O figo é uma fruta extremamente energética por ser rica em açúcar. Por isso, é classificado como um dos alimentos favoritos das pessoas que gastam muita energia em exercícios musculares.
Apesar do alto índice de açúcar, a fruta é bastante saudável, pois também concentra em si uma variedade de sais minerais, dentre os quais destacam-se o potássio, o cálcio e o fósforo, cujo papel é contribuir para a formação de ossos e dentes, evitando a fadiga mental e colaborando para a transmissão normal dos impulsos nervosos.
Entre outros benefícios, o figo fresco é considerado um ótimo expectorante, indicado para inflamações do aparelho respiratório, como tosses e catarros.
Uma propriedade medicinal bastante conhecida por sua eficácia, é a utilização do figo seco. Uma vez que for bem triturado, ele pode ser aplicado em compressas quentes, com o objetivo de amadurecer e desfazer abcessos e furúnculos. Além disso, as sementes fazem dele um laxante ativo e suave, estimulando a musculatura do intestino.
Para normalizar a função intestinal, muitas pessoas tomam água de figos (secos ou frescos), durante o período da manhã, em jejum, e à noite ao deitar. Este processo auxilia na expulsão de vermes intestinais.
Recomenda-se a ingestão da fruta às pessoas que são portadoras de doenças do fígado e vesícula biliar. Por outro lado, exite a contraindicação para os que sofrem de acidez do estômago, artrites ou obesidade.
Em boas condições, o figo fresco deve ser conservado na geladeira por até uma semana e seu período de safra vai de janeiro a abril.
Os figos são consumidos frescos, secos, preservados, cristalizados ou enlatados. O valor nutritivo dos figos muda conforme a variedade e reside em seu conteúdo de sais minerais e açúcar, sendo um dos frutos de clima temperado que possui mais cálcio. Possui ainda cobre, potássio, magnésio, sódio e traços de zinco.
O figo é um fruto altamente energético. A figueira-comum, também designada como figueira-da-europa, figueira-de-baco, figueira-de-portugal, figueira-do-reino e figueira-mansa (Ficus carica) árvore da família Moraceae, que pode atingir em média oito metros de altura.
É originária da região do Mediterrâneo e o seu uso iniciou-se na Idade da Pedra. Trata-se de umas das primeiras plantas cultivadas pelo homem. O figo comestível é o fruto da figueira-comum.
A figueira é a primeira planta descrita na Bíblia, quando Adão se veste com suas folhas, ao notar que está nu. Seus ramos frágeis possuem folhas recortadas, tendo entre cinco e sete lobos; suas flores de pequeno tamanho desenvolvem-se no seu interior quando ainda são inflorescências.
Os figos de Ficus carica e de outras plantas do gênero Ficus podem constituir uma inflorescência se possuirem somente flores e uma infrutescência se as flores forem fertilizadas e se transformarem em pequenos aquênios, frutos, que contêm a semente.
Os figos são de estruturação carnuda e suculenta, têm a coloração branco-amarelada até roxa, são comestíveis e altamente energéticos pois são ricos em açúcar.
Os figos de Ficus carica podem ser provenientes de plantas masculinas ou femininas, embora os figos comestíveis sejam da planta feminina. O figo da planta masculina é designado por caprifigo, e não é comercializado; a sua designação provém do seu uso antigo na alimentação de cabritos.
No cultivo de figos, na Europa, é comum levar caprifigos à plantação de figueiras para que as vespas do caprifigo fertilizem os figos das plantas femininas, num processo designado por caprificação.
A planta é subtropical e tradicionalmente cultivada no Sul e Sudeste do Brasil, mas a irrigação e podas expandem a lavoura para o semi-árido .
O figo é um sicônio ou fruto composto (infrutescência). O receptáculo carnoso, de casca fina e macia e formato periforme, comestível, de coloração branco-amarelada até roxa, conhecido como "figo", encerra em seu interior os inúmeros frutos desta espécie, que são freqüentemente confundidos com sementes.
Árvore de crescimento amplo, caducifólia (perde as folhas no inverno), bastante ramificada e com até 10 metros de altura. O caule é tortuoso e a casca cinzenta e lisa, os ramos são frágeis. Flores muito pequenas desenvolvem-se no interior da chamada fruta do figo, quando ainda verdes.
Os quatro tipos da planta são estabelecidos conforme as características de suas flores e formas de frutificação, a saber:
- caprifigo (Ficus carica silvestris): único tipo de figo que apresenta, quando maduro, estames fornecedores de pólen às demais variedades. Também é o único que apresenta flor apropriada para oviposição e desenvolvimento da vespa polinizadora Blastophaga psenes. Na simbiose entre o caprifigo e a vespa, o inseto não vive por muito tempo fora do caprifigo. Por outro lado, a grande maioria dos caprifigos não chega a amadurecer se não houver o estímulo provocado pela presença de larvas da vespa em seu interior;
- smyrna (Ficus carica smyrniaca): neste tipo de figo, a caprificação (fecundação das flores do figo pelo pólen transportado pela vespa) é indispensável. Sem este estímulo e sem a formação de sementes, as frutas da produção principal enrugam e caem ao atingirem cerca de 2 cm de diâmetro. Figos do tipo smyrna são mais doces, firmes e duráveis após a colheita que os do tipo comum;
- comum (Ficus carica violaceae ou F. carica hortensis): neste tipo, as flores são exclusivamente femininas. Os figos tipo comum desenvolvem-se partenocarpicamente, ou seja, não necessitam da caprificação (polinização).
- São Pedro (Ficus carica intermedia): as plantas deste tipo são intermediárias entre as do tipo smyrna e comum. Os figos têm apenas flores femininas. Enquanto as flores dos figos da primeira safra são partenocárpicas, as da segunda safra não se desenvolvem até a maturidade sem o estímulo da fecundação. As variedades mais cultivadas no mundo pertencem ao tipo comum, assim como no Brasil – onde, embora existam cerca de 25 cultivares de figueira, a variedade roxo de Valinhos é a mais cultivada comercialmente e pertence, também, ao tipo comum.
Cultivo: A figueira é uma das árvores que melhor responde à poda, com uma grande brotação. A época recomendada para realizar a poda é no inverno, quando a árvore está em repouso, com o crescimento vegetativo paralisado.
A poda da figueira geralmente é drástica, eliminando-se praticamente toda a copa. Utiliza-se uma tesoura bem afiada, cortando-se os ramos acima dos nós e nunca sobre eles, pois é de onde surgem os novos ramos. No final, devem restar apenas três ou quatro nós em cada ramo.
A exigência de frio para quebra da dormência das gemas na figueira é de 100 a 300 horas (abaixo de 7,2ºC). No entanto, a figueira se adapta bem a regiões de clima quente (a figueira tolera temperaturas de até 35ºC a 42ºC), com a vantagem adicional de poder-se produzir frutas durante o ano todo, com a irrigação e a poda condicionando a frutificação. Nas regiões quentes, as safras são maiores e os figos, mais doces.
A figueira está sujeita ao ataque de diversas pragas e doenças, que se não forem convenientemente controladas, tornam a cultura antieconômica. Sucessivas gerações de propagação vegetativa (mudas produzidas a partir de partes de uma mesma planta por enxertia, estaquia ou outro meio) provocam degenerações, deixando as plantas mais sensíveis às doenças. O produtor deve comprar as mudas em viveiros registrados e fiscalizados, garantido a ausência de pragas e doenças.
A produção se concentra no Sudeste de novembro a abril e, no Sul do país, de janeiro a abril. Um pomar bem formado, depois do sexto ano de idade, pode produzir 20 a 30 toneladas de figos maduros/ha, o que equivale a 15 a 25 kg/planta, com estande de cerca de 1.600 pés/ha.
A colheita e pós-colheita devem ser realizadas com extremo cuidado, evitando-se danos físicos aos frutos. Os frutos são retirados manualmente das árvores, um a um, com todo o pedúnculo e colocados em caixas de colheitas forradas (palha, espuma ou outro material). O látex ou “leite” produzido pela planta é irritante, devendo a colheita ser realizada com proteção das mãos.
Usos: O figo é consumido fresco ou industrializado. De acordo com sua destinação futura, os frutos das figueiras devem ser colhidos em diferentes estágios de maturação.
Mercado: Os figos verdes se destinam basicamente à industrialização de doces em compotas; os inchados são usados para a produção do figo-rami, espécie de passa de figo; e os maduros são destinados à produção de doces em pasta (figada) ou para consumo “in natura”.
O figo, quando destinado à produção de figo em calda, figo-rami e doces, é colhido 20 a 30 dias antes do figo para a mesa. A colheita é feita quando a cavidade central estiver completamente cheia.
A árvore parece existir desde o início dos tempos e há indicações de que seu fruto já era consumido na Idade da Pedra. Originário da Ásia Menor e abundante em todo o Oriente Médio e no Mediterrâneo, o figo comestível, fruto da figueira "carica" (uma das quase mil espécies dessa árvore), é comum em suas regiões de origem, mas, no Ocidente, já foi iguaria rara e nobre.
Luís 14, rei da França de 1661 a 1715, levou as plantações de figo ao seu país exclusivamente para abastecer a mesa real. E até hoje os franceses tentam manter o caráter exclusivo da fruta. A principal região produtora francesa, Solliès-Pont, conseguiu recentemente obter para o seu figo a "denominação de origem controlada" - a mesma classificação que distingue, por exemplo, um champanhe ou um bordeaux de outros tipos de vinhos.
Figo é fruta bastante rica em diversos nutrientes, como potássio e fibras. Mas as grandes "grifes" em figo são a Turquia, o Egito, a Grécia e o Irã, os maiores produtores. A Turquia é a grande exportadora de figos secos e prensados. Do Irã vem um figo exótico, pouco maior do que uma avelã, bastante valorizado na alta gastronomia.
Para aproveitar melhor a fruta sazonal e bastante frágil (sua "vida de prateleira" é de cerca de uma semana), costuma-se desidratar o figo. "Na culinária da bacia arábica, da Turquia e da Grécia, por exemplo, há uma infinidade de doces feitos com figo seco e prensado", diz Ivan Achcar, chef do restaurante Epice, de São Paulo.
A utilização de figos frescos em pratos salgados é mais característica da cozinha contemporânea, acredita Achcar. Em gomos, valoriza saladas verdes. Também é possível levar o figo fresco ao fogo ou ao forno, mas essa operação é um pouco mais complicada. "A cocção tem de ser muito rápida, para a fruta não desmanchar", explica o chef, que sugere enrolar o figo em fatias de bacon e levar por alguns minutos ao forno ou preparar uma redução de vinagre balsâmico para caramelizar rapidamente a fruta.
Fresco ou seco, o figo tem muitas fibras. "Por isso, ajuda na função intestinal e aumenta a sensação de saciedade", diz a nutricionista Laura Contin Algodoal, da Sociedade Brasileira de Estudos em Nutrição. É também rico em potássio, o que o torna um bom alimento para ser consumido após atividades físicas. A nutricionista recomenda comê-lo sem a casca, que normalmente contém muito agrotóxico e, para quem está de regime, dar preferência à fruta fresca, bem menos calórica --as cerca de 70 calorias por 100 gramas do figo fresco saltam para 140 na versão seca.
O conteúdo de açúcares nos figos aumenta devagar nas primeiras etapas do desenvolvimento e rapidamente no final, chegando a uma concentração de 20,7% de açúcares no suco do fruto - sendo que o conteúdo total de açúcares dos figos frescos varia de 13 a 20% e dos figos secos de 42 a 62%. O açúcar presente está na forma de açúcares invertidos. Nos figos secos, a distribuição de açúcares é em torno de 50% de glucose, 35% de frutose e 10% de sacarose.
O ácido principal nos figos maduros é o ácido cítrico, contém também ácidos: acético, málico, ascórbico, aspártico e oxálico. Das enzimas presentes, a masi importante, é a ficina que tem uso como amaciador de carne. Outras enzimas isoladas são peroxidase e lisozimas.
A proteína do figo é de bom valor biológico, contendo todos os aminoácidos essências. Os mais abundantes são o ácido aspártico e ácido glutâmico, sendo pobre nos aminoácidos triptofano e metionina.
A textura do fruto vai mudando com o amadurecimento, ficando mais macio quando está pronto para ser consumido. Isto acontece por ação de enzimas que atuam na hidrólise do amido; na transformação dos constituintes da celulose e pela conversão da protopectina solúvel.
É importante consumir o figo com a sua pele - pois ela é rica em fibras, proteínas, sais minerais, goma e mucilagem - tendo o cuidado de lavá-lo bem, para retirar o pó branco que é colocado para proteger o fruto de fungos.
O conteúdo do látex do figo é maior na fruta verde e serve para coalhar o leite, sendo de 30 a 100 vezes mais potente que o coalheiro preparado do fato dos animais ruminantes.
Uso medicinalAs folhas em cozimento são usadas para dor de estômago. Em Porto Rico e Argentina, usam 3 folhas secas fervidas por 15 minutos, para baixar a glicemia. Por enquanto, em Cuba, Venezuela, Colômbia e Curaçao, o cozimento das folhas é usado para tosse e problemas do peito, como bronquite. Folhas aquecidas em água fervendo são usadas como cataplasma sobre calos.
O fruto é considerado um laxativo suave, acredita-se que esse efeito seja provocado pela presença da sacarose no fruto fresco e na fruta seca, pelas sementes que não são digeridas, como também pela pele rica em fibras. Na farmacopéia Britânica existem laxativos preparados a base de figo - sena -casca sagrada e ruibarbo. Os figos cozidos no leite, usar na forma de bochechos e gargarejos.
Na coqueluche, para aliviar a tosse, em jejum, utilizar um figo deixado de molho no vinho ou álcool de cereais. Os figos são também úteis na prevenção das anemias nutricionais, por serem ricos em cobre e ferro.
Na china, os frutos ainda verdes cozidos com carne de porco, são usados como tônico e também para aumentar o leite nas lactantes.
O leite e o látex que saem do fruto verde e do talo, são cáusticos e utilizados sobre calos e verrugas. No México, é usado para obstrução intestinal e aplicado em feridas e abscessos. Por via oral, na Índia, é utilizado contra vermes (trichiuria e áscaris), esse fato deve-se a ficina, enzima proteolítica que digere vermes vivos. Deve ser administrado com bicarbonato de sódio para evitar ser destruído pelo ácido clorídrico do estômago.
A casca do tronco cortada fina e colocada dentro da narina, serve para estancar hemorragias.
Outros UsosAs folhas amassadas são aplicadas no rosto para clarear manchas. Obs.: Não ficar no sol para evitar a dermatite causada pelo efeito tóxico do bergapteno.
Composição QuímicaA folha contém grande número de compostos entre eles: xantotaxol, marmesina, bergapteno, quercitina, rutina, isoquercitina, estiguimasterol, sitosterol, tirosina, ácido cerotírico, ficusina, glutamina e papaína. Sais Minerais como cálcio sílica e potássio. Enzimas como protease, lipase e diastase. O látex ou leite, contém enzimas proteolíticas e ficina.
Na fruta fresca, os principais ácidos são: cítrico, acético, pequenas quantidade de ácido málico, bórico e oxálico. O conteúdo de ácidos vai de 0.1% a 0.44%, como o ácido cítrico. Contém também goma, mucilagem e pentoses. As sementes produzem um óleo com predominância de ácidos insaturados 85,66% e saturados 8,46%, sendo os principais ácidos: oléico 18,99%, liniléico 33.72%, linolênico 32,95%, palmítico 5,23%, esteárico 2,18% e araquídico 1,05%.
ToxidadeA furanocumarina bergapteno, presente nas folhas, apresenta fototoxicidade, produzindo dermatite, bolhas e hiperpigmentação como resultado de contato com a planta e exposição ao sol.
FONTEhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Figo
http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura/o-setor/frutas-de-a-a-f/figo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/comida/ult10005u326314.shtml
http://www.agrov.com/vegetais/frutas/figo.htm
http://gcnreceitas.wordpress.com/2011/04/20/figo-o-favorito-dos-atletas/
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