As notícias não são boas para os obesos. A obesidade mata. O risco de morrer de problemas cardiovasculares é maior; de morrer de câncer também é maior e por aí vai.
Agora apareceram mais detalhes sobre a relação entre obesidade e formas agressivas dos canceres da próstata.
Como foi feita a pesquisa? O conceito fundamental é o body mass index (BMI). É algo que tem tabela e que você, conhecendo seu sexo, a sua idade e o seu peso pode calcular. A partir de um nível, quanto mais alto pior.
Reina Haque trabalha numa organização prestadora de serviços médicos, planos como chamamos no Brasil. É uma empresa grande, a Kaiser Permanente. Não convém aos planos que seus assinantes fiquem doentes, particularmente com doenças que exijam tratamentos caros e longos. E, como querem receber sua mensalidade, também não querem que você morra...
Reina Haque analisou 751 homens com câncer da próstata, que fizeram a prostatectomia radical. Calculou o BMI que os pacientes tinham quando foram diagnosticados e correlacionou o BMI com a mortalidade. Dos 751, 323 morreram e 428 estavam vivos.
Havia mais obesos entre os que morreram, definindo obesidade como um BMI ≥30kg/m²: 30%, contras 22% dos que estavam vivos. Ajustando os resultados para outros fatores, o efeito da obesidade ficou mais claro. Era maior no caso de canceres mais agressivos, com um escore Gleason de 8 ou mais. O risco de morte era quase duas vezes e meia o dos que tinham BMI normal (razão de risco 2,37).
Ter um peso normal é um objetivo que você pode atingir. Dieta e exercícios são a formula tradicional, que funciona. Ao reduzir a banha, você também reduz o risco de morrer deste câncer.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ