Metástase e morte por câncer de próstata: o papel da FGF9

A morte por câncer de próstata é o resultado de metástases, particularmente para os ossos, tecnicamente chamada de metástase óssea osteoblástica. Claro que, para impedir esse tipo de metástase ou controlá-lo é preciso saber o que o causa e o que o alimenta. Pesquisadores da University of Texas MD Anderson Cancer Center, em Houston, estão avançando esse conhecimento.
Tratamentos que negam hormônios sexuais masculinos (andrógenos) são temporariamente eficientes, mas o câncer volta. De alguma maneira, os tumores aprendem a crescer sem os andrógenos e o câncer avança. Nora Navone e colegas trabalharam com duas linhas de células prostáticas cancerosas de um paciente que tinha metástase óssea osteoblástica. Elas não tinham o que chamam de expressão de receptores de andrógenos. Analisaram essas células, concluíndo que uma proteína chamada de FGF9 se encontrava com freqüência muito maior num tipo das células cancerosas do que em outro. Bloqueando a FGF9 conseguiram reduzir a metástase óssea osteoblástica. Esses resultados, obtidos primeiro in vitro (com células no laboratório em pratinhos Petri) e depois in vivo (com camundongos), pedem testes maiores porque mostram um caminho para a pesquisa que pode levar a medicamentos que bloqueiam a metástase. Essa proteína (FGF9) obviamente tem um papel importante para a metástase óssea. Se a associação for confirmada com pacientes humanos poderemos desenvolver medicamentos que bloquearão ou reduzirão a metástase, consequentemente reduzindo as mortes e a dor.

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