A combinação da radiação com o tratamento hormonal reduz de maneira mensurável a mortalidade dos pacientes por câncer de próstata. O corte no risco é de mais de 50%. O Scandinavian Prostate Cancer Group analisou os dados que revelaram que a radiação apresentava um risco de mortalidade de 18%; porém, combinada com o tratamento hormonal o risco baixava a 8,5%. Dez anos depois do tratamento, havia um importante ganho na vida com radiação a 70 Gy. e o tratamento hormonal. Os pacientes, todos com câncer local avançado, foram divididos em dois grupos, um recebeu tratamento hormonal durante três meses e outro recebeu o tratamento hormonal mais radiação. Depois de sete anos, 70% dos pacientes que fizeram, apenas, a terapia hormonal experimentaram a volta do PSA - um sinal de que o câncer não está curado. Não obstante, no grupo com o tratamento combinado, a percentagem foi apenas 17%, um ganho considerável. Três anos mais tarde, as percentagens eram 75% e 26%: as diferenças continuavam fortes, a despeito da tendência de maior percentagem do PSA voltar em ambos grupos.
Claro que há efeitos colaterais: a radiação também não sai "barata". Os pacientes que a receberam sofreram mais problemas intestinais e 85% tiveram problemas com as ereções em comparação com 72% no grupo da terapia hormonal. Essas diferenças foram estatisticamente significativas (P<.001). A radiação ajuda muito no controle local do câncer e, por isso, dificulta o crescimento e a metástase do mesmo.