem o uso de oxigênio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra menos isquêmia (ausência de sangue).
Por isso, a permanência na UTI deve se restringir ao período crítico, no mínimo 72 horas, onde a incidência de complicações justifica a monitorização contínua.
Superada esta fase, o paciente deve ser removido, preferencialmente, para um quarto privativo, restringindo-se o número de visitas. Permite-se que ele sente-se em uma poltrona durante breves períodos. De maneira geral, a deambulação é iniciada por volta do quarto ou quinto dia, aumentando gradativamente.
Vale à pena lembrar, que a mobilização precoce melhora sensivelmente o bem-estar psicológico do paciente, além de reduzir a incidência de tromboembolia. Entretanto, deve-se tomar a precaução de acompanhar o doente no sentido de detectar possíveis alterações conseqüentes a esta atividade física.
A dieta será liberada à medida que as condições clínicas permitirem. Deve se, preferencialmente, hipocalórica, leve e hipossódica.
As evacuações não devem significar esforço para o paciente, usando, se necessário, laxantes suaves.
Os tranqüilizantes são utilizados com a finalidade de amenizar as condições que angustiam o paciente, como a dor, a própria internação, a permanência na unidade de tratamento intensivo, medo da morte, etc., pois elas aumentam a freqüência cardíaca e a pressão sistólica.
COMPLICAÇÕES
O que se teme mais depois do infarto do miocárdio são as complicações. As mais letais são as arritmias, que podem ocorrer dentro de um prazo de 24 horas após o infarto. Por isso, foram criadas as unidades de tratamento intensivo coronariano, onde o paciente recebe todos os cuidados necessários para detectar precocemente e tratar essas arritmias.
PREVENÇÃO
O
infarto do miocárdio, apesar de ser uma causa de morte bem freqüente, tem apresentado índices de mortalidade bem menores nos últimos anos, graças ao novo estilo de vida que muitas pessoas têm adotado.
Conhecendo-se os fatores que contribuem para a ocorrência da doença, podemos reduzir ainda mais o índice de mortalidade.
A dieta passou a ser a preocupação primordial no combate à doença, controlando-se a ingestão de colesterol e triglicerídes. É usual fazer-se a dosagem dos mesmos no sangue a cada 5 anos, procurando mantê-los dentro do nível normal. Caso os níveis estejam elevados, pode-se iniciar um tratamento com dieta, ou mesmo com o uso de drogas que ajudam a baixar a concentração desses elementos no sangue, principalmente naquelas pessoas com hipercolesterolemia familiar citadas anteriormente.
O exercício físico tem um papel muito importante, não só para melhorar o condicionamento do corpo como para ajudar na manutenção do peso ideal.
Recomenda-se andar pelo menos 3 vezes por semana, durante meia hora cada vez. Durante o exercício físico, o coração é obrigado a trabalhar mais, o que favorece a criação de uma circulação colateral, que pode ser a salvação quando alguma artéria importante do coração é bloqueada.
O hábito de fumar deve ser abandonado, não só para prevenir o infarto do miocárdio, como tantas outras doenças causadas pelo cigarro, como o câncer de pulmão, altamente letal. Reduzir a quantidade de nicotina ingerida, escolhendo-se um cigarro chamado "de baixo teor" não ajuda em nada.
O "stress" deve ser reduzido. Várias alternativas podem ser adotadas, como massagens, ioga, exercícios físicos em geral, esportes, meditação, etc. É importante destacar também que a hipertensão arterial muitas vezes é causada pelo "stress".
Eliminando-se os fatores de tensão, a pressão sangüínea ficaria dentro do normal, reduzindo assim o risco do infarto do miocárdio.
Fonte: geocities.yahoo.com.br
Infarto Agudo do Miocardio
Infarto agudo do miocárdio é a falta de suprimento sangüíneo para o coração. Ocorre quando alguma das artérias que alimentam o coração está entupida, impedindo que o coração possa bombear sangue para todo o corpo.
O
infarto agudo do miocárdio é uma doença que mata, podendo ocorrer com qualquer pessoa. A pessoa pode morrer dentro de minutos ou ficar com o coração enfraquecido para o resto da vida.
Como acontece?
Normalmente, a principal causa é o entupimento de uma artéria do coração por uma placa de gordura, células e colágeno.
Sabe-se que os homens têm maior chance de desenvolver infarto do miocárdio, porém o número de casos entre as mulheres vem aumentando, principalmente pelo uso de pílulas anticoncepcionais e tabagismo.
Existem alguns fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio:
Tabagismo
Obesidade
Altos níveis de colesterol no sangue
História familiar de infarto agudo do miocárdio
Sedentarismo
Alimentação irregular, entre outros.
Quais os sintomas?
Normalmente, o sintoma inicial é uma dor muito forte no meio do tórax, atrás do osso central da caixa torácica, o esterno. Esta dor é em aperto, podendo ser também em queimação.
Outros sintomas incluem:
Dor forte no pescoço e região esquerda da mandíbula;
Dormência e sensação de formigamento no braço esquerdo;
Palpitação, taquicardia e escurecimento da visão.
Como é diagnosticado?
O
infarto agudo do miocárdio é de fácil diagnóstico. Por se tratar de doença fatal, a pessoa deve procurar imediatamente um serviço de emergência para que sejam feitos os atendimentos primários.
O diagnóstico é puramente clínico, sendo confirmado por um eletrocardiograma. Pode-se, posteriormente, realizar exames que avaliem a estrutura das artérias que alimentam o coração (arteriografia coronariana).
Como é tratado?
Inicialmente, deve-se desentupir a artéria acometida com o uso de substâncias que diluem mais o sangue (trobolíticos). Se o infarto for por estreitamento do vaso (contração da musculatura do vaso), pode-se então dilatá-lo, com o uso de vasodilatadores coronarianos (nitratos).
Quanto ao tratamento cirúrgico, o procedimento mais conhecido é a revascularização (ponte de safena). Nesta situação, coloca-se um vaso que possa alimentar o coração no lugar do vaso entupido.
A longo prazo, deve-se prevenir novos episódios com o uso de medicamentos que diluem mais o sangue, evitando a formação de "rolhas nas artérias". Pode-se também utilizar fármacos que diminuem os níveis sangüíneos de colesterol e triglicerídeos.
Como se prevenir?
O principal fator relevante para a prevenção do infarto agudo do miocárdio é a mudança do estilo de vida. Isto é, deve-se extinguir o tabagismo, combater a obesidade e os níveis elevados de colesterol, praticar constantemente exercícios aeróbicos, reduzir o nível de estresse diário, entre outros.
Periodicamente, pode-se realizar uma avaliação cardiológica.
Fonte: www.hub.unb.com
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