Saúde
Pesquisa explica baixa produção de abacaxi
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Thiago (ao meio), ao lado de Sérgio e Karla |
Doenças provocadas por cinco espécies de fitonematoides que parasitam a raiz das plantas estariam por trás do problema
Numa região onde o abacaxi já foi uma cultura promissora, a realidade atual vem desanimando os produtores rurais. Tudo por conta da queda da produtividade e da qualidade dos frutos colhidos. O problema se transformou em tema de tese de doutorado no Laboratório de Entomologia e Fitopatologia (LEF) do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA) da UENF, sob a orientação do professor Ricardo Moreira de Souza.
Através de pesquisas realizadas durante cerca de dois anos e meio, os pesquisadores descobriram que a baixa produção e qualidade do fruto se deve, entre outros aspectos, a duas doenças associadas, provocadas por cinco espécies de fitonematoides que parasitam a raiz das plantas, bem como pela praga chamada murcha do abacaxizeiro. Constatou-se que as duas, juntas, potencializam os problemas que vinham se agravando na última década.
—Na realidade, trata-se de uma interação entre os fitonematoides e a murcha do abacaxizeiro — diz o professor, lembrando que a área destinada à cultura do abaxizeiro no Norte Fluminense está entre 2 e 3 mil hectares.
O estudo, produzido pelo doutorando Thiago de Freitas Ferreira e auxiliado pelos alunos Karla Daiana dos Santos e Sérgio Wellington Idalino, representa um passo para que, a partir do conhecimento das causas da redução da produtividade do abacaxi, se possa buscar uma solução visando, futuramente, reduzir os reflexos nas lavouras.
— A tese de doutorado teve dois objetivos: primeiro, conhecer os fitonematoides e, segundo, perceber o que estava acontecendo com as lavouras de abacaxi na região — explica Ricardo.
Com a queda da produtividade e da qualidade do abacaxi, os produtores da região foram perdendo mercado gradativamente. O resultado pode ser conferido nas ruas dos municípios do Norte Fluminense, onde, em períodos de safra, os frutos comercializados, em geral nas ruas, são muito pequenos. Isso porque os produtores não conseguem bons preços no mercado fora da região, conforme explicou o professor Ricardo Moreira de Souza.
— Esses abacaxis são muito pequenos e de baixa qualidade. Por isso não têm colocação no mercado. É muito comum vê-los sendo vendidos nas ruas — diz.
O trabalho foi apresentado em fevereiro deste ano e agora está em fase de preparativos para publicação.
Cilênio Tavares
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