O CÂNCER SERÁ A MAIOR CAUSA DE MORTALIDADE NO MUNDO JÁ A PARTIR DO ANO QUE VEM
Saúde

O CÂNCER SERÁ A MAIOR CAUSA DE MORTALIDADE NO MUNDO JÁ A PARTIR DO ANO QUE VEM


RECEBI, DA DRA. SONIA FERRAZ DE ANDRADE, A SEGUINTE NOTICIA:
Autor: Nick Mulcahy
Publicado em 10/12/2008

De acordo com a nova edição do World Cancer Report da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, projeta-se que o câncer se tornará a principal causa de óbito no mundo, no ano de 2010.

Países de baixa e média renda sofrerão a repercussão da maior incidência de câncer e de taxas mais elevadas de óbito de forma mais acentuada do que os países industrializados, de acordo com o relatório. Esta notícia está em contraste com outro trabalho recente evidenciando que a incidência de câncer e as taxas de mortalidade para homens e mulheres, nos Estados Unidos, continuam a declinar, como relatado pela Medscape Oncology.

O recente relatório foi discutido em um evento na Atlanta, Geórgia, denominado Dominando o Câncer: Um Esforço Global (Conquering Cancer: A Global Effort)

Os casos de câncer dobraram, globalmente, entre 1975 e 2000, dobrarão, novamente, por volta de 2020 e irão quase triplicar, em 2030, segundo o relatório. Houve um número estimado em 12 milhões de novos diagnósticos de câncer e mais de 7 milhões de óbitos, por todo o mundo, neste ano. Os números projetados para 2030 são de 20 a 26 milhões de novos casos e de 13 a 17 milhões de óbitos.

A comunidade mundial pode esperar aumentos na incidência de, aproximadamente, 1%, a cada ano, sendo maiores na China, na Rússia e na Índia. De acordo com o relatório, as razões para essas maiores taxas incluem a adoção do consumo de tabaco e de dietas com maiores teores de gordura, nos países menos desenvolvidos, além de alterações demográficas, incluindo uma elevação projetada na população de 38%, nestes mesmos países, entre 2008 e 2030.

“O acelerado crescimento no fardo global que é o câncer representa um desafio real para os sistemas de saúde do mundo. Entretanto, há uma clara mensagem de esperança: embora o câncer seja uma doença devastadora, é altamente evitável. Sabemos que medidas profiláticas, tais como controle do tabagismo, redução no consumo de álcool, maior atividade física, vacinações para hepatite B e para papilomavirus humano, o rastreamento e a conscientização podem apresentar uma importante repercussão na redução deste fardo”, afirma Peter Boyle, PhD, DSc, diretor da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, em uma declaração.

“Nós reconhecemos que o câncer ataca sem considerar fronteiras ou condições socioeconômicas”, declara John R. Seffrin, PhD, chefe executivo da American Cancer Society, que foi um dos grupos organizadores e patrocinadores do evento em Atlanta.

“Mesmo em uma economia desafiadora, as pessoas entendem que, com o câncer, há progressos a serem atingidos e medidas preventivas a serem tomadas”, relata Lance Armstrong, fundador e presidente da Lance Armstrong Foundation, outra organizadora do evento, que também incluiu a ONG Susan G. Komen for the Cure.

Desafios adicionais nos cuidados do câncer, especialmente na África, incluem o controle da dor e o tratamento paliativo, que são limitados por restrições e proibições aos narcóticos, em diversos países.

Os organizadores do evento solicitaram passos de ações, tais como tornar mais disponíveis as vacinas que previnem infecções causadoras de câncer aos países de baixa renda, incluindo a vacina contra HPV. Outro passo seria o comprometimento com uma abordagem compreensiva de controle do tabagismo, nos Estados Unidos, o que incluiria uma concessão a Food and Drug Administration norte-americana, pelo Congresso, de autoridade para regular o tabaco.

Informação sobre o autor: Nick Mulcahy é um jornalista veterano do Medscape Hematology-Oncology. Antes de fazer parte da equipe do Medscape, Nick foi escritor freelancer de notícias médicas por 15 anos, trabalhando para empresas como International Medical News Group, MedPage Today, HealthDay, McMahon Publishing e Advanstar.




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