Bullying: prática de agressividade repetitiva
Saúde

Bullying: prática de agressividade repetitiva


Definido como prática de agressividade repetitiva entre crianças e adolescentes, expresso através de perseguições, humilhações e intimidações, esse fenômeno chega mesmo a ser caraterizado como uma nova síndrome, denominada Síndrome de Maus-Tratos Repetitivos.



Atualmente o mundo se encontra em um processo árduo e lento de transfomação, um processo de mudanças de conceitos e valores que assola sobre toda a sociedade e recai em peso máximo sobre as escolas. Essas que tentam se manter como instituição que agregam valores de formação social, cultural e moral. 

E é nesse cenário de mudanças em meio a as diferenças e desigualdades,  que a escola se torna palco principal de uma prática crescente e cruel de intolerância, agressividade e violência. Um evento que dissemina-se entre as relações dos mais diversos indivíduos da sociedade escolar, principalmente entre alunos/alunos, alunos/professores e professores/alunos.

O bullying está presente como forma de agressividade física ou psíquica e está  nas definições de classe, raça e gênero, pesando sobre as diferença presente entre grupos e/ou indivíduos. Um ato cruel de discriminadão e desrespeito ao próximo que acarreta graves consequências e um prejuízo inestimável na formação de valores, autoestima, aprendizagem e socialização,  que reflete diretamente na sociedade, de forma negativa principalmente no que se diz respeito a convivência  e boa relação social.

Tem-se em vista ainda, o  bullying, como evolução natural de um contexto histórico de relações sociais e de poder. Uma luta de classes sociais, políticas e de gênero que sempre esteve presente, desde os tempos antigos, como podemos evidenciar na Idade Média, onde uma minoria dominante citava regras e usava do "poder" para fazê-las valer. 

E também se usava desse mesmo "poder" para a humilhar aqueles que não se adequassem a essas regras. E sendo essa pratica uma pratica histórica entre as relações humanas, torna-se a mesma, digna de maior atenção e preocupação, pois está diretamente ligada a cultura e a formação social, o que dificulta o seu rompimento.

Por fim, o bullying  está em evidência e deve ser trabalhado de forma séria pelas autoridades e pela sociedade em geral, tendo em vista, ainda, o efeito negativo que o mesmo causa na construção da indenidade de crianças e adolescente que sofrem agressividades físicas e verbais, dentro ou fora das escolas. É preciso um olhar minucioso e cuidadoso, de forma a buscar uma possível solução, ou, ao menos amenização desse quadro de agressividade gratuita que se instalou com tanta velocidade na sociedade.

Baseado, em parte, no artigo: "ELES ME CHAMA DE FEIA, MACACA, CHATA E GORDA. EU FICO MUITO TRISTE - CLASSE ,  RAÇA E GÊNERO EM NARRATIVAS DE VIOLÊNCIA ESCOLAR." - (Anderson Ferrari)
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