Saúde
Desencadeantes de enxaqueca: abordaremos os mais importantes e tratamento
A enxaqueca é uma doença neurológica crônica, incapacitante, que afeta 15% da população no Brasil. Os sintomas são: dor latejante, de um lado da cabeça (pode ser dos dois), de moderada a forte intensidade, incômodo com a luz e o barulho, enjôo.
Pode ocorrer alterações na vista como pontos luminosos, escuros, linhas em zig zag que antecedem ou acompanham as crises de dor.
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Muitos são os desencadeantes possíveis
Preocupações excessivas.
Ansiedade, tensão, estresse, preocupações excessivas, antecipação de fatos do futuro negativos, ameaçadores. Quando se antecipa uma tragédia do futuro (que normalmente não acontecem) aquele acontecimento passa a acontecer e é percebido como real para o organismo, o cérebro, então ele dispara seus sistemas de defesa, como o sistema de dor, desta forma começam muitas crises de enxaqueca.
Ficar sem comer.
O jejum é o aspecto alimentar mais importante para desencadear dores de cabeça, o ficar sem comer pode gerar uma baixa no açúcar do sangue, com a produção de substâncias que causam dor. O segredo é comer algo a cada 3 ou 4 horas, e também não exagerar na comida quando passar longo tempo em jejum.
Dormir mal.
Bom sono é uma condição fundamental para o bem estar de uma maneira geral, e também para o equilíbrio das enxaquecas e outras dores de cabeça. Dormir pouco, dormir muito, demorar para pegar no sono, acordar no meio da noite, roncar e ter sonolência de dia, ir dormir e acordar muito tarde são todos possíveis desencadeantes de dor de cabeça.
Ciclo hormonal.
A temida TPM carrega consigo crises de cefaleia, as enxaquecas na mulher tendem a ser mais concentradas no período menstrual ou pré-menstrual. Irregularidades menstruais, endometriose, ovários policísticos, reposição hormonal, podem ser fatores por trás de agravamentos de enxaquecas, mas por outro lado, quando os hormônios se equilibram, quer seja na gravidez (quando a placenta produz níveis contínuos de hormónios), na menopausa, ou com a prescrição de anticoncepcionais contínuos, as crises tendem a amenizar.
Irritação e alterações do humor.
A irritabilidade aparece normalmente junto como uma crise de enxaqueca, mas também pode ser um motivo gerador de novas dores. Altos e baixos no humor, pavio curto, passar muito raiva (guardando ou explodindo, tanto faz), impaciência, irritação são combinações explosivas para desencadear uma enxaqueca. Tudo o que for feito no sentido de relaxar, acalmar, treinar a paciência é util.
Excesso de cafeína.
Tomar muito café, bebidas cafeinadas (coca-cola, chás pretos), chocolates, e até mesmo analgésicos que contenham cafeína são provocadores de enxaqueca. A conta que deve ser feita é pela quantidade de cafeína em cada produto ingerido, um café expresso tem cerca de 80 mg, um café coado 50 mg, permitimos até uma ingesta de 200 mg de cafeína por dia, evitando o uso após as 18 hs. Parar repentinamente o café também não é bom, ocorre a abstinência de cafeína, normalmente comum em quem toma cafezinhos aos montes no meio da semana e no final de semana não toma nada, ou muito menos, pode ter a enxaqueca no final de semana por conta disto.
Exercícios físicos, ou melhor, a falta deles, é também elemento importante. Realizar exercícios evita que venham as crises de dor de cabeça, o organismo produz endorfinas, regulariza a produção de neurotransmissores como a serotonina, melatonina, o organismo se torna mais saudável, mais resistente a dor. Mas não adianta querer começar ja correndo uma maratona, tem que ter a determinação para realizar com frequência.
Uso excessivo de analgésicos. Conceito fundamental para todos terem: analgésicos não tratam a enxaqueca, só aliviam a intensidade e duração das crises, depois é claro que ela já se instalou, e quando as crises são frequentes, o uso de analgésicos pode vir a cronificar, piorar, agravar a enxaqueca, tornando-a mais resistente, mais frequente. O tratamento da enxaqueca preventivo com remédio e/ou sem remédio deve ser instituído.
Outros alimentos como o chocolate, frutas cítricas, alimentos muito gelados (sorvetes), nozes, alimentos gordurosos, condimentados, ricos em glutamato monossódico, muito presente em salgadinhos, em molhos (aji-no-moto), adoçantes podem agravar as enxaquecas. Em quem tem intolerância `a lactose, leite, queijo e derivados devem ser evitados, ou a suplementação da lactase, a enzima que transforma a lactose (o açucas do leite) em glicose.
Genética. Nada a fazer a não ser reconhecer rapidamente a enxaqueca na infância, adolescência, início da vida adulta em filhos de pessoas que sofrem com a enxaqueca, para que ela possa ser tratada adequadamente, preventivamente, evitando que as crises apareçam e que a enxaqueca se desenvolva até um estágio crônico.
Tratamento
Seu médico pode escolher entre vários tipos diferentes de medicamentos, inclusive:
Triptanos, os medicamentos mais frequentemente prescritos para interromper os ataques de enxaqueca, como almotriptano (Axert), frovatriptano, rizatriptano (Maxalt), sumatriptano (Sumax e Imigran) e zolmitriptano (Zomig)
Ergots como diidroergotamina ou ergotamina com cafeína (Cafergot)
Isometepteno (Neosaldina)
Esses medicamentos vêm em diferentes formatos. Aos pacientes que têm náuseas e vômitos com as enxaquecas, podem ser receitados sprays nasais, supositórios ou injeções, em vez de comprimidos orais.
Reduzindo os ataques: Se você tem enxaqueca frequentemente, seu médico pode receitar medicamentos para reduzir o número de ataques. Esses medicamentos precisam ser tomados diariamente para que sejam eficazes. Esses remédios podem incluir:
Antidepressivos como a amitriptilina
Medicamentos para a pressão arterial, como os bloqueadores beta (propanolol) ou bloqueadores do canal de cálcio (verapamil)
Medicamentos anticonvulsivos, como valproato, gabapentina e topiramato
Inibidores seletivos da recaptação de norepinefrina (SNRIs), como a venlafaxina
Injeções de toxina botulínica (Botox) também podem ajudar a reduzir os ataques de enxaqueca.
Tratando os sintomas
Outros medicamentos são administrados principalmente para tratar os sintomas da enxaqueca. Usados separadamente ou em conjunto, essas drogas podem reduzir a dor, náuseas e o estresse emocional.
Os medicamentos desse grupo incluem:
Medicamentos para as náuseas como a proclorperazina
Os analgésicos de venda livre como o acetaminofeno (Tylenol)
Sedativos como o butabarbital
Medicamentos narcóticos como a petidina
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como o ibuprofeno
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