ABRIR-SE PARA A VIDA E AS PESSOAS, EXTRAINDO O MELHOR DA SITUAÇÃOALEGRIA E DESCONTRAÇÃO EM VIVERDepois do fígado, o pâncreas é a glândula mais volumosa do sistema digestivo.
Sua função mista produz tanto enzimas digestivas quanto o hormônio da insulina, que
é lançado para a corrente sangüínea.
Como todas as glândulas, o pâncreas depende das condições emocionais e
psicológicas da pessoa, fatores responsáveis por seu bom ou mau funcionamento. A
disposição do indivíduo em aceitar com doçura as coisas que ocorrem em seu meio é a
condição básica para um perfeito funcionamento do pâncreas. O ser que se
desencantou com tudo à sua volta vive hoje numa recusa em acatar atitudes e fatos,
permanecendo indiferente ao que estejam fazendo. Essa perda de vitalidade se reflete
na dificuldade de assimilação de proteínas pelo organismo.
As proteínas estão presentes em grande quantidade nos alimentos orgânicos,
carnes e vegetais. A absorção das proteínas representa uma abertura para acatar
aquilo que advém das pessoas, bem como aproveitar o que de melhor elas nos trazem.
Aquela pessoa que não digere nem assimila satisfatoriamente as proteínas
demonstra-se desconfiada das intenções dos outros. A carência de proteína resulta em
perda de vitalidade física, expressando a falta de motivação para agir diante das
contrariedades. Essa pessoa passa a ver a vida com acentuada desconfiança,
pessimismo e amargura, chegando a perder a própria alegria de viver, como veremos
mais adiante, na diabetes.
Esse estado em que se encontra termina por reduzir a secreção pancreática.
Essa insuficiência também é decorrente das críticas guardadas para si e nunca
externadas.
Como vimos até aqui, absorver alegremente os acontecimentos de nosso meio
constitui-se em fator fundamental para um perfeito funcionamento do pâncreas. Para
que isso ocorra, o humor passa a ser ferramenta de base para se tirar proveito de
situações contrárias. Encarar os desafios com alegria favorece um maior fluxo de vida,
suavizando complicações do dia-a-dia. Aquele que não se permite contagiar pelo
negativismo ou derrotismo dos que o cercam retira sempre o melhor que a vida pode
lhe proporcionar. O otimismo, enfim, regula a função metabólica do pâncreas,
resultando em saúde e vitalidade física.
Ao contrário, o pessimismo é o "pivô" da redução nas funções pancreáticas. O
pessimista, com sua visão de derrotas, age como se a vida conspirasse contra ele.
Comporta-se como se as pessoas à sua volta quisessem apenas tirar proveito da
situação para fins próprios. Tem certeza de que nada do que possa acontecer poderá
lhe servir para a sua realização pessoal. É desconfiado, sente-se sempre lesado em
qualquer situação e freqüentemente acha-se perseguido.
Para uma clara idéia a respeito da distinção entre o otimista e o pessimista, nada
melhor que o exemplo do bolo: alguém chega e encontra um pedaço de bolo sobre a
mesa. Se for otimista, dirá: "Que bom! Fizeram um bolo hoje e se lembraram de mim!";
se for pessimista, não deixará por menos, dirá logo: "Deixaram só isso? Só porque eu
saí e cheguei mais tarde, fizeram bolo e já comeram quase tudo".
Quase todos os distúrbios do pâncreas são difíceis de ser diagnosticados. A
razão disso se deve à sua posição bastante oculta, aos quadros tão variáveis e a uma
evolução silenciosa. Assim, as pessoas que persistem em atitudes comprometedoras
que correspondem aos padrões metafísicos das disfunções pancreáticas enganam-se
achando que têm suas razões para serem ou agirem daquela maneira. Essa percepção
errônea vem do fato de que aquilo que sentem acaba acontecendo. No entanto, visto
que criamos tudo aquilo em que acreditamos, elas se sentem meras vítimas de suas
próprias crenças.
A mente, associando acontecimentos atuais com situações dolorosas do
passado, provoca grande desconforto no presente. Essa associação pode ser
consciente ou inconsciente.
A partir do momento em que se passa a entender o real significado do humor e
do otimismo, o indivíduo é levado a abandonar os conceitos do passado, que nada têm
a ver com as situações do presente, e a vivenciar livremente as novas experiências de
sua vida. Apesar de se parecerem ou acabarem efetivamente num desfecho
indesejável, essas situações apenas compartilharam de um mesmo cenário recriado
por nossa mente, com base única em seus registros secretos.
Isso acontece para que possamos absorver delas o melhor, aprendendo a
conviver com aquele tipo de experiência. Enquanto esse aprendizado não for
satisfatório, continuaremos a deparar com seguidas situações que venham a nos
recordar fatos passados, em sua maioria mal resolvidos. Poderemos, então, ter a
chance de atuar de uma maneira diferente da qual antes atuamos, colhendo desta vez
resultados melhores, encerrando um ciclo de experiências.
Use sua capacidade de renovação e seja novo a cada instante de sua vida.
Fique com o melhor dos acontecimentos já vivenciados, não trazendo para o presente
as marcas de um passado que você não soube aproveitar ou sobre o qual você não
soube atuar. Bastando tão-somente deixar fluir os potenciais latentes na alma, seremos
novos a cada instante, construindo finais felizes em todos os novos ciclos que se
abrirem na vida.
DEPRESSÃO NO PÂNCREAS
A DEPRESSÃO É UM QUADRO PSICOLÓGICO QUE ACOMPANHA AS
PRINCIPAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
Os desvios da função pancreática têm relação direta com as síndromes
depressivas. O depressivo apresenta baixa auto-estima, apatia e desânimo quando a
depressão é mais leve, revela-se quieto, infeliz, pessimista, com sentimento de
inadequação e autodepreciação. É incapaz de tomar decisões, preocupando-se demais
com seus próprios problemas. Na depressão mais profunda, toda experiência é
acompanhada por sofrimento mental, melancolia, desânimo, fadiga, insônia, dificuldade
de decisão e concentração, chegando ao desespero nas situações mais agudas.
O depressivo se sente rejeitado. E carente de afeto, apesar de alguns se
mostrarem frios nas relações. Essa frieza é seu mecanismo de defesa para não se
machucar ainda mais pelas relações afetivas.
A superproteção e a expectativa vivenciada durante a infância são agravantes
para a manifestação da depressão no adulto. Em momentos que requeiram decisões,
essa pessoa pode facilmente entrar em depressão. As crianças não estão isentas de
depressão, sobretudo quando se sentem desamparadas e rejeitadas. Nessa condição,
fazem conceitos negativos de si mesmas, considerando-se "tolas", "medíocres", "ruins"
ou "fracassadas". Podem também sofrer de insônia, sono exagerado, dores de cabeça,
mal-estar e perda de apetite. Necessitando de estímulo e encorajamento, podem
passar por preguiçosas.
As crianças deprimidas geralmente são encontradas em famílias separadas,
onde há ausência dos pais. O problema pode ocorrer também quando há morte de um
deles, ou quando um deles retira seu interesse pela criança.
Uma vez que o estado depressivo tem relação direta com problemas no
pâncreas, vejamos as características específicas de algumas das principais doenças
que afetam esse órgão.
PANCREATITE
RAIVA, FRUSTRAÇÃO E AMARGURA
Pancreatite é a inflamação do pâncreas, apresentando-se na forma aguda e
crônica. No caso agudo, ela pode ser hemorrágica, causando intensas dores
abdominais e vômitos.
O indivíduo portador de pancreatite não costuma expressar sua agressividade.
Temendo enfrentar os obstáculos que possam surgir, recusa-se a externar sua
frustração por não ter recebido da vida e dos outros aquilo que foi idealizado em seu
mundo interno.
Essa força destrutiva acaba sendo usada contra si, fazendo com que ele se
torne amargo, pessimista e mal-humorado. Simultaneamente a esse estado interno, o
pâncreas apresenta uma inflamação.
Possuem tendências a serem dramáticas, tudo que acontece à sua volta é
motivo para um grande dramalhão.
A raiva, juntamente com a frustração e a amargura, é a raiz da pancreatite. Na
mesma proporção em que a pessoa nega o lado dócil da situação, ela interfere nas
funções pancreáticas, dificultando o metabolismo dos nutrientes alimentares
associados à doçura.
Quem sofre de pancreatite vive um estado de depressão profunda, sentindo-se
rejeitado e mal-amado. Acredita que o mundo conspira contra ele, tornando-se
impertinente e desconfiado.
A pancreatite aguda apresenta sintomas de dor e desconforto abdominais. A
irritação da pessoa com as coisas desagradáveis chega a tal ponto que ela termina por
perder a capacidade de perceber as coisas boas ou as vantagens de uma situação.
Acaba sua habilidade em transformar o que a incomoda nos outros ou nas situações.
Torna-se insensível e amarga.
Recusa-se a ver as atitudes agradáveis dos outros e as manifestações de afeto,
apenas para não se machucar novamente nas relações interpessoais. Esse comportamento tem relação direta com a presença de pus e a mortificação dos tecidos
pancreáticos.
A pancreatite aguda pode ser hemorrágica, geralmente levando à presença de
sangue oculto nas fezes. Interpretado pela metafísica, esse quadro revela o quanto a
pessoa se perdeu, deixando de fazer uso de um estado de espírito alegre e bem humorado.
Na pancreatite crônica, pode-se observar a preocupação da pessoa em exagerar
no humor, satirizando negativamente uma situação. Costuma fazer uso exagerado do
álcool para escrachar suas frustrações, busca destruir aquilo que não admite na vida.
Essa atitude de descontrole mostra sua dificuldade em transformar a doçura da
situação em motivação e energia para se impor e conquistar seu espaço na vida, sendo
próspero e bem-sucedido.
Na pancreatite crônica ocorre um aumento do tecido que reveste parte do
pâncreas, causando a destruição das ilhotas que produzem a insulina. A destruição
dessas ilhotas reduz a secreção de insulina e causa intolerância à glicose.
Paralelamente a esse quadro clínico, observa-se que a pessoa abomina tanto a sua
alegria quanto a dos outros. Aqueles que se mostram alegres estariam "rindo da
situação", e isso é motivo ainda maior para sua raiva.
Fonte: Metafísica da Saúde Vol. 1
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