A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) recomendou nesta sexta-feira aos meios de comunicação internacionais que não enviem mulheres jornalistas ao Egito, depois de uma série de agressões sexuais.
Na quinta-feira, uma jornalista egípcio-americana acusou a polícia do Egito de tê-la agredido sexualmente durante horas. Uma repórter francesa também denunciou agressões sexuais durante uma manifestação no Cairo.
"Esta é pelo menos a terceira vez que uma repórter é agredida sexualmente desde o início da revolução egípcia. As redações devem levar isto em consideração e deixar momentaneamente de enviar mulheres jornalistas ao Egito", afirma a RSF em um comunicado. "Lamentavelmente, diante da violência destas agressões não existe outra solução", completa a organização.
"Além de me golpearem, aqueles cachorros (referindo-se à polícia antidistúrbios) me submeteram às piores agressões sexuais", escreveu a egípcia Mona al-Tahawy no Twitter. Ela disse ter sido liberada na quinta-feira após 12 horas.
Já a jornalista francesa Caroline Sinz disse à AFP ter sido "agredida por uma multidão de homens" que lhe arrancaram a roupa na praça Tahrir, onde ela estava junto de um câmera. "Algumas pessoas tentaram me ajudar, mas não conseguiram. Eu estava sendo linchada. Durou cerca de três quartos de hora", disse, até que algumas pessoas presentes conseguiram ajudá-la e ela voltou a seu hotel no Cairo.
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