TDAH - Antes de colocar um rótulo na testa de seu filho ou de seu aluno, conheça isto
Saúde

TDAH - Antes de colocar um rótulo na testa de seu filho ou de seu aluno, conheça isto



A visualização concede a qualidade da comunicação.
Livro TDAH Crianças que Desafiam - Marise Jalowitzki



TDAH - Antes de colocar um rótulo na testa de seu filho ou de seu aluno, conheça isto:

Por Marise Jalowitzki
27.março.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/03/tdah-antes-de-colocar-um-rotulo-na.html


“ - Tenho muita raiva porque todos dizem que é uma deficiência. Então, sou deficiente! Se todos já pensam antes de que há uma deficiência, o que eles esperam de mim é nada! E o que eu espero deles? Também nada! Eu posso fazer bem melhor! Só preciso de mais tempo. E me sinto descartado! Aí, tudo se embaralha muito mais!”
A declaração é de um menino de 12 anos, que atualmente está em uma escola especial, sentindo-se, sim, bem mais valorizado do que antes, mas profundamente ressentido pelo que já passou e por estar em uma escola “com rótulo”, como ele diz.
“Os rótulos já existiam antes, agora só passo menos mal!” – diz ele.
A mãe, confusa, diz que o filho toma Ritalina desde os 6 anos. Reprovou na 5ª série, mesmo assim.
“- A gente já esperava isso. Ele já estava indo mal lá por agosto. Eu só não quis aumentar a dose.”


PENSAMENTO, VISUALIZAÇÃO E MENSAGEM FALADA
Todos nós, quando nos comunicamos, construímos imagens em nosso cérebro, de acordo com as palavras que escolhemos. Seja para falar ou para ouvir e entender o que está sendo dito, geramos imagens que condizem com as palavras. Quando qualquer ser humano ouve, ele visualiza e forma a imagem e o pensamento. Tudo tão rapidamente que quase nem nos apercebemos disso. Algumas pessoas visualizam as imagens de forma mais demorada. Alguns, por um processo mais lento mesmo; outros, por sentir prazer nessa construção. Imaginam cada pensamento, cada informação, com muita riqueza de detalhes. Como tudo parece já estar dentro de uma previsibilidade subconsciente, alunos que tem dificuldade em visualizar no "tempo determinado" pelos outros, acabam tendo também dificuldade para se expressar. Isso acontece tanto na escola como na família. No seio familiar, os demais nem sempre notam que, simplesmente, "atropelam" a fala dessa criança ou jovem. Ele acaba se calando e, muitas vezes, se abstrai, sem que isso incomode a alguém.
Repita uma ação algumas dezenas de vezes e terá criado uma "verdade"!
Sempre que uma criança ou adolescente é apressado e coagido para dar a resposta imediatamente, mais ele sente a expectativa e a impaciência dos outros; ele pressente o descrédito dos demais, a não aposta, sente que não acreditam que ele vá conseguir e a frustração toma conta. Fica cada vez mais nervoso, constrangido e irritado e, consequentemente, mais confuso.
 Einstein declarava: “Se não posso imaginar, não posso entender!”
 Atenção, "Normais" (porque estão dentro das "Normas"): É preciso mudar a atitude, deixar mais espaço para a livre expressão. Mudar o timer. Alterar a didática. O jeito de expressar.

Você sabia?

"Há crianças que pensam maravilhosamente, só que elas colocam imagens em meio a cada pensamento, o que faz com que demore um pouco mais para ser expressado! Assim nascem os poetas, os escritores, os pintores, os músicos, os contadores de historias.

Por isso, se na família ou escola o costume é interromper uns aos outros no meio da frase, impedindo alguém de completar o pensamento, saiba que a comunicação está perdida e aquele que foi interrompido, acaba por silenciar. Na recorrência, acaba não participando mais! Desiste, se abstém. Pior é que algumas famílias convenientemente aceitam esta atitude, como se dissessem: “Que bom, agora não enche mais!” Claro que talvez nem conscientemente aceitem este pensamento, mas a ação é toda de exclusão.

Repita isso algumas dezenas de vezes e se tornará uma verdade, um costume, um hábito!

Fica a sugestão:que tal trocar os papéis equilibradamente? Ao invés do mais lento ter sempre de se apressar para falar no “tempo determinado”, os demais também se exercitam, falando mais calmamente, deixando espaços entre um pensamento e outro.

Aprender a dar a vez para outro falar é exercício de sabedoria. É importante entender e aceitar que, por vezes, vale mais ouvir do que posicionar-se.

(Com base no Cap. 13, pág 172 - TDAH e Relações Familiares, Livro TDAH Crianças que Desafiam)




 
Adulto, responda: O que te move? A Crítica ou o Amor?

Em 06. setembro.2015, uma amiga encaminhou:

"- Filho, entrega o dever pra professora e vê se não vai pra Marte durante a aula. Tu anda muito em Marte, menino!
- Tá bom, mãe.
Acabei de presenciar esse diálogo enquanto a mãe arrumava a mochila do guri." (Vanessa Kober se sentindo pensativa)


... como diz Renato Russo: "Mas como chegar até à Lua com os pés no chão?" como pensar, sonhar, planejar, arquitetar, desenhar, poetar, escrever, compor, sem "ir pra Marte", Saturno, ir e voltar, muitas vezes? Pena que esta mãe repete algo que ela ouviu e aceitou como verdade, sem refletir. Apenas isso, repete, e, pior, em tom de reprimenda.


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, Educadora, 
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
[email protected] 
[email protected] 



Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta

Acesse: http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/
TDAH Crianças que Desafiam - Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família

TDAH: Crianças que Desafiam








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