Perto de metade dos pacientes do cancer da próstata enfrentam metástases ósseas, que são muito dolorosas. Elas são predominantemente osteoblásticas, facilitando fraturas e suas conseqüências, inclusive a morte. Esse tipo de metástase freqüentemente produz uma síndrome, chamada Síndrome da Dor Crônica. Em países desenvolvidos, metade dos pacientes com essa síndrome são adequadamente tratados, metade não. É, para mim, impossível calcular esses dados referentes ao Brasil. Entretanto, são exatamente esses pacientes os melhores candidatos para tratamento com radionuclídeos.
Essa pesquisa examinou sessenta pacientes que não respondiam mais ao tratamento (anti)hormonal e que tinham, mais de cinco lesões ósseas constatadas através de scans dos ossos.
Quantas doses deveriam ser dadas? Afinal de contas, estamos falando de injetar elementos radioativos. Para responder, os pacientes foram divididos em três grupos: um que recebeu uma dose; outro que recebeu duas doses e o terceiro que recebeu três ou mais.
No que concerne a redução da dor nos ossos, há duas conclusões:
1. As aplicações são eficientes, com perto de 90% (ou mais) afirmando redução na dor e
2. Não há diferenças entre os que receberam uma, duas ou três ou mais aplicações.
A terapia com radionuclídeos (188Re-HEDP) oferece bons resultados e agora nós, pacientes, aguardamos experimentos Fase III para poder usufruir dos benefícios dessa terapia.
Saiba mais: "Palliation and Survival After Repeated 188Re-HEDP Therapy of Hormone-Refractory Bone Metastases of Prostate Cancer: A Retrospective Analysis," em The Journal of Nuclear Medicine, novembro de 2011.
GLÁUCIO SOARES