Cresce a enzalutamida! Novos dados mostram que ela afasta a morte durante alguns meses e protela o avanço do câncer durante muitos meses – na mediana.
Ela não foi testada em todos os estágios do câncer. Foi testada e aprovada para uso quando os pacientes não respondem mais a terapias hormonais padronizadas, como o Lupron.
Quais os resultados? A enzalutamida, primeiro, retarda o progresso da doença: ela estaciona um tempo ou avança mais devagar – um ganho de 81% no avanço. Além disso, ajuda a viver mais: 29% a mais dos pacientes estavam vivos no momento da observação.
Em que estágio estão esses pacientes? Não respondem mais à terapia hormonal, mas ainda não fizeram quimioterapia.
Estou convencido de que os fabricantes estão testando a enzalutamida em pacientes menos e mais avançados. Afinal, interessa a quem fabrica e vende aumentar o mercado. Mas os benefícios comparativos têm que ser demonstrados ou a FDA não aprova.
Há poucos anos, os pacientes que já não respondiam à terapia hormonal tinham poucas opções. O site European Urology indica que os que já não respondem à terapia hormonal (mCRPC) e tinham metástase sobreviviam ≤19 meses (19 meses ou menos). O avanço da doença determina queda na qualidade da vida. Até recentemente, havia pouca esperança de viver, e viver bem, mais uns anos.Já em Medscape encontrei, também em referência ao passado recente, que os pacientes no estágio (mCRPC) teriam apenas 12 meses de vida.
O que interessa a nós pacientes são os ganhos na expectativa de vida e na qualidade da vida.
O que é a Enzalutamida? É uma terapia hormonal de segunda geração. A primeira tinha medicamentos baseados na bicalutamida, flutamida e na nilutamida.
Os medicamentos cuja exclusividade de fabricação e/ou distribuição para uma empresa continua válida são muito caros e raramente podem ser pagos pelos pacientes. Terminado o prazo de validade da patente, outras empresas começam a fabricá-los e os preços despencam.
GLÁUCIO SOARES IESP-UERJ