Nessa abordagem, os fundamentos metafísicos não estão distantes da sua realidade; ao
contrário, é justamente no ambiente que se manifestam as causas metafísicas dos distúrbios do corpo. A raiz dos problemas físicos está na atitude interior, frente às situações do cotidiano. A postura da pessoa é determinante para preservação da saude, e os conflitos interiores desencadeiam as doenças que afetam o organismo.
O órgão afetado e o tipo de alteração que ele apresenta revelam como as pessoas se
encontram numa determinada área da vida e, metafisicamente, correlacionam-se com aquela parte do corpo. Observando e interpretando os comportamentos das pessoas, pode-se ter uma noção da sua vulnerabilidade à determinada doença ou o fortalecimento de um determinado órgão.
O corpo é uma espécie de sensor que acusa o modo como o indivíduo lida com os
acontecimentos. Cada parte do organismo reflete uma emoção. Portanto, as alterações metabólicas tem origem no desequilíbrio emocional. Todos enfrentam obstáculos, porém cada um reage de um determinado jeito. Dependendo do modo como se enfrentam as adversidades, produz-se um determinado estado emocional. Dependendo dessa condição interior, mantém-se a saude ou são provocadas as doenças.
Os próprios eventos exteriores, por si sós, refletem aquilo que é cultivado interiormente. As atitudes mantidas ao longo da vida atraem as situações compatíveis ao modelo interior,
consequentemente essas ocorrências provocam os abalos, intensificando os sentimentos nocivos e ocasionando prejuízos à saúde. O trabalho de observação do ambiente de trabalho e do estilo de vida que a pessoa mantém no lar, serve de visor do mundo interno. Ao mesmo tempo em que são identificados os tipos de reações frente a certos acontecimentos, torna-se possível conhecer as crenças geradoras dos conflitos existenciais.