Considerando tais aspectos mencionados acima, decidimos através desse trabalho avaliar o prazo de validade determinado pelas indústrias, estabelecendo uma comparação entre a validade dos produtos vendidos a granel e os industrializados.
Dados coletados nos supermercados, no dia 22/10/11:
Ø Supermercado X
Queijo minas frescal Vindanata
Queijo minas frescal Sítio Real
FAB: 10/10/11 ; Val: 10/11/11.
Queijo minas frescal Barão
FAB: 10/10/11 ; Val: 13/11/11.
Condições de armazenamento: temperatura 15ºC, em balcão refrigerado aberto.
Obs: Alguns queijos apresentavam aspecto pastoso, com separação de soro (líquido amarelado dentro da embalagem).
Ø Supermercado Y:
Godan: FAB: 14/10/11 ; Val: 13/11/11.
Sol brilhante: FAB: 12/10/11 ; Val : 05/11/11
Condições de armazenamento: Refrigeração até 8ºC
Ø Supermercado Z
Queijo minas frescal Vindanata
Condições de armazenamento: balcão refrigerado fechado. Temperatura 8ºC
Ao conversar com o gerente de alguns supermercados, estes informaram que no momento da entrega do produto, é feita uma inspeção de todo o lote que está recebendo e caso não esteja em conformidade com as respectivas especificações, inclusive de temperatura, o produto é recusado.
Obs: Os nomes do mercado foram mantidos em sigilo.
Tendo em vista todos os dados coletados, observamos indícios de deficiências no sistema de comercialização desses produtos, visto que o Supermercado Guanabara armazena o produto em um temperatura de 15ºC,acima, portanto, do máximo estabelecido na legislação. Este fato configura não conformidade com risco à saúde dos consumidores, uma vez que o acondicionamento inadequado favorece a proliferação de microorganismos potencialmente causadores de doenças; o que inclusive pode justificar o aspecto do queijo exposto para o consumidor.
A partir disso, começamos a questionar a importância do prazo de validade. Por que do que adianta existir o prazo de validade (em que teoricamente o produto ainda estaria próprio para o consumo) se o produto não é armazenado conforme a temperatura estabelecida?
A temperatura de armazenamento é, sem dúvidas, um parâmetro crítico, se o queijo não estiver devidamente armazenado (na temperatura adequada) aumenta-se a susceptibilidade a contaminações microbianas. Logo, ainda dentro do prazo de validade (mas com um armazenamento incorreto) o queijo pode tornar-se inaceitável ou até mesmo impróprio para o consumo.
Caso um produto esteja impróprio para o consumo, a indústria simplesmente alegaria uma inadequação do armazenamento no mercado. Mas quem garante o adequado transporte? Ou até mesmo nos procedimentos ideais pós-produção? É imprescindível que todos os responsáveis pelo oferecimento do produto ao consumidor respondam solidariamente pela falta da qualidade, porque isso iria requerer um cuidado maior de ambas as partes, para a garantia da qualidade, e consequentemente o consumidor ficaria mais satisfeito ao comprar o produto.
Tendo em vista todos os aspectos observados, não basta apenas seguir o prazo de validade, ou comprar um produto baseado apenas nesse princípio, é necessário que nós, como consumidores, saibamos nos manter alertas, analisando todo o conjunto do produto.
É importante que o consumidor esteja atento para observar a temperatura de armazenamento do produto no mercado, não comprando se a gôndola não estiver refrigerada ou com temperatura suspeita a embalagem estiver danificada. É também essencial, observar a aparência do produto: a cor do queijo, a cor do soro, o cheiro e, se o produto for fatiado, se não apresenta pequenos buracos. O ideal seria comprar produtos o mais próximo possível da data de fabricação.
Principais alterações nos queijos e recomendação ao consumidorAssim que o alimento chega a nossa casa, temos que seguir algumas regras de conservação e manipulação para manter a integridade nutricional e sensorial desse alimento: é de extrema importância a maneira pelo qual o queijo é acondicionado. Para isso é importante: