Filhos de mães depressivas e fumantes também fumam mais do que os outros
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Filhos de mães depressivas e fumantes também fumam mais do que os outros





Nova pesquisa revela o peso dos hábitos e da saúde mental das mães sobre os hábitos dos filhos. A pesquisa foi feita com adolescentes de 12 a 17 anos

Se a mãe for fumante, a probabilidade de que o filho ou filha fume é três vezes maior!

Porém, se a mãe teve uma crise depressiva séria no ano anterior, o risco de que o filho ou filha fumasse seria quase o dobro, em comparação com filhos e filhas de mães que não tiveram uma crise depressiva nos últimos doze meses: 14,3% e 7,9%. Embora a hipótese de que as crises depressivas da mãe afetem menos os filhos e filhas na medida em que o tempo passa e a crise fica para trás, o que sugere uma volta à normalidade.

E combinando o fumo e a depressão da mãe?

Nesse caso, o risco de que o(a) adolescente fume é quatro vezes maior (25,3%) do que se a mãe não fuma nem teve uma crise depressiva no último ano.

Um em cada quatro adolescentes americanos vive com uma mãe que fuma. Em números absolutos, isso significa muitos milhões de adolescentes que são fumantes.

Um em cada dez vive com uma mãe que teve um sério episódio depressivo no ano anterior. Em números absolutos esse dado também significa que milhões de adolescentes são atingidos anualmente por uma crise depressiva materna em casa.

Felizmente, a combinação entre essas duas condições maternas é menos freqüente e apenas um em 27 vive com mãe que fuma e teve uma crise depressiva.

Esses dados atestam, mais uma vez, que o impacto do comportamento materno sobre os filhos é muito grande e isso se aplica tanto a aspectos positivos quanto negativos.

O fumo entre adolescentes não é, apenas, um problema de saúde pública, demonstrado pelo crescimento de uma gama muito ampla de doenças: é, também, um fenômeno de interesse criminológico porque o fumar se correlaciona com outros comportamentos indesejáveis e problemas com a lei: se correlaciona com o alcoolismo, com o consumo de drogas, com o fracasso escolar, com problemas disciplinares na escola, com a delinqüência juvenil e mais.

Felizmente, as campanhas de educação e de conscientização estão surtindo efeito e a percentagem de adolescentes que fumam vem caindo: era 13% em 2002 e 9,3% em 2008. Não obstante ainda é um sério problema de saúde pública: anualmente, perto de um milhão e meio de adolescentes americanos passam a fumar regularmente.

Esse trabalho foi baseado em mais de sete mil adolescentes e suas mães retirados de uma pesquisa maior, a SAMHSA's National Survey on Drug Use and Health.

E no Brasil?

Não temos dados confiáveis desse tipo. Temos outros estudos menos sistemáticos, mas a direção de algumas das relações são provavelmente semelhantes, embora os números devam ser muito diferentes.

Não obstante, até certo ponto, podemos e devemos basear políticas públicas em pesquisas semelhantes feitas em outros países, particularmente naqueles casos em que os países forem muito diferentes entre si, mas os resultados, semelhantes, apontam na mesma direção. É uma dependência de um "conhecimento importado" que só superaremos quando realizarmos regularmente as pesquisas necessárias para alicerçar as políticas públicas.



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