Saúde
Importância do Ômega-3
O ômega-3 é um ácido graxo essencial que nosso organismo não produz, portanto, devemos consumí-lo.
Os principais ácidos graxos polinsaturados Ômega-3 são: alfa linolênico( ALA), docosahexaenóico (DHA), eicosapentanóico (EPA).
A palavra lipídio é derivada do grego “lipos”, que significa gordura. Lípides são compostos necessários para funções orgânicas, bioquímicas, estruturais e regulatórias. Os lipídios são moléculas orgânicas, constituídas por grupos de ácido graxo AG.
Os alimentos fontes de Ômega 3 de origem vegetal são fontes de ALA e no organismo é convertido em DHA e EPA, já os alimentos de origem marinha, possuem DHA e EPA. Nos peixes de água profunda e geladas eles já são biodisponíveis para serem utilizados no organismo.
Vários peixes são rica fonte de AG ômega-3, lembrando que somente os peixes de águas profundas e geladas são fonte desse ácido graxo essencial que é o ômega-3 como: mequerel, truta, hering, atum, arenque sardinhas, bacalhau, albacore, atum, e salmão. Cerca de 2 a 4 g de ômega- 3 ao dia podem diminuir triglicerídeos séricos em 20% a 40%. Quantidade de ácidos graxos ômega-3 a ser ingerida diariamente por homens e mulheres para se alcançar a recomendação de se atingir aproximadamente 1 g de ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) por dia .
Óleo de peixe Poliinsaturados ômega-3 tem efeito antiinflamatório , desse modo, pode ser benéfico em condições inflamatórias. A obesidade produz processo inflamatório através das células adiposas, portanto, pessoas obesas devem fazer uso do ômega-3.A ingestão de peixes e vegetais contendo AG ômega-3 ajuda na prevenção de doença coronariana e de arritmias assim como no tratamento da doença cardiovascular, através de suas ações reduzindo altos níveis séricos de triglicerídeos e outras lipoproteínas, no crescimento da placa aterosclerótica e na manutenção da pressão sanguínea.
Ômega 3 e câncer: possuem efeito antitumoral devido a imunomodulação, ação antinflamatória e inibição direta da proliferação celular de tumores, devido a alteração da produção da prostaglandina E2. Pacientes em tratamento de câncer devem consumir o ômega-3.
Ômega 3 e inflamação: influencia na secreção de citocinas proinflamatórias, promovem a incorporação de EPA nos fosfolipídeos de membrana. O EPA inibe a oxidação do ácido araquidônico pela ação da enzima COX.
Ômega 3 e doenças cardiovasculares:A suplementação de EPA e DHA podem aumentar os níveis de HDL- colesterol. Alem disso, pode aumentar a termogênese, e desta forma, reduzir a eficiência da deposição de gordura corporal
Ômega 3 e sistema nervoso: Estudo realizado com pacientes com Alzheimer mostrou que O EPA e DHA podem reduzir os níveis de IL-6e IL-1beta.
Pacientes deprimidos possuem redução nos níveis plasmáticos de Omega 3. A suplementação de ômega 3 tem sido efetiva no tratamento dos sintomas da depressão. Tanto a depressão como sintomas associados podem aumentar a produção de citocinas pró inflamatórias, e desta forma,a suplementação de Omega 3 tem sido efetiva no tratamento dos sintomas da depressão.
Ômega 3 e pele: A suplementação de EPA pode aliviar os efeitos agudos da irradiação UV sobre a pele e ainda pode reduzir eritema induzido por UV, exercendo um efeito protetor da pele. Ainda, a suplementação de ômega 3 pode atenuar a produção do composto inflamatório leucotrieno B4,encontrado em maior concentração em portadores de acne.
Os efeitos cardiopropetores dos AG ômega -3 podem ser atribuídos a múltiplos efeitos fisiológicos, como na pressão sanguínea, na função vascular e manutenção da ritmia cardíaca. De uma maneira esquemática podemos dizer que AG ômega-3 melhoram a função endotelial e podem reduzir:
- Risco para trombose, que pode levar a infarto e choque,
- Níveis de triglicerídeos e outras lipoproteínas,
- Crescimento da placa aterosclerótica,
- Discretamente a pressão sanguínea,
- Respostas inflamatórias.
Conclusão
A dieta ocidental típica tem uma proporção relativamente alta de ácidos graxos ômega 6 em relação a ômega- 3. Esse desequilíbrio pode contribuir para processos inflamatórios, fator de risco para doença cardiovascular. Estudos epidemiológicos observaram que a maior ingestão de peixe (uma a duas
porções por semana) reduz o risco de morte cardíaca súbita, quando comparada com o consumo de menos de um porção mensal. Nos últimos anos, extensos estudos foram realizados buscando compreender os mecanismos de atuação e a repercussão clínica do uso de ácidos graxos poliinsaturados da família ômega-3.
Estudos randomizados confirmaram as observações epidemiológicas de que os AG ômega-3 tanto provenientes de peixes marinhos como de suplementos podem reduzir significativamente a recor rência de doença cardiovascular em pacientes com doença coronariana anterior.
Em função do estilo de vida moderno e do consumo de uma dieta desbalanceada e muitas vezes pobre em alimentos fonte de ômega 3, se torna cada vez mais importante prestar atenção especial ao consumo de alimentos e/ou suplementos que forneçam ácidos graxos ômega-3 nas quantidades
necessárias para a prevenção de doenças crônicas e inflamatórias.
A origem e a forma de preparo de alimentos ricos em ômega-3 podem afetar a biodisponibilidade e o teor deste nutriente nos alimentos. Por exemplo, peixes de cativeiro têm teor mais baixo de ômega-3 do que os mesmos peixes quando selvagens.
De seu lado a semente de linhaça, sofre rápida oxidação e para não perder a sua quantidade efetiva de ômega-3 precisa ser triturada e armazenada em recipiente escuro e fechado, e consumida em no máximo 72h.
Óleo de peixe em cápsula deve ser de boa procedência e autorizado pela Anvisa.
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
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