Pacientes com linfoma de Hodgkin ganham nova opção de terapia
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Pacientes com linfoma de Hodgkin ganham nova opção de terapia



As novas "terapias-alvo" são mais eficientes e menos tóxicas do que os tratamentos convencionais

O mundo vive um novo momento na luta contra o câncer e busca por "terapias-alvo" mais eficientes e menos tóxicas do que os tratamentos convencionais. Nos últimos anos diversos medicamentos novos passaram a integrar a prescrição para o tratamento de vários tipos de tumores. Um exemplo é o Herceptin, terapia que vem aumentando significativamente a sobrevida de pacientes com um tipo específico de câncer de mama.

A novidade é o Adcetris (brentuximab vedotin), utilizado para o tratamento de adultos com linfoma de Hodgkin (um tipo de câncer com origem em células sanguíneas no sistema linfático) quando as células tumorais apresentam positividade para a proteína CD30. O fármaco vem sendo utilizado em pacientes com Linfoma de Hodgkin cuja doença tenha progredido após o transplante autólogo de células-tronco ou depois de dois tratamentos de quimioterapia naqueles que não puderam receber um transplante por alguma razão.

"Os pacientes com o Linfoma de Hodgkin que receberam Adcetris apresentaram uma resposta significativa para a terapia e estamos otimistas com os resultados. Esses novos medicamentos representam uma evolução sem precedentes na luta contra diversos tumores que antes recebiam apenas tratamentos paliativos", destaca o Onco-Hematologista Celso Massumoto.

No Linfoma de Hodgkin, o Adcetris foi investigado num estudo principal em 102 doentes com LH com positividade para CD30, que tinham recebido previamente um transplante autólogo de células-tronco e cujo câncer recidivara ou não respondera a tratamento prévio. No estudo do Linfoma de Hodgkin, 75% dos doentes (76 num total de 102) apresentaram uma resposta parcial ou completa ao tratamento. Observou-se uma resposta completa em 33% dos doentes (34 de 102). Os dados relativos a 40 doentes demonstraram que 55% dos doentes (22 de 40) responderam ao tratamento. Observou-se uma resposta completa em 23% desses doentes (9 de 40).

Os efeitos colaterais mais comuns causados pelo Adcetris foram uma diminuição contagem dos leucócitos (neutropenia), danos nos nervos (neuropatia sensorial periférica), náuseas, fadiga, anemia, infecção de vias respiratórias, diarréia, febre, tosse, vômitos e baixos níveis de plaquetas no sangue (trombocitopenia).



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