Enzalutamida, antes conhecido como ‘MDV3100’, amplia a esperança de vida de pessoas com cânceres metastizados. O ganho é semelhante ao de outros medicamentos recentes. Como a praxe é concentrar em pessoas com cânceres muito adiantados, que já passaram por tratamento hormonal (e o câncer se tornou resistente a esse tratamento) e alguns pela quimioterapia. Na mediana, a extensão da vida é de cerca de cinco meses: os do grupo experimental vivem mais 18 meses e meio, e os do grupo controle vivem mais treze meses e meio. A mediana simplesmente significa que metade vive menos do que esse tempo e metade vive mais.
Há outros benefícios relacionados com a enzalutamida: a qualidade da vida melhora substancialmente, a dor que é infernal em muitos casos em que há metástase óssea também é muito reduzida pelo tratamento, os pacientes exibem mais energia, apetite, otimismo disposição. Muitos que, antes, simplesmente esperavam a morte, passaram a viver a vida.
Quando teremos acesso a esse medicamento?
Quem o fabrica, a Astellas, solicitou permissão à European Medicines Agency (EMA) para fabricá-lo e vendê-lo. Talvez esteja nas prateleiras européias ainda este ano. Essa previsão se baseia no tempo que outro medicamento com benefícios semelhantes, a abiraterona, precisou até ser aprovado.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ