Que pacientes se exercitam e que pacientes não se exercitam?
Saúde

Que pacientes se exercitam e que pacientes não se exercitam?



Sabemos que se exercitar e praticar esportes ajuda os pacientes de câncer da próstata, tanto a prolongar a vida quanto a ter melhor qualidade de vida. Não obstante, uns pacientes são quase atletas profissionais, ao passo que outros se entregam, não se exercita, não são ativos.

O que separa esses dois grupos?

Um grupo de pesquisadores de Auckland, Nova Zelândia, decidiu fazer exatamente essa pesquisa.

Um grupo de 84 pacientes que estavam em tratamento anti-hormonal foi recrutado a partir da base de dados de saúde de Auckland. E, claro, houve um grupo controle. Os dois grupos receberam a missão de completar um survey sobre a qualidade da vida, a atividade física, e os determinantes dessa atividade. Por que uns eram fisicamente ativos e outros não?

Houve surpresas: primeiro, menos de metade dos cancerosos era fisicamente ativa, mas não havia qualquer relação entre atividade física e idade, nem entre atividade física e o nível do PSA ou entre atividade física e tempo em que estava no tratamento (anti) hormonal!

Os resultados mostraram que, em comparação com os controles, esse grupo tinha uma qualidade de vida mais baixa. Porém, os pacientes ativos tinham uma qualidade de vida melhor do que os inativos, ou os insuficientemente ativos.

Para entender o labirinto explicativo, é preciso saber que a atitude em relação às atividades físicas e ao exercício era o grande determinante da intenção de ser ativo, de se exercitar. Mas o maior determinante do comportamento, de se efetivamente se exercitavam ou não, era outra variável – se o paciente percebia a si mesmo como controlando a sua vida e o seu comportamento, como diferente dos que se percebiam como não tendo esse controle.

Como apenas metade dos pacientes se exercitava, aparece claramente a necessidade da intervenção médica e psicológica. Para chegar a esse fim, teremos que passar pela valorização da atividade física e pela disponibilidade de recursos e facilidades para os exercícios. Não se pode dar espaço para lamúrias e preguiças.

O grupo de pesquisa foi dirigido por Justin Keogh.


 

Resumo de elaboração por GLÁUCIO SOARES


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 




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