PRESSÃO ALTA
Fuga através da preocupação ou dedicação excessiva aos afazeres.
No âmbito metafísico, as pessoas que sofrem de elevação na pressão arterial geralmente vivem cercadas de problemas. Para fugir ao desconforto provocado pelas situações mal resolvidas, apelam para o trabalho, assumindo uma sobrecarga de atividades.
Quando não existe essa possibilidade, ou seja, não têm o que fazer, elas começam a se preocupar com os problemas dos outros. Querem encontrar soluções para os conflitos alheios, deixando de lado suas próprias dificuldades.
Vale lembrar que a solução de qualquer problema está dentro da própria situação, nunca fora dela. Portanto, não adianta mobilizar-se para o mundo lá fora achando que as coisas ruins no seu meio vão desaparecer.
Não encarar de frente os problemas faz com que permaneçamos cercados por eles e distantes das soluções.
As soluções começam a surgir na medida em que vamos desvendando o emaranhado que nos cerca. Conforme vamos conhecendo a real problemática, começam a surgir idéias e alternativas para melhorar a situação.
Focar a atenção para as complicações aumenta a chance de solucionar aquilo que nos aflige. Somente assim fortalecemos nossas bases emocionais. Estar bem interiormente é fundamental para sermos bem-sucedidos, realizados e felizes.
Distorcer o foco de atuação é viver em função do trabalho ou preocupado com os problemas dos outros. Essa conduta só adia os problemas e não resolve absolutamente nada daquilo que nos aflige. Cedo ou tarde teremos que encarar nossos próprios conflitos. Não adianta protelar; é necessário atuar naquilo que não está em harmonia no ambiente.
Pare de viver em função dos outros ou excessivamente preocupado com o trabalho; isso não acrescenta muito para o seu mundo pessoal, só agrava as pendências que existem no seu meio.
Assuma sua própria vida e dedique-se àquilo que o incomoda; somente assim você estará mobilizando seu potencial em benefício da sua própria felicidade.
Não tente sufocar o profundo desconforto causado pelas complicações do ambiente. A aparente frieza e indiferença às questões afetivas ou familiares é um mecanismo de defesa para esconder o quanto está estraçalhado emocionalmente e arrasado em sua vida pessoal.
Fingir não se abalar com os problemas é uma tentativa de demonstrar aos outros uma força que não existe, e também negar seus próprios sentimentos.
As pessoas hipertensas são dotadas de grande força agressiva, o que lhes possibilitaria impor-se na situação, com grande chance de encontrar as soluções dos seus problemas. No entanto, deslocam sua capacidade conquistadora para o trabalho ou para os outros, deixando muito a desejar nas questões que dizem respeito a sua própria vida.
Costumam dar o pior para si e o melhor para os outros. São pessoas prestativas e dispostas a atender a todas as solicitações externas. Têm necessidade de dominar os meios que freqüentam; querem se destacar no trabalho e sobressair-se entre os amigos. Cobram de si uma conduta exemplar, obrigam-se a ter um notável desempenho profissional, nunca admitem errar e se punem quando não atingem as metas estabelecidas.
Apesar de ser difícil às pessoas afetadas pela pressão alta admitir, sua conduta alimenta a vaidade.
Em função da vaidade, as pessoas assumem uma série de obrigações e compromissos para serem consideradas pelos outros. A vaidade provoca um sentimento de opressão, impedindo a realização pessoal.
O vaidoso se preocupa excessivamente com o próprio desempenho, quer fazer tudo certo, para provar aos outros suas habilidades e força. Isso causa grande tensão, o que prejudica a atuação na vida, podendo também provocar no corpo a elevação da pressão arterial.
Quando a pessoa relaxa e não se cobra perfeição, tudo flui harmonia. Abandonar a vaidade e agir com naturalidade é melhor caminho para a saúde e o bem-estar.
Procure realizar suas tarefas da melhor maneira possível, mas não se cobre o impossível nem ultrapasse seus limites; respeite-os, o importante é aquilo que você sente e acredita, e não o que os outros vão dizer a seu respeito.
O valor da vida não está somente nas conquistas materiais, nem t ampouco na condição de destaque perante os outros, mas naquilo que sentimos. Realização pessoal não se baseia só nos bens materiais, mas também na nossa condição interior.
Na vida tudo é provisório, nada é permanente. Temos a ilusão que o mundo externo é a causa de tudo o que acontece conosco; mas, na verdade, é o contrário; somos nós que provocamos as situações externas. Tudo o que acontece ao nosso redor é um reflexo do estado interior.
Os conteúdos internos projetados na realidade tornam-se evidentes, favorecendo-nos a solucionar aquilo que existe em nos. À medida que lidamos com as complicações do meio, estamos resolvendo nossas próprias dificuldades. Pode-se dizer que as tramas da vida são instrumentos das experiências que favorecem a edificação do nosso ser.
As pessoas que se negam a encarar seus obstáculos, principalmente aqueles ligados a afetividade, perdem a oportunidade de se resolver dificultando seu próprio desenvolvimento interior.
METAFÍSICA DA SAÚDE VOL. 2
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