Várias pesquisas demonstraram que os tratamentos (anti)hormonais existentes aumentam o risco de doenças cardiovasculares, inclusive de morte.
Na Itália, pesquisadores belgas e alemães compararam as taxas de morbidade e de mortalidade cardiovascular entre pacientes que tomavam Firmagon ou Degarelix, dois medicamentos que alteram os hormônios, com outros medicamentos anti-hormonais que operam a partir de processos diferentes. Os medicamentos (anti)hormonais chamados de “luteinising hormone-releasing hormone agonists”, como o que eu uso, são eficientes, mas acarretam riscos cardiovasculares.
A comparação produz resultados claros: Firmagon e Degarelix apresentam um risco 50% menor de derrames e/ou ataques cardíacos, num estudo de mais de dois mil e trezentos pacientes de países diferentes.
Pacientes medicados com Firmagon também apresentaram uma sobrevivência maior, menos fraturas e menos doenças urinárias.
Porém, esses pacientes já sofriam de problemas cardiovasculares. Entre eles, a escolha de Firmagon ou Degarelix ganha peso.
Lembro que há vários tratamentos e muitos medicamentos disponíveis: cada um com vantagens e desvantagens em relação aos demais. Há uma preocupação que nós, pacientes, podemos compreender com o combate ao câncer da próstata mas não podemos deixar de considerar que há outras doenças e outras causas de morte que devem ser levadas em consideração nessa escolha. A escolha tão pouco pode ignorar as características do pacientes. Pacientes que já trazem problemas cardíacos teriam mais razões para considerar Farmagon do que pacientes sem esse tipo de morbidade.
Saiba mais:
http://www.upi.com/Health_News/2013/03/16/Less-risky-prostate-cancer-therapy-offered/UPI-12311363486792/#ixzz2NstXB8pm
GLÁUCIO SOARES IESP/UERJ